Como conquistar dados de clientes sem infringir a LGPD?
Marcelo Rocha, VP Latam da CleverTap, lista 7 dicas de como as empresas podem coletar informações de usuários dentro da lei brasileira
Quando falamos em marketing digital, sabemos que a personalização cresceu muito nos últimos anos. Seja para otimizar campanhas de e-mail por meio da individualização ou para aumentar as vendas de um negócio com estratégias fundamentadas em contas (ABM), os profissionais estão criando cada vez mais soluções para aperfeiçoar os relacionamentos entre marcas e clientes. De acordo com um estudo da Folloze, 77% dos analistas da área concordam que personificar ao máximo eleva as relações com os compradores a um patamar difícil de ser alcançado pela concorrência e 55% deles veem nessa estratégia a única forma de aumentar as taxas de conversão e o crescimento.
Entretanto, para personalizar um contato é preciso ter em mãos a maior quantidade de dados possíveis. É nesse momento que entra a LGPD. Publicada em 2018, mas parcialmente colocada em vigor apenas em setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados tem como objetivo regulamentar as atividades de tratamento desses dados pessoais. Para evitar o vazamento das informações da população, as empresas se responsabilizam pela captação desses dados. Mas quão restritivo é o uso de dados para os profissionais de marketing no Brasil, quando se trata da LGPD?
Segundo a SalesForce, 57% dos consumidores estão dispostos a compartilhar suas informações em troca de ofertas ou descontos. Mas muitas dessas pessoas não sabem o quão poderoso é a captação de dados. As empresas conseguem acessar desde o nome e data de nascimento até informações mais delicadas e valiosas, como o número do cartão de crédito.
Para os empreendedores que querem personalizar o contato navegando conforme a lei, deixo algumas recomendações:
Não compre dados de terceiros
A regra é clara: é preciso conquistar os dados e não comprá-los de terceiros. É muito comum que empreendedores analisem a possibilidade de adquirir da internet listas de dados já prontas. Entretanto, essa é uma das principais infrações da LGPD, pois a conquista não possui o consentimento do cidadão. Sua empresa precisa possuir uma autorização prévia até para o uso de nome e número de telefone.
Não compartilhe os dados que você conquistou
Da mesma forma que não podemos adquirir dados sem o consentimento do indivíduo, também não podemos compartilhá-los. Se o cliente confia na sua empresa para depositar suas informações para mais pessoas, é necessário que você tome cuidado para mantê-las em segurança.
Peça a autorização ao cliente para utilizar os dados coletados
Quando o cliente faz uma compra, é necessário algumas informações básicas como o nome, telefone, e-mail e endereço (caso seja uma empresa de comércio, por exemplo). Além do primeiro contato, essas informações são fundamentais para dar continuidade à relação com o usuário. Por isso, deixe claro a possibilidade de enviar promoções e ofertas pós-venda e peça a devida autorização.
Adquira apenas as informações necessárias
Estude o que você precisa para manter o contato com o usuário e peça a ele apenas as informações necessárias. Um formulário extenso, além de entediar o consumidor, faz com que ele teme por suas informações.
Não utilize dados para outras finalidades
Após conquistar a autorização do cliente para utilizar os dados coletados, não fuja do que ele consentiu. Mesmo que ele tenha disponibilizado informações para um segmento, ele pode não querer compartilhá-las para outro. Siga a risca a confiança depositada.
Restrinja o acesso de colaboradores aos dados dos usuários
Quem da sua empresa tem acesso aos dados dos seus clientes? Se a resposta for “todos”, há uma estratégia bastante equivocada sendo utilizada. Por isso, otimize o seu sistema para apenas aqueles que utilizam tais informações terem acesso a elas.
Fique atento também à segurança do seu computador e internet
Algumas atitudes, que muitas vezes não são premeditadas, acabam prejudicando a proteção dos dados. Utilizar computador compartilhado, sem login ou senha pessoais, assim como manter arquivos digitais sem senha, antivírus ou com sistema ilegal, podem prejudicar a segurança da empresa. Todos os anos, inúmeras empresas sofrem com ataques cibernéticos. Então, garanta que as máquinas e conexão estejam protegidos.
Tomando todos os cuidados da LGPD necessários, o cliente vê confiança na sua empresa e a relação tende a ser otimizada.
Sobre a CleverTap
CleverTap é a nuvem de retenção nº 1 do mundo que ajuda as marcas que priorizam seus aplicativos a personalizarem e otimizarem todos os pontos de contato com o cliente, melhorando o envolvimento, a retenção e o valor de vida últil do usuário. É a única solução criada exclusivamente para atender às necessidades das equipes de retenção e crescimento, com análise de público, segmentação profunda, engajamento multicanal, recomendações de produtos e automação em um produto unificado. A plataforma é alimentada pelo TesseractDB™ – o primeiro banco de dados do mundo criado especificamente para engajamento do cliente, oferecendo velocidade e economia de escala. CleverTap tem a confiança de 1.500 clientes, incluindo Gojek, Electronic Arts, TED, English Premier League, TD Bank, Carousell, AirAsia, Papa John’s e Tesco. Apoiada por investidores líderes como Sequoia India, Tiger Global, Accel e CDPQ, a empresa está sediada em Mountain View, Califórnia, com presença em São Francisco, Nova York, São Paulo, Bogotá, Londres, Amsterdã, Sofia, Dubai, Mumbai, Cingapura e Jacarta. Para mais informações, visite clevertap.com ou siga a empresa no LinkedIn e Twitter.
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