Líder de pagamento por reconhecimento facial, Payface capta R$ 45 milhões
Fintech espera ter 2 mil pontos em operação até o fim do ano, além do desenvolvimento de novos produtos
Primeira empresa a operar pagamento por reconhecimento facial em parceria com uma bandeira de cartão de crédito no mundo, a Payface anuncia o fechamento de uma extensão da Série A, com a chegada, ao seu cap table, do Venture Capital Fintech Revolution, fundo setorizado em fintechs. A rodada, que captou mais de R$ 45 milhões foi liderada por um fundo gerido pelo BTG Pactual e também contou com a participação do multifamily office Oikos e da HiPartners, venture capital focado em retail tech.
Única empresa latinoamericana selecionada para participar do Biometric Checkout Program, programa da Mastercard que visa criar os novos protocolos de pagamento por biometria mundialmente, a Payface acumula crescimento anualizado de quase 400%, desde 2021. A projeção é fechar o ano de 2023 integrada a 2 mil PDVs, com capacidade para atender cerca de 2,4 milhões de consumidores mensais.
Atento ao cada vez mais sólido mercado das fintechs, no Brasil, e também ao potencial de negócio demonstrado, até aqui, pela Payface, o Fintech Revolution Fintech chega com uma contribuição estratégica e qualificada, além do investimento primário em ações da empresa. Os recursos serão utilizados para sustentar os planos de crescimento orgânico da Payface, com entrada em novas verticais do varejo e o desenvolvimento de novos produtos, e o crescimento inorgânico, com eventuais aquisições de players do setor ou de áreas complementares.
O Revolution se considera um “fundo mão na massa” e tem como General Partners Marcelo Peano, fundador da Volt Partners, com larga experiência no mercado financeiro em posições como Diretor de Asset Management do Unibanco, Partner da Lanx Capital e sócio principal da Utor Investimentos; Jader Rossetto, publicitário com mais de 28 Cannes Lions e estratégias desenhadas para empresas como XP Investimentos, Nubank e Mercado Livre; e Márcia Mello, executiva com experiência de mais de 27 anos no mercado de pagamentos e tecnologia, inclusive como CEO da Global Payments e na direção de empresas como Cielo, Elavon e Verifone, além de conselheira independente da PagSeguro, Letsbank, Leo Madeiras e do banco Interbank, no Peru. Por conta dessa expertise e do networking desenvolvido no setor, Marcia ocupará uma cadeira no Board da nova investida, a partir desse mês.
“De fato, a atuação da Payface, inclusive seu modelo de negócio e perspectivas de expansão da operação, mostraram total aderência com a tese de investimento do Revolution. Mais do que o investimento financeiro, vamos atuar de forma bastante próxima, ao lado dos líderes da empresa, assim como temos feito com a zMatch, nossa primeira investida”, explica Marcia Mello. “Quando fundamos a Volt e o Revolution, já pensamos no conceito smart money. Nosso desafio é desenvolver e acelerar as empresas não somente com o dinheiro, mas, inclusive, com senioridade e consultoria para a gestão. Até agora, esta aposta tem dado muito certo com os quatro investimentos que tivemos até agora”, complementa Marcelo Peano.
“Há algum tempo, temos acompanhado o setor das fintechs no mundo todo, sempre à procura de empresas que apresentem maturidade em seus modelos de negócios e gestão, além de potencial disruptivo. Sabemos que pagamento com rosto é uma tecnologia com bastante espaço e com uma gigantesca perspectiva de crescimento de demanda, principalmente em um varejo com as características de um país tão amplo em extensão territorial, como o Brasil”, sinaliza Jader Rossetto.
Adicionalmente à expansão da sua atuação para novas verticais além do varejo alimentar, como os setores de postos de combustíveis e redes de farmácias, a Payface trabalha no lançamento de novos produtos, evidenciando o interesse na criação de um arcabouço robusto de produtos de pagamento por reconhecimento facial. Entre eles está o “Pixface”, que permitirá que o usuário faça uma operação de PIX usando apenas o rosto como identificação.
“A chegada do fundo Fintech Revolution vem em um momento bastante estratégico para a expansão da empresa. Temos um plano bem desenhado para escalar nossa tecnologia, levando o rosto como modalidade de pagamento para as pessoas e contribuindo para otimizar o dia a dia dos varejistas”, adianta Eládio Isoppo, CEO e cofundador da Payface. “O histórico dos sócios gestores do fundo vai nos auxiliar na consolidação do nosso plano estratégico que, em breve, também passará a contar com crescimento inorgânico”, complementa Isoppo.
Entre os clientes da Payface que já passaram pelo processo de rollout da tecnologia, estão as redes supermercadistas St Marché, Zona Sul e Prezunic do Grupo Cencosud. A solução está integrada com todo o ecossistema de pagamentos — desde bandeiras de cartões de crédito de arranjo aberto e private labels (cartões de varejistas), wallets (carteiras virtuais), emissores, adquirentes e subadquirentes, oferecendo uma solução de implantação relativamente rápida se comparada à média do mercado.
Para os varejistas, o uso da tecnologia da Payface possui vários benefícios, como checkouts mais rápidos, diminuição das filas, aumento na recorrência de compra do cliente por conta da agilidade na experiência de pagamento, redução de fraudes e um CRM 100% assertivo.
Sobre a Payface
A Payface é uma fintech de pagamento por reconhecimento facial fundada em 2018, em Florianópolis-SC. A empresa, que surgiu com o objetivo de reduzir as filas do varejo e acelerar o processo de identificação e compra, oferece uma solução mais rápida, customizada e segura de check-out em lojas físicas, ao permitir que os consumidores se identifiquem e paguem num único processo, integrado com programas de fidelidade e os arranjos de pagamentos dos varejistas. Atualmente, a empresa conta com mais de 80 colaboradores em todo o Brasil e está presente em grandes redes varejistas, como Grupo Muffato, de Londrina, St. Marche, em São Paulo, Prezunic, do Grupo Cencosud, e Zona Sul, ambos no Rio de Janeiro. A fintech foi a primeira empresa a lançar uma operação no âmbito do programa global da Mastercard, intitulado Biometric Checkout Program, cujo objetivo é estabelecer as bases para um protocolo internacional de pagamentos por biometria. Em seu conselho, a empresa tem executivos como Roberto Medeiros (ex-CEO da Rede e Multiplus), Roberto Nishikawa (ex-Presidente da Corretora do Itaú), Wagner Aguado (ex-Presidente da Bradesco Cartões).
Sobre a Volt e fundo Revolution
A Volt Partners, fundada em 2010 por Marcelo Peano, é uma gestora de fundos de venture capital. Ao longo dos últimos 13 anos, a Volt lançou 3 fundos: 2 FIPS, sendo o mais recente o Revolution (2022) focado em fintechs, com os sócios Jader Rossetto e Márcia Mello. Outro fundo de sucesso da gestora é o Pier 18 que realizou 4 investimentos nos EUA, dos quais dois se destacam, sendo o maior na empresa de realidade aumentada MAGNOPUS e a USEND, fintech vendida para o banco INTER em 2021, trazendo um IRR de 100%.
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