Inovação não é só para startups: como empresas tradicionais podem se destacar das concorrentes
Editor2023-10-05T23:08:33-03:00Capazes de reduzir custos e aumentar a produtividade, práticas disruptivas podem estar presentes em todos os setores
O Brasil ocupa o 54º lugar entre os países mais inovadores do mundo, de acordo com o Índice Global de Inovação (IGI) 2022. A posição não é das melhores; ela indica que o país pode precisar de mais investimentos e que as empresas devem, cada vez mais, perder o medo de “pensar fora da caixa”. E não estamos falando apenas daquelas companhias de tecnologia disruptivas, as famosas startups. As empresas tradicionais são capazes, sim, de ser inovadoras e de conquistar um espaço novo no mercado.
Para isso, a inovação é a palavra – e a estratégia –, e sua definição prática é tão simples que pode surpreender os mais resistentes: só de adotar uma postura diária de busca de respostas alternativas para os desafios existentes, um negócio já está no caminho da vanguarda.
Para André Medina, gerente de Inovação da Andrade Gutierrez, é preciso que as empresas percam o medo de sair da rotina e identifiquem os lugares em que é possível inovar. “Toda empresa possui setores ou processos capazes de passar pelo processo de inovação, seja para otimizar tempo, reduzir custos ou melhorar a forma de fazer. Ao identificar, o próximo passo é buscar a solução, e ela pode estar dentro ou fora da empresa”, explica o gerente.
Na Andrade Gutierrez, empresa tradicional do setor de construção e engenharia, a inovação vem de duas formas: a partir de uma equipe interna focada em soluções alternativas para problemas cotidianos e através de parcerias estratégicas com outras empresas e startups. Esse método serviu para consolidar a empresa como uma verdadeira pioneira. Com seu programa de inovação aberta, o Vetor AG, a construtora tem alcançado resultados surpreendentes.
O programa tem como objetivo conectar a empresa a startups e empreendedores que possam trazer soluções criativas e disruptivas para o setor de construção. Essa abordagem aberta permite à companhia aproveitar o potencial de ideias inovadoras externas, fortalecendo sua capacidade de se adaptar às demandas do mercado em constante evolução.
André Medina reforça que a inovação deve partir de dentro para fora, ou seja, os colaboradores da empresa precisam fazer parte dessa transformação de forma ativa. Por sua vez, a empresa deve estar disposta a investir no conhecimento sobre o tema. Um dos meios encontrados pela AG de realizar isso foi dando treinamentos focados em inovação, em uma semana dedicada somente a isso, para fortalecer as estratégias e capacitar as pessoas para executar as metodologias inovadoras.
“Desde a criação do Vetor AG, nosso programa de inovação aberta, incentivamos a inovação na construção em todos âmbitos, dentro e fora dos canteiros de obra. O evento entra como parte da nossa estratégia para ampliar a cultura da inovação entre os colaboradores. Essas ações demonstram que a empresa está disposta a mudar e despertam um novo mindset coletivo”, conclui Medina.
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