Desafios e oportunidades da beleza sustentável na economia brasileira – Por Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures e Paula Zavareze, CEO da Ecobotica
O mercado de beleza sustentável no Brasil está em ascensão, refletindo tanto a crescente preocupação dos consumidores com a saúde e o meio ambiente quanto à busca por praticidade em suas rotinas diárias. Segundo dados do Ibope Inteligência, mais de 90% das mulheres entre 30 e 60 anos expressam o desejo por uma rotina mais prática na hora de cuidar da pele, evidenciando a demanda por soluções eficientes. Além disso, segundo o IBGE, 30% do salário mensal das mulheres são direcionados a gastos com cosméticos e estética, o que mostra a importância socioeconômica do setor no país.
Enfrentando os obstáculos
Classificado como o quarto maior consumidor mundial de cosméticos pela Euromonitor Internacional, o país possui uma indústria de beleza forte e reconhecida internacionalmente. Sendo assim, o segmento é altamente competitivo, com muitas marcas nacionais e internacionais disputando a atenção dos consumidores. Para se destacar frente à concorrência, é preciso apostar na maior diferenciação de produtos, em marketing eficaz e inovação constante.
Muitas companhias nacionais têm emergido com propostas de itens naturais, orgânicos e sustentáveis, utilizando ingredientes de origem vegetal e adotando práticas comprometidas com o meio ambiente nas cadeias de produção. Esse movimento tem sido impulsionado pelo consumo consciente. No entanto, a conformidade com regulamentações e normas específicas pode representar um desafio a mais no mundo dos negócios, especialmente para companhias menores e iniciantes.
Oportunidades e perspectivas futuras
Para as startups, entrar nesse mercado ainda pode ser particularmente mais arriscado devido à consolidação e à fidelidade das pessoas às marcas já estabelecidas. Mas oportunidades de crescimento ainda existem, especialmente no comércio eletrônico e na oferta de itens personalizados.
Em curto prazo, espera-se um aumento do e-commerce, estimulado pela conveniência e variedade de opções. A pandemia ressaltou a importância do cuidado pessoal e do bem-estar, levando as pessoas a buscarem opções que ofereçam benefícios além da estética. No médio prazo, a preocupação ambiental continuará influenciando o setor, assim como a personalização de produtos e a expansão para países emergentes, como os da América Latina, Ásia e África.
O mercado de beleza continuará a evoluir e se adaptar às mudanças nas preferências dos consumidores e nas demandas por sustentabilidade e saúde. As empresas que conseguirem acompanhar essas tendências e inovar estarão bem posicionadas para alcançar o sucesso.
*Ana Paula Debiazi é CEO da Leonora Ventures, corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação.| Paula Zavareze é CEO da Ecobotica, marca que produz cosméticos veganos hiperfuncionais de alta eficiência – E-mail: leonoraventures@nbpress.com.br.
Sobre a Leonora Ventures
A Leonora Ventures é uma corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam no setor de varejo, logística e educação. Uma iniciativa do Grupo Leonora, empresa que está presente no mercado desde 1984, sendo a maior distribuidora de produtos de papelaria do Brasil, a Leonora Ventures é mão na massa e eleva o potencial escalável das startups em que atua. Para mais informações, acesse: https://leonoraventures.com.br/ ou @leonoraventures.
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