Fim do ano: férias coletivas, 13º salário e outras despesas podem comprometer o caixa das empresas, alerta especialista
Escolher o regime tributário adequado para o ano seguinte, análise criteriosa detalhada de entrada de dinheiro e seus gastos, renegociação dívidas com antecedência e atenção aos juros são algumas das soluções
Com o fim do ano se aproximando, as empresas devem intensificar seu planejamento financeiro. É fundamental identificar e quantificar os gastos sazonais, como bonificações e festas de fim de ano, além de considerar o impacto de novas legislações e incertezas econômicas. Segundo Bruno Carlos de Souza, doutor em Ciências Contábeis pela USP e CEO da SOUZAMAAS, a ausência de uma atenção rigorosa neste momento pode comprometer a saúde financeira da companhia, exigindo um esforço extra para recuperar o atraso no próximo semestre.
As saídas de caixa específicas desse período são, segundo o especialista, férias coletivas, décimo terceiro salário, participação de lucros, brindes, festa de final de ano, reuniões com equipes, entre outras que, muitas vezes, fazem com que a saída de caixa seja maior do que a média mensal dos meses anteriores e pode causar um desconforto no saldo de caixa.
“A empresa que trabalha com processo orçamentário, com base em informações contábeis adequadas, diminui o risco de ter esse problema, já que essas despesas poderiam ser provisionadas ao longo dos meses do ano, desde janeiro. O orçamento, quando feito adequadamente, serve para ajudar a pensar no resultado da empresa, antes mesmo de acontecer, e ajuda a dar segurança para que os gestores caminhem dentro de uma meta financeira estipulada pela organização”, conta Bruno Carlos de Souza, doutor em Ciências Contábeis pela USP e CEO da SOUZAMAAS.
De acordo com o Mapa de Empresas do Governo Federal, no 3º quadrimestre de 2023 foram fechadas 675.257 empresas, sendo uma queda de 8,7% em relação ao 2º quadrimestre do mesmo ano e um aumento de 22,9% em relação ao 3º quadrimestre de 2022.
Soluções
Souza chama a atenção para a importância de uma análise detalhada das entradas de dinheiro, especialmente neste período. É fundamental projetar o faturamento, considerando possíveis aumentos ou quedas nas vendas, e analisar o histórico de recebimento dos clientes para estimar o fluxo de caixa. Além disso, é crucial identificar e cobrar valores pendentes, como contas a receber atrasadas ou pagamentos não realizados. A recuperação desses créditos pode ser uma fonte de receita essencial para fortalecer a posição de caixa da companhia e garantir a sua saúde financeira neste momento crítico.
O especialista recomenda uma análise minuciosa das despesas mensais, categorizando-as em essenciais e não essenciais. As indispensáveis são aquelas destinadas para a manutenção das operações da empresa, como pagamento de salários, aluguel, contas de energia e insumos críticos para a produção. Já os gastos não essenciais são aqueles que podem ser adiadas ou reduzidas sem comprometer as atividades principais do negócio, como gastos com eventos, viagens corporativas e alguns tipos de manutenção.
“Ao priorizar o pagamento das despesas essenciais e postergar as não essenciais, a empresa pode otimizar o fluxo de caixa e evitar problemas de liquidez. Caso a situação financeira seja ainda mais desafiadora, é necessária a renegociação das dívidas com os credores, buscando acordos que envolvam a redução dos juros, o alongamento dos prazos para pagamento ou uma combinação de ambas as medidas. Essa estratégia pode proporcionar um alívio significativo no orçamento e permitir que a empresa se recupere financeiramente”, conta.
Uma estratégia para otimizar o fluxo de caixa, ainda na visão do especialista, é negociar pagamentos à vista com fornecedores, antecipando valores e buscando descontos. Essa prática pode gerar economia e fortalecer o relacionamento com os parceiros comerciais. Além disso, é fundamental iniciar o planejamento financeiro para o próximo ano, a fim de evitar que os mesmos desafios se repitam. Ao antecipar e organizar as finanças, a empresa aumenta suas chances de alcançar melhores resultados no futuro.
Planejamento e regimes tributários
Elaborar um planejamento estratégico detalhado é essencial para garantir o sucesso da empresa no próximo ano. Definindo objetivos claros, metas específicas e ações concretas, com valores quantificáveis, e utilizando o orçamento como ferramenta de gestão, é possível traçar um caminho preciso para que a equipe alcance os resultados desejados. Essa abordagem proativa ajuda na gestão de imprevistos e o estresse típico do final do ano, proporcionando maior organização e controle das operações.
“O planejamento tributário também é importante. A ação de escolher a gestão de tributos mais adequada para seu negócio, sendo o Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real pode ser o divisor de água para a companhia ter lucro ou prejuízo. A análise deve ser feita no fim do ano para que, no começo do ano seguinte, a empresa tenha possibilidade de escolher o melhor regime, já que a escolha deve ser feita logo nos primeiros meses. A diferença entre uma companhia que ganha dinheiro, para uma que não ganha, muitas vezes está na palavra gestão precavida”, finaliza Bruno Carlos de Souza, doutor em Ciências Contábeis pela USP e CEO da SOUZAMAAS.
Sobre a SOUZAMAAS:
A SOUZAMAAS é uma empresa especializada em soluções empresariais, que conta com mais de 20 anos de atuação no mercado em Consultoria Empresarial, BPO (Business Process Outsourcing) e Tecnologia.
A empresa oferece suporte estratégico em áreas como finanças corporativas, controles internos e assessoria de M&A (Fusões e Aquisições), além de serviços regulatórios, alocação de profissionais e desenvolvimento tecnológico. Os principais valores se baseiam em 4 pilares: Integridade, Comprometimento, Pensamento Crítico e Transparência.
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