Análise de dados é fundamental para contribuir com a estratégia de sustentabilidade das empresas – Por: Vânia Rios, diretora de vendas da Viasat, INTELIE
A análise dos dados gerados pela área operacional de uma empresa é fundamental para buscar continuamente a mudança efetiva na preservação dos recursos naturais do planeta
Em meio a mudanças climáticas e escassez de recursos naturais, os governos e as empresas ao redor do mundo têm agido para adotar uma postura cada vez mais sustentável. Sendo assim, a palavra sustentabilidade tornou-se sinônimo de temas sociais, ambientais e econômicos, originando a sigla ESG (que em português significa governança socioambiental e corporativa). Trata-se de um parâmetro capaz de definir se as operações das empresas são socialmente responsáveis, sustentáveis e corretamente gerenciadas, consequentemente atingindo a excelência operacional, inclusiva e sustentável.
Em 2021, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou um estudo, com executivos de 500 médias e grandes empresas brasileiras, para avaliar suas visões e quais ações concretas adotaram em relação à sustentabilidade. Segundo o levantamento, práticas de gestão de resíduos e redução do consumo e desperdício de água e energia já são realizadas por nove a cada dez das empresas pesquisadas.
O desafio de atender às questões de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, garantir a eficiência operacional, padronizando e controlando o cumprimento de normas a fim de evitar crises, acidentes e desperdícios, pode ser atingido por meio da aplicação de recursos tecnológicos – tais como Internet das Coisas (IoT), machine learning e inteligência artificial. Esse recursos permitem a automação dos processos e o monitoramento de todo o ambiente operacional.
Porém, muitas empresas praticam a inovação e criam iniciativas digitais dispersas que não contribuem para, efetivamente, transformar digitalmente o negócio e buscar eficiência operacional, reduzir custos e fornecer base para decisões estratégicas. Muitas vezes os custos aumentam porque é feita a aplicação de tecnologias que não “conversam” entre si, fazendo que a empresa tenha milhões de dados gerados e disponíveis, sem fazer uso destes dados no momento da tomada de decisão. A maturidade digital para o uso de dados segue a jornada de condensar todas as informações numa única plataforma e, posteriormente, classificar, cruzar e relacionar estas informações. Consequentemente, elas se tornam mais qualitativas e passam a ficar disponíveis em painéis e relatórios, além de permitir o envio de alertas e comandos (automatizados) para que os gestores possam tomar decisão em tempo real baseada em dados – tanto de forma forma preditiva quanto de forma prescritiva.
Por fim, utilizar tecnologia para análise de dados em tempo real é essencial não apenas para aumentar a eficiência da estratégia de sustentabilidade, mas principalmente para aperfeiçoar a eficiência operacional das empresas. Isso porque a análise permite acompanhar os indicadores chaves de desempenho e trazer melhorias consistentes na segurança, controle de riscos, uso dos recursos, controle de desperdícios, entre outros, impactando diretamente na redução dos custos operacionais e também nos indiretos – é o caso da questão de sustentabilidade versus a imagem da empresa no mercado.
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