O papel dos influenciadores digitais nas estratégias de venda de PME´s
Não é preciso muitos recursos para investir, uma vez que empreendedores podem recorrer também a parceiros fortes em seus nichos nas redes sociais. A empresária capixaba Rayssa Thebaldi, de 33 anos, é formada em Química e trabalhou por sete anos em uma mineradora, mas por amar praticar esportes e perceber que as pessoas malhavam de abadá de show ela viu ali um mercado a ser explorado. E foi então que surgiu a Agua Azul – marca de roupas fitness femininas em outubro de 2017, investindo o único dinheiro que tinha, cerca de R$ 800,00. Durante a pandemia a loja teve um boom de vendas e hoje, a marca está consolidada no e-commerce, com faturamento de R$5 milhões por ano, com projeções de faturar R$ 8 milhões neste 2023, iniciar as vendas no atacado e abrir sua primeira loja física em Vitória (ES) no segundo semestre.
A empresária revela que a rede de influenciadoras parceiras é um ponto chave para o faturamento da marca, 200 meninas foram selecionadas por meio de um concurso para alavancar as vendas na internet e criar credibilidade e, para este ano, a previsão é de atingir 500 micros influenciadoras ativas. O resultado com as parcerias pode ser imediato. Além do aumento no número de seguidores e, com isso, o maior alcance, a marca ganha credibilidade e vendas. Para virar “Aguete”, como são chamadas as influenciadoras parceiras, o número de seguidores não é o mais importante, o público e como ela interage com essas pessoas é muito relevante. “Pesquisamos qual a frequência que a influenciadora publica as postagens, se ela responde aos seguidores. Não adianta fazer uma parceria com uma influenciadora que não interage com seu público”, garante Rayssa Thebaldi.
Uma outra maneira de tentar gerar mais engajamento e, consequentemente, aumentar as vendas é usar a própria rede de contatos, como fez Thebaldi, hoje a principal influenciadora da sua marca. “É preciso ser criativa. Use algo para chamar a atenção, conte sua trajetória, seu estilo de vida e veja se o produto tem identificação com o que o seu público acredita e fala”, diz.
Expansão e história da marca
Entre os planos de expansão da Agua Azul está também a abertura de franquias em 2024. No começo, Rayssa desenhava as peças, comprava os tecidos e levava para uma costureira conhecida colocar a ideia em prática. Após o processo de produção, ela colocava as peças de roupas em uma mala e batia de porta em porta para mostrar o seu produto. Hoje a Agua Azul é composta por 21 funcionários e 20 prestadores de serviço, incluindo uma equipe de estilo, que estuda todos os tecidos, estampas diferenciadas para causar conforto e design único, transformando a marca em uma essência para as clientes apaixonadas.
Toda a parte inicial da confecção é criada na fábrica, a pilotagem, modelagem e cortes, apenas a costura ainda é terceirizada. Com o passar do tempo, a marca começou a ganhar clientes também no exterior como Estados Unidos, Argentina, Austrália, e Portugal. No Brasil, atualmente, os estados com maior concentração de vendas e receita da marca estão no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
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