Do Brasil para o Mundo: 5 restaurantes com estrelas Michellin no país

Do Brasil para o Mundo: 5 restaurantes com estrelas Michellin no país

Considerado o mais importante ranking da culinária mundial, o Guia Michelin destaca restaurantes brasileiros de alto padrão que se consolidam como verdadeiros negócios gastronômicos, merecendo ser visitados por suas inovações e excelência

Foto: Reprodução/Freepik

Diante da nova temporada da série “Emily em Paris”, da Netflix, surge uma crescente curiosidade dos brasileiros sobre os restaurantes estrelados Michelin e, com todo o sigilo que envolve a premiação, quais estabelecimentos brasileiros conseguiram conquistar essa honraria.O Guia Michelin é o indicador mais importante da culinária mundial.

Também conhecido como a bíblia da gastronomia, ele avalia a qualidade dos restaurantes em diversos aspectos, com base na visita de um inspetor anônimo.

De acordo com dados do site oficial do guia, há 21 estabelecimentos no Brasil com pelo menos uma estrela. A nota máxima é três, concedida a apenas 145 cozinhas em todo o mundo (dos 3.547 lugares contemplados pela estrela), embora nenhuma delas esteja localizada em regiões brasileiras.

Essa culinária requintada continua em alta, mesmo com o crescente movimento de pessoas que buscam receber comida em casa. Apesar disso, até restaurantes com estrela Michelin estão investindo em cozinhas para delivery, permitindo que os clientes experimentem pratos de alto padrão sem precisar se deslocar.

 

5 restaurantes com estrelas Michelin no Brasil

No Guia Michelin, atualmente há 21 restaurantes brasileiros com estrelas, sendo 15 com uma e seis com duas. De comida japonesa a pratos regionais, esses estabelecimentos têm um modo único de trabalhar, o que lhes garantiu destaque na gastronomia.

Vale mencionar que todos estão localizados em São Paulo ou no Rio de Janeiro.

Tuju – São Paulo

Além de ser um dos poucos restaurantes brasileiros com duas estrelas, o Tuju se destaca por ser o único a receber a estrela verde, concedida a empresas que promovem ações sustentáveis em suas atividades.

Localizado no Jardim Paulistano, o restaurante utiliza ingredientes sazonais brasileiros, valorizando os produtores paulistas, e aplica técnicas modernas europeias. O cardápio muda a cada estação, combinando criatividade e inovação na criação dos pratos.

Oteque – Rio de Janeiro

Também com duas estrelas, o Oteque fica em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. O menu, que varia todos os dias, é baseado nos ingredientes disponíveis em cada época do ano.

Com mais de duas décadas de carreira, o chef Alberto Landgraf comanda a cozinha, criando pratos modernos que capturam a essência dos sabores brasileiros.

Kan Suke – São Paulo

O Kan Suke, localizado na região do Paraíso em São Paulo, é um restaurante de comida japonesa que segue o estilo tradicional de Tóquio. O chef Keisuke Egashira prepara os pratos diretamente atrás do balcão, com cortes precisos e foco na qualidade.

Com cortes precisos, o cardápio do local evita apresentações exageradas, focando na qualidade dos pratos oferecidos. Os menus também incluem opções acessíveis para diferentes classes, mas a concorrência é grande.

Oro – Rio de Janeiro

Com o chef Felipe Bronze e a sommelier Cecilia Aldaz, o Oro é outro restaurante com duas estrelas, situado no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro.

A cozinha do Oro é conhecida pela gastronomia de vanguarda, que utiliza técnicas modernas para criar pratos inovadores. As receitas têm referência em várias regiões do Brasil.

Charco – São Paulo

O Charco, localizado em São Paulo, traz uma proposta inspirada nas receitas típicas do Rio Grande do Sul. Comandado pelo chef Tuca Mezzomo, o restaurante se destaca pelo ambiente rústico para receber os clientes.

Com uma cozinha focada em preparações na brasa e no fogo, a equipe usa ingredientes frescos e aposta na criatividade. As opções vão de saladas a embutidos, sempre com um toque original.

Como ganhar uma estrela para o seu restaurante?

O Guia Michelin avalia os restaurantes com base em cinco critérios para determinar se merecem ou não uma estrela. Os inspetores visitam os estabelecimentos de forma anônima, sendo tratados como qualquer outro cliente.

O primeiro critério considera a qualidade dos ingredientes utilizados na cozinha. Afinal, em um restaurante de alto padrão, espera-se que os pratos sejam preparados com o máximo rigor.

O segundo critério envolve o domínio do sabor e das técnicas culinárias. A comida de um restaurante com estrela Michelin deve ter um sabor excepcional, e a equipe precisa estar entre as melhores da área, com uma experiência que justifique a estrela.

O terceiro critério foca na personalidade do chef e sua atuação na cozinha. Como autoridade máxima do estabelecimento, ele deve liderar sua equipe com competência e demonstrar profundo conhecimento das técnicas aplicadas.

O quarto critério analisa a relação entre qualidade e preço. Em geral, restaurantes com estrelas Michelin têm pratos caros, e o serviço deve estar à altura do valor cobrado.

Por fim, o último critério avalia a consistência entre as visitas. A classificação não é definida com base em uma única refeição, e os inspetores observam se a qualidade do menu e do atendimento se mantém ao longo do tempo.

Dark Kitchens podem ganhar uma estrela Michelin?

Uma dark kitchen é um modelo de cozinha voltado somente para delivery, sem espaço para receber clientes e operando apenas para a produção e entrega de alimentos. Até o momento, não há registros de estabelecimentos desse tipo com estrelas Michelin no Brasil.

Por outro lado, restaurantes com estrela Michelin têm investido cada vez mais em uma cozinha para delivery. Segundo uma pesquisa recente da revista Exame, pelo menos cinco restaurantes brasileiros estrelados oferecem entregas a domicílio.

Recentemente, o Guia Michelin destacou o caso do Arturito, restaurante de Paola Carosella que já contou com uma estrela. O restaurante implementou a ideia de criar um prato diferente por dia, permitindo aos clientes experimentar novos sabores.

Esses restaurantes atenderam aos critérios dos inspetores durante a avaliação, conquistando pelo menos uma estrela Michelin. A culinária está em constante evolução, e novos locais devem ser incluídos no guia nos próximos anos.

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