5 mitos e verdades sobre o mercado de franchising português

5 mitos e verdades sobre o mercado de franchising português

Setores de atuação, melhores regiões e questões relacionadas ao visto são algumas das dúvidas comuns dos brasileiros que desejam empreender no país, esclarecidas pelo fundador do Grupo NBrand

Ao apresentar uma série de vantagens aos que buscam empreender em Portugal, o segmento das franquias tem despertado a atenção de muitos brasileiros. Responsável por 5,8% do produto interno bruto português, o setor movimenta 11 bilhões de euros ao ano, segundo dados recentes da Associação Portuguesa de Franchising (APF). No entanto, alguns mitos e verdades sobre esse modelo de negócio ainda trazem dúvidas, conforme explica Cândido Mesquita, CEO e fundador do Grupo NBrand, atualmente o maior grupo franqueador português, com 180 unidades espalhadas pelo país.

“O franchising é uma opção de investimento interessante por serem negócios já testados no mercado local, oferecendo boas margens de lucro e o suporte necessário para a estruturação da unidade franqueada no dia a dia. O segmento conta com centenas de marcas e, muitas delas, têm investimento inicial reduzido. Áreas ligadas à habitação de forma geral, turismo e serviços, oferecem boas perspectivas de crescimento no mercado do país, mas o empreendedor deve considerar a sua aptidão para determinado setor”, destaca Mesquita.

Aos que estão pensando em seguir por este caminho, o fundador do grupo desmistifica os principais pontos de atenção. Confira:

  • Assim como no Brasil, em Portugal existem franquias com investimento inicial reduzido

Verdade. Aos interessados em ingressar no mercado de franchising, mas que possuem recursos limitados, entre as mais de 600 marcas com atuação em Portugal, franquias como a Newcode Coaching Institute, voltada ao coaching profissional, requer um investimento inicial de € 10,5 mil (R$ 55,2 mil), incluindo o valor de formação. Outro bom exemplo é a franquia House Shine, líder no segmento de limpeza profissional, cujo investimento médio inicial é de € 35 mil (R$184,3 mil).

“Por sua essência em consultoria, a franquia da Newcode, por exemplo, não exige que o empreendedor invista em um ponto físico, o que permite uma boa rentabilidade, com custos e investimento iniciais reduzidos. Além disso, é uma oportunidade para atuar tanto como profissional liberal, quanto como empresa”, diz Mesquita.

  • É preciso ter aptidão na área que pretende investir

Verdade. Investir em uma franquia, cuja atuação esteja em sintonia com as aptidões e a área de interesse do empreendedor, é um dos primeiros passos para se obter sucesso nessa jornada. Nos primeiros contatos com a franquia é importante que o candidato evidencie qual é o seu perfil profissional, a sua experiência, áreas de negócio de interesse e expectativa com o investimento.

“Este ponto é importante para que a marca possa dizer ao candidato se a sua franquia corresponde àquilo que procura e se o perfil se encaixa. Ter esta abertura na comunicação com a franquia facilita todo o processo. Um interessado que, por exemplo, seja arquiteto ou engenheiro no Brasil, pode estar muito melhor alinhado com as operações de uma franquia que atue nessa área, como é o caso da Urban Obras, especializada em todos os tipos de obras. Já um designer de interiores pode se identificar com marcas como a  Vangor, franquia focada em decoração e mobiliário”, explica o fundador do Grupo NBrand.

  • Investir em um negócio que está na moda, ou em alta, pode ajudar a pegar carona para o crescimento rápido

Mito. Evitar negócios de moda e focar em franquias que atuem de forma geral em um mercado aquecido de fato – como é o caso de setores como imobiliário, construção, serviços e turismo -, pode ser uma boa estratégia para a longevidade das operações.  É o caso da UNU, franquia voltada ao mercado de imóveis, que registrou um aumento de 70% em seu faturamento nos últimos três anos, sustentado pelo alto desempenho do segmento no país.

“Especialmente quando falamos de negócios voltadas à prestação de serviços, que não demandam grandes infraestruturas de ponto físico, armazenagem de produtos e gestão de estoque, as possibilidades, em geral, exigem investimentos reduzidos, estruturação mais rápida e maiores chances de longevidade”, complementa o executivo.

  • Existem cidades e regiões com melhor potencial aos negócios

Mito. De acordo com Mesquita, pensando principalmente em franquias de serviços, o território de atuação pode não ser a variável de sucesso mais importante. Na verdade, o que se deve levar em conta são os objetivos do franqueado, o tipo de cidade em que deseja viver, a vida familiar que procura construir em Portugal e, então, avaliar se esses parâmetros têm sintonia com o negócio escolhido.

“Não basta optar por uma região com alto potencial de mercado, como os grandes centros urbanos de Lisboa e Porto. A dedicação do franqueado e de sua equipe é o que mais impacta no sucesso dos negócios. Hoje, temos empreendedores investindo em franquias em quase todas as regiões do país. E 30% desses franqueados são brasileiros”, comenta o CEO do grupo.

  • Ter um visto de residência agiliza os processos de abertura da franquia

Verdade. Para abrir uma franquia em Portugal, caso o empreendedor não tenha cidadania europeia, é necessário ter em mãos uma autorização de residência, como é o caso do Visto D2, uma das opções mais interessantes aos que buscam empreender, especialmente por não exigir um valor mínimo de investimento.  Para conseguir essa autorização, o candidato precisa comprovar que possui a capacidade financeira para fazer o investimento de abertura da empresa, além de apresentar um plano de negócios e documentos básicos, como cópia do passaporte, fotos, seguro-viagem e certidão de antecedentes criminais emitida pela Polícia Federal nos últimos 30 dias.

Compartilhar este post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *