7 tendências para liderança corporativa
Empatia, trabalho híbrido, neurodiversidade, entre outros, são alguns dos skills que serão valorizados
O mundo corporativo evoluiu significativamente nos últimos anos, principalmente no que diz respeito ao papel da liderança. A começar pela própria nomenclatura – o “chefe” deu lugar ao “líder”, que tem como intuito não somente “mandar”, mas guiar, conduzir, orientar e ajudar seus colaboradores a trilharem um caminho mais próspero, seja em produtividade, na carreira ou até mesmo em sua vida pessoal.
De acordo com André Freire, sócio da EXEC, consultoria especializada em Executive Search, a pandemia trouxe grandes transformações nesse sentido. “A covid-19 trouxe uma nova mentalidade de liderança. A começar pelo fato de que a grande maioria teve que trabalhar no formato home office e o gestor precisou encontrar caminhos para liderar à distância, o que demandou novas competências e visões”.
E, desde então, outras habilidades, que muitas vezes fogem do escopo técnico, passaram a ser valorizadas, como empatia, comunicação eficiente, ética, inteligência emocional, entre tantas outras.
A EXEC separou sete tendências que norteiam boa liderança. Confira a seguir.
1. Empatia. De acordo com Freire, ainda há líderes que não exercem esse tipo de característica. “Empatia mostra que o líder se importa com sua equipe, mas não somente da boca para fora. Envolve cuidar do outro e praticar a escuta. Um líder atualizado pode sentir o que o seu pessoal está sentindo e, só a partir daí, será capaz de ajudá-los”.
2. Liderança híbrida. A pandemia trouxe grandes transformações nesse sentido, com a necessidade dos líderes adaptarem o seu gerenciamento para uma realidade de trabalho híbrido. “Os líderes devem ser capazes de lidar com todos os tipos de acordos de trabalho e, ao mesmo tempo, serem justos e gerenciar o desempenho de forma eficaz. Mas para isso, a empresa precisa fornecer todo o suporte necessário”.
3. Mentalidade de crescimento. A liderança que valoriza a desistência fácil diante dos desafios ou que pressiona os colaboradores a evitar falhas a todo custo está dando espaço para aquela liderança que tem uma mentalidade de crescimento. “A mentalidade com foco no crescimento incentiva seu time a abraçar os desafios como uma experiência para crescer, acredita que os colaboradores podem sempre melhorar e que a prática leva à perfeição. Ou seja, incentiva a tentar, tentar e tentar”, complementa .
4. Liderança “servidora”. Quando a rainha Elizabeth II faleceu, muito se falou sobre seu senso de dever e de seu exemplo de liderança servidora. De acordo com Freire, os líderes corporativos podem tirar muito desse estilo de liderança. “É sobre estar lá para sua equipe e ela estar lá por você”.
5. Neurodiversidade. Essa característica envolve tudo sobre como as pessoas veem o mundo e sua interação com eles – o que pensam, aprendem e como se comportam. “Não há maneira certa ou errada nesse sentido. As pessoas são como são e, enquanto líderes, é preciso apreciar isso, abraçá-lo, compreender e fornecer apoio”.
Isso envolve não somente diferenças étnicas, religiosas ou de gênero, mas também algumas disfunções como TDAH, dislexia, autismo, entre tantas outras.
6. Viés inconsciente. A formação dos líderes não envolve somente competências técnicas, mas também traz uma bagagem de suas próprias experiências de vida que moldaram suas crenças, valores e opiniões sobre pessoas e o mundo em geral.
De acordo com o especialista, alguns vieses inconscientes devem ser olhados com atenção. “Eis alguns exemplos. Gostar mais de um colaborador porque ele tem os mesmos interesses ou experiências que o líder. Ou não gostar de alguém porque a sua opinião e comportamento é diferente dele”.
Com isso, as decisões são tomadas com base no mundo do líder. “Isso vai contra valorizar a diversidade e a igualdade e pode colocá-lo em situações complicadas”.
7. Geração Z. Segundo um levantamento feito pela Adobe, os integrantes dessa geração – nascidos entre 1997 e 2012 – representarão 27% da força de trabalho até 2025, o que demanda uma liderança alinhada ao seu comportamento. “Para as gerações anteriores, uma carreira que oferecesse um bom salário era suficiente. Mas não é o que ocorre com a geração Z. Eles querem ser bem remunerados, mas também valorizam a flexibilidade, valores, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. É preciso ter uma abordagem de liderança específica para eles”.
Para Freire, da EXEC, são mudanças na forma de liderar que não têm mais volta. “A liderança está seguindo um caminho cada vez mais claro com foco na humanização. Não tem como voltar para trás”.
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