Como a tecnologia revolucionou o marketing e quais os próximos passos? – Por: Silvana Torres, presidente e fundadora da Mark Up
A tecnologia já deixou de ser uma mera curiosidade para se tornar indispensável à perpetuação das empresas, dos negócios e da nossa própria existência; afinal, incorporamos hábitos e ferramentas que passaram a integrar as nossas vidas todos os dias e a influenciar a forma com que consumimos produtos, serviços e as próprias informações. E, se pararmos para mapear o mercado, veremos que alguns segmentos não possuem mais “tendências” nesse sentido, mas sim realidades concretas.
Na NRF (National Retail Federation), maior feira de varejo do mundo, que aconteceu no início deste ano, em Nova York, novos nomes de soluções foram apresentados e bombaram no evento, entre elas o destaque fica para sistemas e recursos que já são necessários para as companhias ao redor do mundo que buscam crescimento a longo prazo. São investimentos mais do que obrigatórios e, não à toa, vemos os seus reflexos aumentarem para o público a cada dia que passa e, sem dúvidas, um dos principais focos dessa transformação digital é o marketing.
O metaverso já é realidade
Dentre as principais representantes de tecnologias que roubaram a cena na atração, estão: as soluções chamadas ‘3D real-time’, popularmente conhecidas como metaverso, a famosa jornada omnichannel e experiências interativas em AR (realidade aumentada) e VR (realidade virtual); a inteligência artificial, que, com aprimoramentos de produtos baseados em machine learning, simplifica e, ao mesmo tempo, potencializa o portfólio de uma marca; e, como não poderia faltar, os processos data driven, que permitem a extração de insights estratégicos e análises precisas de informações, as quais podem mudar as atividades de uma empresa em um período mínimo de tempo.
Todas essas ferramentas – e muitas outras – são cartas marcadas no contexto da era da comunicação em que vivemos. No live marketing, por exemplo, é possível aproximar o participante de uma campanha do consumidor com a qualificação de dados, mensuração, automação, mapeamento de acessos e pesquisas, que podem ser empregadas com um potencial quase que infinito de possibilidades. Dessa maneira, as empresas conhecem inteiramente quem está do outro lado e trazem soluções cada vez mais personalizadas, assertivas e inovadoras.
O foco em pessoas
Entre os vários insights, um deles é o foco cada vez maior e mais forte para um olhar clínico voltado para o consumidor, mas principalmente ao ser humano. Nesse sentido, é preciso transformar algumas dicas lá apresentadas em verdadeiros mantras, como ‘empodere o cliente’, ‘pense na natureza’ e ‘valorize o bem-estar em primeiro lugar’. Marcar a alma das pessoas e despertar emoções continua sendo fundamental e, para isso, investir em dados para conhecer os sentimentos do cliente será o caminho mais assertivo para oferecer produtos e serviços hiper personalizados.
Os consumidores estão muito mais exigentes no que diz respeito à praticidade e conveniência. Com hubs de gestão, data driven e analytics, abre-se espaço para colocar em prática o conceito de Human Centric (ter as pessoas como centro), uma base fundamental para o avanço do setor. Ou seja, para gerar experiências engajadoras e encantadoras, não há como não recorrer a uma Comunicação 4.0, que estabelece diálogos por meio dos recursos tecnológicos e fazem com que as marcas entrem nas vidas dos consumidores em função de seus próprios comportamentos e hábitos.
É uma troca que acontece, inclusive, nas redes sociais. Nesse ambiente em particular, conceitos como gamification e formatos de comunicação mais atraentes, como podcasts, vídeos, cards, stickers de WhatsApp e filtros de Instagram, dão um aperitivo de como as empresas podem se integrar às rotinas das pessoas de forma natural e orgânica.
Ainda vale destacar que muitos desses objetivos e ideias de trabalho não eram desconhecidas do marketing. Há temas e estratégias que sempre foram uma parte relevante do segmento, mas que conseguiram alcançar patamares ainda mais significativos com a tecnologia. Uma boa amostra disso são as campanhas de incentivo; na própria Mark Up, temos um marketplace de premiação com ações dessa categoria há 15 anos, porém, com Data Lakes, Data Hubs e outros sistemas que viabilizam o uso inteligente de dados, a integração de informações em plataformas e a proximidade dos clientes com as recompensas que mais desejam chegaram a outro nível.
Portanto, mais do que impor desafios, as ferramentas tecnológicas abrem portas para o universo do marketing, funcionando como uma verdadeira revolução. Elas garantem a consistência e conexão da identidade de uma companhia e de suas narrativas por meio de diferentes touchpoints, encurtando as distâncias impostas pelo digital e aproximando os ambientes on e off. A consequência? Experiências de relacionamento e compra extraordinárias e disruptivas, facilidade de adaptação a novas linguagens e, acima de tudo, a ligação profunda do mundo dos negócios com as verdades humanas.
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