O Networking de Milhões (Não deixe de perder) – Por – Artemus Alachev,Criador do método de Gestão de Cultura DNA Organizacional® Artemus Alachev vem impactando empresas, líderes e profissionais transformando culturas de dentro para fora, respeitando e fortalecendo seus valores e crenças e fazendo com que pessoas desejem trabalhar na organização com alegria, realização e engajamento lucrativo.
Como deixar de ser o “trouxa” ao cair nas armadilhas do networking dos espertalhões.
Tudo começou assim:
“Artemus, estamos deixando dinheiro em cima da mesa, como está a sua agenda na semana que vem? Eu me conectei a um ecossistema novo em uma grande cidade vizinha com o tipo de empresários que trabalhamos e gostaria de te conectar a ele também!”
Meus olhos brilharam… Um convite para conhecer um novo grupo de empresários com potencial de expandir a rede é tudo que preciso. Mas o entusiasmo cristalino começo a turvar-se quando percebi que o convite veio de um empresário “parceiro” daqueles com quem sempre que a gente tenta estabelecer algum tipo de ajuda com esperança de mutualidade eu fico com a certeza de que o jogo sempre está 2 x 0 para ele. Não é uma pessoa ruim, mas se ele não ganhar mais a parceria não serve. Não sei se você conhece alguém assim…
Macaco velho de networking que sou, desconfiei da benevolência e resolvi investigar. Fiz a ele três perguntas chave que qualquer empresário precisa aprender a fazer ao ser convidado para algum networking para não correr o risco de perder tempo, lembrando que tempo é vida.
Antes de te falar qual foi a resposta desse colega me permita te explicar como não cair na armadilha do networking ruim e das parcerias onde você contribui com os glúteos, e alguém com o pé, acelera seu movimento a frente rumo ao arrependimento.
Pergunte sempre:
Primeira pergunta: Que tipo de empresário estará nesse ecossistema?
Se a reunião for com grandes empresários, instagramáveis, famosos nas redes sociais que hoje se dedicam a vender sua imagem e um punhado de esperança milionária com promessas de escalabilidade em forma de mentoria ou treinamentos, é fria também. Eles não se interessam por você e seu negócio e sim em escalar o seu próprio negócio de venda de esperança em enriquecer para quem é pobre e necessitado. Se esse famoso decidiu deixar sua empresa na mão de outros e dedicar seu próprio tempo e presença em um evento com pequenos empresários, o que será que está dando mais dinheiro, vender esperança para pequenos empresários ou os seus próprios negócios originais? Pare de delirar, se esse famoso está em uma reunião com pequenos é porque isso da mais dinheiro para ele do que os seus negócios originais. Se seu negócio estivesse bombando você próprio recusaria esses networkings pois teria que focar no que está rodando e dando sustentabilidade.
Então onde estão os empresário consistentes, com redes fortes, faturando bem? Nas empresas deles. Obviamente. Com agenda lotada, fazendo planos de crescimento, conversando com seus líderes, clientes e fornecedores, sem tempo para ir em eventos de menor importância. Os clientes que fecham comigo grandes negócios geralmente não são encontrados em networkings badalados. Eu os encontro no vestiário da academia de natação, no jogo de tênis, em um bar de hotel, em um passeio legal de final de semana em uma loja ou empresa com quem eu faço compras de serviços ou produtos.
Me permitam um posicionamento pessoal. Eu acredito que quando a gente faz as coisas pelo motivo certo Deus nos honra com os clientes certos e com bons negócios. Eu acredito sim que Deus está no controle de tudo. Sempre que tento tomar esse controle e me deixo levar por alguma ganância Ele me protege, com amor e com direcionamento. Mesmo que as vezes eu tenha que repensar e mudar minhas motivações reais para estar de acordo com o que aprendemos na bíblia. Mas isso é fé. Em outra newsletter pretendo compartilhar a base desta minha fé e as experiências valiosas entre Deus, eu, minhas orações e meus negócios.
Segunda pergunta: Que tipo de “dinâmica” vai rolar nesse evento?
Terceira pergunta: Por que você me convidou?
Prossegui ainda dizendo a ele sobre o tipo de evento e de conexões me interessam antes de dizer não. Dei a ele a chance de conquistar minha confiança e ele falhou miseravelmente confirmado minha expectativa a qual eu estava desejando fortemente que estivesse equivocada.
Quando o evento para o qual te convidam é gratuito ou muito barato certamente o produto de venda é você. Sinto te dizer mas você virou apenas um lead. Um nome em uma lista de alguém que está te vendendo para outro alguém. No pais da vantagem quase ninguém faz nada para ajudar ou apenas pela bela cor dos olhos de ninguém. Me perdoem pelo ceticismo, confesso que quase ousei retirar o quase da frase anterior, mas por força de uma esperança besta na humanidade vou deixar ele onde está. Não podemos perder a fé completamente e as vezes o diferencial para o sucesso é manter um pouco da esperança em dia.
Dito e feito. O convite era para participar de um evento de vendas de um treinamento para ser o profissional da moda e do momento; um treinamento para conselheiros empresariais.
A sublime coragem de dizer NÃO!
Eu fico pensando…
A armadilha
Hoje a moda é formar conselheiros. O pré-requisito é só ter cabelos grisalhos. Qualquer um pode ser desde que pague o treinamento. Imagine pegar um profissional sem experiência executiva sólida para fazer dele um conselheiro ensinando os modelos de gestão e controle. O pobre e cinquentenário após uma vida inteira de trabalho será ruborizado pela vergonha e devorado como boi de piranha na mesa do board logo em sua primeira reunião.
Nosso mercado está cheio dessas armadilhas dos grandes vendedores de esperanças milionárias e escaláveis falsas.
Voltando ao networking
Percebi recentemente que a sinceridade em dizer sim e principalmente não, tem me livrado dos interesseiros de plantão e das armadilhas que a ganância por milhões implantadas em nosso modo de pensar por uma vasta rede de propagandas é a melhor saída. Confesso que diminuiu um pouco meu circulo de relacionamento profissional, mas por outro lado quem sobrou realmente me ajuda e eu tenho prazer em ajudar.
O networking que funciona de verdade é:
“Ajude pessoas sinceramente sempre que puder. Esse é o verdadeiro networking. As pessoas gratas não se esquecem de seu apoio, ficam com você na cabeça sempre”.
As ingratas esquecem rápido, mas tudo bem, minha parte foi feita, as que não podem ajudar também está tudo bem a alegria é maior de contribuir com quem precisa. Poder ajudar já demonstra que estamos em posição melhor. As bondades que fazemos são recompensadas por Deus. Mesmo que não seja por aqui nesta parte da vida.
O cliente é meu e eu não indico para ninguém!
O fato é que clientes conquistados com investimento e risco são preciosidades para nós. Não os entregamos a qualquer uma menos que haja confiança. Nem parece justo entregarmos de bandeja para alguém que não se esforçou. Mas quando alguém nos ajuda antes essa resistência começa a ruir. E quando a confiança aumenta vai ficando cada vez mais fácil.
Indicar alguém é colocar nossa reputação em risco. Se essa pessoa pisar na bola nossa reputação vai para a mesma lata de lixo em que ela se jogou.
Então quando você for a uma reunião de networking o roteiro é:
- Verifique se a reunião é boa e tem atividades de valor para todos. Recuse as perdas de tempo e os territórios de caça.
- Faça conexão com as pessoas que lhes parecem alinhadas com seus valores e mercado.
- Marque uma ou duas conversas para entender o que as duas pessoas ou empresas fazem.
- Pesquise o passado da empresa e sua reputação antes de sair indicando.
- Se possível recomende o serviço ainda com cautela para situações de baixo risco e acompanhe.
- Apenas depois de testar e verificar se os valores e a qualidade do serviço estão alinhados com o ecossistema eu costumo recomendar com mais tranquilidade.


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