A relação entre influenciadores e os líderes corporativos- Por Lisia Prado, sócia da House of Feelings, primeira escola de sentimentos do mundo

A relação entre influenciadores e os líderes corporativos- Por Lisia Prado, sócia da House of Feelings, primeira escola de sentimentos do mundo

Tanto celebridades quanto profissionais corporativos enfrentam uma pressão constante para manter uma imagem impecável e alcançar metas ambiciosas. Uma pesquisa feita pelo Criadores ID, que entrevistou 450 influenciadores do YouTube, revelou que 81% dos criadores se sentem pressionados a produzir novos conteúdos para manter a audiência.

Fazer shows, atuar com perfeição, tirar boas fotos e fazer vídeos que empolgam o público são tarefas que se esperam desses profissionais. Caso o conteúdo entregue não atinja as expectativas, críticas já são esperadas, tanto da sua audiência como de pessoas que não são seguidores nas redes sociais.

A exposição constante pode levar à ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental. Foi o que aconteceu recentemente com o cantor Wesley Safadão, que anunciou uma pausa na agenda de shows por tempo indeterminado. As atrizes Tatá Werneck e Giovanna Ewbank, além da cantora Preta Gil, também relatam episódios graves de ansiedade e estresse.

A pressão e as demandas da vida pública compartilham semelhanças surpreendentes com os desafios encontrados no mundo corporativo. Nas empresas, a busca implacável por resultados muitas vezes cria um ambiente estressante que pode prejudicar a saúde mental dos profissionais.

Perda de identidade e propósito

As celebridades frequentemente enfrentam o desafio de manter sua autenticidade em meio à pressão de criar conteúdo que agrade ao público e aos patrocinadores. Isso pode levar à perda da própria identidade e de seus propósitos originais.

De maneira semelhante, os profissionais corporativos, ao subirem na hierarquia, podem se sentir distantes de suas paixões e objetivos pessoais, concentrando-se apenas em atingir metas organizacionais.

Gestão de pessoas

Tanto na vida pública quanto na corporativa, muitos indivíduos ascendem a posições de liderança sem um treinamento adequado em gestão de pessoas. Isso pode resultar em comportamentos inadequados, como assédio moral, falta de comunicação eficaz e dificuldades em construir relacionamentos saudáveis com suas equipes. A falta de habilidades de liderança pode levar ao isolamento e à alienação, tanto no mundo digital quanto no corporativo.

À medida que influenciadores ganham influência e seguidores, eles podem ser tentados a abusar do poder que conquistaram, ignorando responsabilidades éticas. Da mesma forma, no mundo corporativo, os líderes podem se tornar autoritários ou permissivos em excesso, prejudicando a dinâmica da equipe e a moral dos funcionários. A falta de orientação e responsabilidade pode levar a um ambiente tóxico.

Ser uma celebridade ou um líder corporativo pode parecer um sonho para muitas pessoas, mas também é capaz de trazer desafios e riscos para a saúde mental. Ambos os perfis exigem exposição pública, responsabilidade social e capacidade de lidar com pressões, críticas e expectativas. No entanto, nem todos estão preparados para assumir esses papéis e podem acabar se perdendo de si mesmos, de seus valores e de seus propósitos.

É fundamental reconhecer esses desafios e investir em habilidades de gestão e saúde mental para mitigar esses problemas. A conscientização sobre essas questões pode ajudar a construir ambientes mais saudáveis, tanto nas redes sociais quanto nas empresas.

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