Com queda de sete vezes no faturamento, Americanas despenca entre os principais marketplaces

Com queda de sete vezes no faturamento, Americanas despenca entre os principais marketplaces

Estudo da startup Magis5, hub de integração de e-commerce, mostra o efeito da crise do grupo, que veio à tona no início do ano

A crise das Americanas – que em janeiro revelou rombo de pelo menos R$ 20 bilhões em sua contabilidade – atingiu em cheio uma de suas maiores especialidades nos últimos tempos: a de marketplace. Um estudo da startup Magis5, um hub automatizador e integrador de marketplaces, mostra que o grupo despencou na lista dos principais do setor.

Confirmando a queda, em 22 de março vieram à tona dados sobre a drástica redução do faturamento dos canais on-line das Americanas. Em novembro, pico do resultado em 2022, as vendas somaram R$ 1,4 bilhão. Em fevereiro deste ano, já com a crise estabelecida, o montante caiu para R$ 180 milhões. Ou seja, uma redução de 7,7 vezes. Os dados são da própria empresa, e estão em relatório enviado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, conforme noticiado pela imprensa.

De acordo com o levantamento da Magis5, dados internos de seu hub coletados um mês após o anúncio da crise apontam que houve uma redução de 35,27% na média de pedidos diários e de 30,79% em relação ao GMV (Gross Merchandise Value, o volume bruto de mercadorias, em tradução livre).

Quando analisada em comparação, nos últimos dois trimestres de 2022 essa redução é ainda maior: com -47,35% na média de pedidos diários e de -39,56% do GMV diário. Além de dados dos pedidos, os vendedores ativos na plataforma igualmente tiveram alteração em relação ao período de anúncio da crise até o início do mês de março, com uma redução de 5,1% de sellers ativos.

Tais dados apontam a possibilidade de os compradores estarem mais receosos com a compra no marketplace ou mesmo para a redução de ações feitas pela Americanas para atrair mais consumidores. O que faz com que, consequentemente, outros marketplaces, como Magalu, aumentem sua participação no mercado, ou mesmo o AliExpress, que vem sendo apontado como o sexto maior marketplace em termos de acessos mensais pelos relatórios da Conversion, já próximo de alcançar a Americanas.

Segundo o CEO da Magis5, Claudio Dias, para os vendedores de marketplace, a crise nas Americanas representa, de fato, um desafio. Afinal, trata-se de uma marca que conseguiu se consolidar no mercado, atraindo parceiros (e clientes). Apesar dos resultados em intenso declive, e da imagem desgastada, a crise não significa fim de oportunidades, ressalta o especialista.

                                                                    Claudio Dias, CEO da Magis5

É claro que é preciso ficar alerta perante os acontecimentos, porém, a Americanas é uma marca consolidada no mercado, e esperamos que essa crise possa ser contornada justamente por conta dos vendedores, colaboradores e parceiros que tiram sua renda a partir do marketplace. Mas igualmente é importante ressaltarmos o quão importante, para sellers, é estar presente em multicanais de vendas on-line para ter mais contatos com seus compradores em diferentes plataformas e não serem duramente afetados.

O levantamento da Magis5 é feito a partir dos dados operacionalizados pelo seu próprio hub de automação, gestão e integração de marketplaces. Por meio de hiperautomação, a startup oferece soluções de integração, totalmente on-line, desses ambientes, proporcionando a quem comercializa pela internet gerenciar de forma rápida, fácil e segura vendas em diversas lojas e marketplaces propriamente ditos.

Por exemplo: mediante o uso de múltiplos CNPJs em uma mesma conta para gerenciar impressões de nota fiscal e etiquetas, anúncios e, ainda, automatizar o processo de expedição. A plataforma integra marketplaces como AliExpress, B2W Marketplace, Carrefour Marketplace, Madeira Madeira, Magazine Luiza, Mercado Livre e Shopee, dentre outros.

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