As vendas de carros continuam no caminho certo para 2024
As vendas de automóveis geram vários benefícios que contribuem para o crescimento econômico de cada país. A demanda por veículos gera mais produção, o que, por sua vez, leva à criação de empregos no setor automotivo, desde a fabricação até o marketing e a manutenção.
Além disso, a concorrência nesse setor promove a inovação, com as empresas investindo em pesquisa para oferecer veículos mais eficientes, seguros e ecológicos, beneficiando os consumidores e a nação como um todo.
Adicionalmente, a comercialização beneficia não apenas as grandes fabricantes de automóveis, mas também as concessionárias, oficinas mecânicas e prestadores de serviços relacionados ao setor.
No Brasil, durante 2023, o mercado automotivo registrou 2.179.363 automóveis e veículos comerciais leves, representando um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior, de acordo com relatórios da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Nesse contexto, o Fiat Strada liderou as vendas no país no ano passado, com 120.570 unidades vendidas, seguido pelo Fiat Toro com 51.303 vendas. A Volkswagen Saveiro ficou em terceiro lugar, com 46.595 registros, enquanto a Toyota Hilux veio logo atrás, com 46.200. Por fim, a Chevrolet Montana fechou o top 5, com 30.012 unidades vendidas.
Especificamente, 236.599 unidades foram registradas em dezembro, o que representa um aumento de 17,3% em relação ao mês anterior e um aumento de 17% em relação a dezembro de 2022. No entanto, no último mês do ano, o Polo e o Onix superaram a Strada.
Nesse sentido, a Fenabrave destacou que o desempenho do mercado brasileiro foi positivo em todas as categorias de veículos, exceto caminhões, com aumentos tanto em motocicletas (16,1%) quanto em automóveis de passeio e veículos comerciais leves (11,3%).
Nesse contexto, a entidade atribuiu essa melhora em 2023 à redução das taxas de juros e aos incentivos fiscais do governo para a compra de veículos novos. Mesmo assim, eles afirmam que o setor exige políticas permanentes para incentivar a compra de carros.
“É preciso buscar soluções permanentes que mantenham o mercado aquecido, pois se trata de um setor que conta com 7.400 concessionárias, instaladas em mais de 1.000 municípios, representando mais de 300 mil empregos e uma participação de 5% no PIB nacional”, disse Andreta Júnior, presidente da Fenabrave.
Nessa linha, dentro das projeções para 2024, a organização espera um crescimento de 13,54% em todos os segmentos, com 4.518.871 unidades registradas no mercado doméstico. Enquanto isso, no caso de carros de passeio e veículos comerciais leves, a expectativa é de 12%, atingindo assim 2.440.887 unidades registradas.
Mas como estão os números até agora? Até 15 de março de 2024, o setor automotivo brasileiro apresentou um forte desempenho ao registrar um total de 81.652 veículos, um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Assim, a média diária de vendas úteis é de 7.423 unidades.
As vendas no varejo, que incluem transações diretas ao consumidor, aumentaram 12,6%, com 44.598 veículos registrados, 12,6% a mais do que em março de 2023, quando 39.622 veículos foram vendidos nesse segmento.
Já as vendas diretas tiveram um crescimento mais modesto, de 0,2%, para 37.054 unidades registradas, incluindo transações com locadoras, frotistas, pessoas com deficiência, taxistas e produtores rurais.
Vale ressaltar que, em comparação com o mesmo período do ano passado, a estabilidade desse mercado é indiscutível, com 36.985 carros registrados nessa modalidade em março de 2023.
Em termos de marcas, a Fiat manteve sua posição de destaque no mercado, liderando com uma participação de mercado de 20,8%, seguida de perto pela Volkswagen com 14,9%. A General Motors (GM) está em terceiro lugar, com uma participação de mercado de 12,9% em março.
Especificamente, o Fiat Strada mais uma vez demonstrou liderança ao atingir 4.664 unidades vendidas, seguido pelo Chevrolet Onix, com 3.604 veículos, e pelo Volkswagen Polo que ficou em terceiro lugar com 3.527 registros.
Assim, até agora, neste ano, o mercado automotivo nacional registrou 388.716 veículos, representando um aumento de 19,06% em relação ao mesmo período do ano passado.
Comercialização de carros elétricos e híbridos
A venda de carros elétricos e híbridos no Brasil atingiu um novo recorde em fevereiro, com um notável aumento de 143% em relação ao mesmo mês do ano passado, consolidando a presença dos carros elétricos (BEVs) no segmento de eletrificados. De acordo com o relatório mensal da ABVE, com dados da Fenabrave, foram vendidos 10.451 veículos eletrificados no mês, o que representa o melhor número da história.
Apesar da retomada da cobrança do imposto de importação, o mercado eletrificado continuou a crescer rapidamente nos primeiros meses de 2024, com um total de 24.477 veículos vendidos no período de dois meses, representando um aumento de 155,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Um dos fatores que impulsionaram esse progresso foi o crescimento da infraestrutura de recarga, que contribuiu para o aumento das vendas de carros elétricos e híbridos plug-in. Além disso, houve uma tendência de queda nos preços de entrada e uma maior diversidade de modelos disponíveis no mercado.
Pelo terceiro mês consecutivo, os carros elétricos (BEVs) lideraram o caminho no segmento eletrificado, respondendo por 34,8% do mercado em fevereiro, um aumento impressionante de 470% em comparação com as vendas de fevereiro de 2023.
Os híbridos plug-in (PHEVs) também se destacaram, com um aumento de 193% nos registros de fevereiro em comparação com o ano anterior, totalizando 3.594 unidades.
Os híbridos convencionais sem recarga externa (HEV flex, HEV e MHEV) atingiram um total de 3.218 unidades em fevereiro, representando 30,8% do mercado e registrando um aumento de 32,5% em relação ao ano anterior.
De acordo com esse cenário, o crescimento sustentado da comercialização de carros elétricos e híbridos no Brasil é uma evidência de uma clara tendência à mobilidade mais ecológica.
Além disso, esses desenvolvimentos também reforçam a importância de se ter um seguro de automóvel que cubra adequadamente os veículos elétricos e híbridos, levando em conta suas características e necessidades específicas.
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