“Eu acredito em uma sociedade que está aprendendo”, conclui Angela Alves ao término de sua gestão à frente da equipe Campo Belo do BNI
Atuando tanto no mercado corporativo quanto no terceiro setor, ela diz acreditar que a inclusão social resulta do aprendizado constante e diário de toda a sociedade
A advogada e empresária Angela Alves trabalha pela inclusão social em ambientes diversos e na qualidade de presidente da equipe Campo Belo do BNI Brasil, onde ainda há poucos empresários com perfil diverso, ela entende que o processo de diversidade, inclusão e representatividade está em um momento de construção. Ela ressalta que embora seja a única mulher negra, não sofreu resistências na presidência da equipe Campo Belo do BNI Brasil.
Nascida em uma família com poucas condições financeiras, este fato não a impediu de estudar e buscar se especializar em sua área de atuação: o Direito e Administração Empresarial. No entanto, quando questionada, ela reconhece que o capital social, a não estruturação do negócio e a falta de sentimento de pertencimento são limitadores para que empresários negros estejam em certos espaços.
Atualmente presidindo a equipe Campo Belo do BNI Brasil, organização multinacional que tem como objetivo estimular o networking e promover parcerias e negócios entre seus associados, Angela acredita que a diversidade e a inclusão, dois aspectos latentes na sociedade atual, resultam do aprendizado constante de todas as pessoas.
Sobre isto, ela argumenta: “Acredito que todos nós, independente da posição que ocupamos na sociedade, estamos em constante aprendizado. Isso significa que diariamente vivemos situações que nos levam a trabalhar pela inclusão social tanto nas empresas quanto em nossas casas. Este é um dever de todos nós”, destaca. “ Eu acredito em uma sociedade que está aprendendo, em seres que estão aprendendo em todos os níveis, estamos em processo em amadurecimento da diversidade.
Temas como ESG, por exemplo, ainda estão em fase de implantação. O número de não negros ainda é expressivo. No entanto, em momento algum houve uma recusa a minha presidência por eu ser mulher negra, pelo contrário, houve muito acolhimento”, finaliza.
Ressalte-se que além de atuar no mercado corporativo, nas áreas de direito empresarial e contratual exercendo diversas posições ao longo dos anos, Angela também fundou e preside a ONG Aprender e Sonhar que tem como objetivo estimular o empreendedorismo entre pessoas de baixa renda.
O fato de que nasceu em uma família de classe baixa, fez com que Angela enfrentasse vários obstáculos até que conseguisse se formar e trabalhar em sua área.
Filha de uma faxineira e de um lavador de carros, ela é a primeira da família a ter formação superior.
Contudo, apesar de ter vivido fatos tristes como a perda de três irmãos que foram vítimas da violência policial, Angela buscou a graduação superior, realizou cursos de especialização em sua área e hoje é especialista em Direito Empresarial, com formação também em administração de empresas.
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