ESG está moldando positivamente o olhar de marcas, empresas e investidores
De acordo com Rafael Davi Valentini, CEO da Movestock, o conceito pode indicar quais são as organizações que mais se destacam por suas filosofias socioambientais
O conceito de ESG tem ganhado cada vez mais importância nos últimos anos, tanto para as empresas quanto para os investidores. A sigla engloba a análise de critérios ambientais, sociais e de governança que podem afetar o desempenho das companhias e os riscos aos quais elas estão expostas.
Atualmente, muitos investidores usam informações sobre ESG para avaliar a performance das empresas e tomar decisões de investimento, visando melhores resultados a longo prazo. O movimento mostra que existe uma crescente consciência de que questões ambientais, sociais e de governança podem ter um impacto significativo no desempenho financeiro de uma companhia.
De acordo com Rafael Davi Valentini, CEO da Movestock, empresa líder em aproximação de indústrias que possuem estoques parados, excedentes ou obsoletos, melhorar os índices ESG pode trazer benefícios significativos. “Adotar essas práticas auxilia na atração de investimentos, aumenta a confiança dos investidores e fortifica as possibilidades de reter talentos. Além disso, melhora a imagem e reputação da marca, diminuindo riscos regulatórios e legais. As empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a desempenhar melhor a longo prazo, apresentando maiores chances de sucesso”, relata.
Para o empresário, o critério ambiental é uma parte extremamente importante na avaliação ESG. “Uma das principais preocupações nesse sentido está ligada às mudanças climáticas, causadas pela emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono. As empresas podem contribuir para as mudanças climáticas por meio de suas operações, como a produção de energia limpa, transporte e manufatura. O uso de recursos naturais também é um ponto de grande preocupação, precisando de uma redução substancial em sua utilização e no aumento de investimentos voltado às práticas sustentáveis”, pontua.
As práticas de gestão ambiental incluem medidas como a redução do consumo de energia e água, a implementação de práticas de reciclagem e compostagem, a utilização de fontes de energia renováveis, além do investimento em tecnologias limpas e projetos que visam proteger o meio ambiente.
Segundo Valentini, a parte que diz respeito às questões sociais na sigla ESG abrange pontos como diversidade e inclusão, direitos humanos, condições de trabalho e relações com a comunidade. “As empresas que adotam práticas sociais sólidas podem ter uma base de trabalhadores mais leal e comprometida, além de ter um impacto positivo na comunidade em que ela está inserida e possibilitar a atração de investimentos mais conscientes”, revela.
O critério de governança também é uma parte importante da avaliação ESG, se concentrando nas questões relacionadas ao gerenciamento de uma empresa. “Entre os pontos mais importantes estão a transparência em relação às operações, desempenho financeiro e impacto socioambiental, o compliance regulatório, além da boa governança corporativa, que inclui procedimentos de votação transparentes para garantir que os interesses dos acionistas sejam sempre levados em consideração”, declara.
A maioria dos conceitos para calcular os índices ESG segue um processo semelhante, baseada nos seguintes passos:
- Seleção de empresas: As empresas são selecionadas com base em critérios pré-estabelecidos, como tamanho, setor e região;
- Coleta de dados: Dados sobre as práticas de cada empresa em relação aos critérios ambientais, sociais e de governança são coletados a partir de fontes primárias, como relatórios de sustentabilidade das empresas e fontes secundárias, como análises de terceiros e dados governamentais;
- Análise de dados: Os dados coletados são analisados para avaliar o desempenho de cada empresa em relação aos critérios fundamentais de ESG. Isso pode incluir a atribuição de pontos ou notas para diferentes aspectos do desempenho;
- Cálculo do índice: As pontuações ou notas atribuídas a cada empresa são usadas para calcular o índice geral, que pode ser apresentado como uma listagem numérica ou uma classificação;
- Revisão e atualização: Os índices ESG são revisados e atualizados regularmente, refletindo qualquer mudança nas práticas das empresas ou nos métodos de avaliação.
O CEO da Movestock alerta, no entanto, que os métodos de cálculo variam entre diferentes organizações e índices, com pesos e processos de análise específicos. “Alguns possuem uma abordagem mais intensiva em relação aos dados primários e secundários, enquanto outros órgãos focam em empresas de algum setor ou região específica. Portanto, é importante entender os métodos de avaliação de cada índice antes de utilizá-lo para avaliar o desempenho de marcas e realizar investimentos. Vale lembrar que os números podem não capturar todas as nuances do desempenho de uma companhia em relação aos critérios ambientais, sociais e de governança, e devem ser usados em conjunto com outras fontes de informação”, relata.
Mesmo assim, os investimentos ESG têm ganhado cada vez mais popularidade entre aqueles que buscam não apenas maximizar seus retornos financeiros, mas também ter um impacto socioambiental positivo. “Para ter sucesso com esses investimentos, é preciso definir objetivos, fazer pesquisas, acompanhar e reavaliar aplicações, considerar o impacto ambiental e social, além de diversificar a carteira de capitais. Incorporando esses critérios, é possível realizar escolhas mais informadas e alinhadas às suas crenças e objetivos”, pontua.
De acordo com Valentini, existem diversas empresas ao redor do mundo que estão se destacando na implementação de práticas de ESG. “Entre elas estão alguns grandes nomes, como Unilever, Natura, Patagonia e IKEA. É importante lembrar que cada uma dessas marcas tem suas próprias metas e desafios quando se trata de sustentabilidade, mas esses exemplos mostram que é possível alcançar sucesso ao implementar práticas de ESG”, finaliza.
Sobre Rafael Davi Valentini
Rafael é co-fundador e CEO Movestock, empreendedor desde os 16 anos, construiu uma carreira sólida no setor siderúrgico, atuando como CEO por 16 anos. Apaixonado pela economia circular, em 2015 fundou o osucateiro.com, empresa de tecnologia voltada para a gestão de resíduos e reciclagem de materiais. Em 2022, deu mais um passo à frente e criou a Movestock, focada na venda de estoques excedentes e obsoletos de indústrias. Reconhecido como TOP3 LATAM em ODS 8 e TOP3 Brasil para investir. Rafael é um visionário comprometido em impulsionar negócios com impacto positivo e sustentável.
Sobre a Movestock
Com o objetivo de colaborar para a preservação ambiental, a Movestock é um marketplace que facilita o reuso de ativos excedentes, e também daqueles que já estão obsoletos, de outras empresas. O sistema atua de forma integrada, possibilitando um gerenciamento de 100% do desperdício. Devido ao uso de automação, a geração de estoques é resolvida de ponta a ponta com eficiência. Além disso, a Movestock conta com um modelo inovador de negociação inteiramente desenvolvido com tecnologia própria e voltado, especialmente, para este mercado.
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