Fintechs permitem ampliar em até 30 vezes a eficiência no mercado logístico – Por: Fernando Nery é cofundador da Portão 3, fintech que une tecnologia e gestão de pagamentos corporativos para grandes empresas e indústria.

Fintechs permitem ampliar em até 30 vezes a eficiência no mercado logístico – Por: Fernando Nery é cofundador da Portão 3, fintech que une tecnologia e gestão de pagamentos corporativos para grandes empresas e indústria.

Apesar das facilidades trazidas atualmente pelas instituições bancárias tradicionais, como a disponibilização de cartões corporativos e pagamentos via PIX, o mercado de transporte e logística ainda sofre ao lidar com o grande volume de gastos envolvendo despesas da frota e dos motoristas, como tíquetes de pedágio, combustível, multas e alimentação. Cabe aos times financeiros das empresas que atuam nesse setor gerenciar um volume enorme de transações e de dinheiro que chega de forma descentralizada, sendo quase impossível para eles ter um bom controle das despesas dos funcionários com viagens por todo o país e estabelecer parâmetros que auxiliem na gestão desses custos.

Nesse sentido, as plataformas de gestão de gastos corporativos disponibilizadas hoje no mercado por algumas fintechs conseguem oferecer soluções que vão além de simples meios de pagamento, ajudando os times financeiros a entender o que está acontecendo de ponta a ponta do processo, por meio de relatórios que oferecem uma gama completa de insights e que são fundamentais para a tomada de decisões.

Essas ferramentas trazem, por exemplo, interfaces que mostram roteiros e conectam os sistemas de roteirização com os de telemetria, para conseguir separar dados e mostrar nitidamente o que foi consumido e qual o gasto total de uma viagem específica. Quando temos isso rodando em uma plataforma, fica fácil visualizar de forma clara, por exemplo, o consumo médio por quilômetro de um veículo da frota e o consumo em cima de cada motorista. E isso envolvendo item por item das despesas, bem como os gastos do início ao fim de cada trajeto. Para cada transação, é enviado um relatório com análise detalhada.

Esse sistema integrado ajuda a resolver outro grave problema enfrentado pelas empresas do setor logístico: a questão das fraudes. Há casos graves, como o de funcionários que usam o cartão corporativo para abastecer outros veículos; ou que pagam as férias em família como se fossem despesas da empresa. Para evitar o desvio de recursos, os CFOs precisam rastrear todas essas operações, o que é um trabalho quase impossível de se fazer quando se tem de administrar uma carteira grande. Na outra ponta, os colaboradores também têm problemas com a prestação de contas, vivendo preocupados achando que podem entrar em dívida com o cartão de crédito antes de serem reembolsados.

As ferramentas atuais de gestão de gastos trazem informações atualizadas em tempo real, de forma que o gestor tenha acesso, instantaneamente, a todas as métricas e a todas as rotas, por veículo e motorista. Ao integrar esses dados, o sistema consegue bloquear transações suspeitas antes mesmo que elas aconteçam, não permitindo que o cartão corporativo seja usado fora da rota percorrida no momento.

Ter em mãos parâmetros claros e acesso a um maior número de informações significa maior controle das operações financeiras envolvendo o deslocamento de veículos e funcionários, dando margem para que os gestores definam, entre outras ações, que tipo de veículo é mais indicado para fazer cada rota ou quais motoristas precisam passar por treinamento para aprender melhor como economizar combustível. E tudo isso, certamente, resulta em redução de custos para a empresa.

A experiência com o uso desse tipo de plataforma mostra ser possível um ganho 30 vezes maior em eficiência na ponta do processo. Em um mercado em transformação e que enfrenta forte concorrência como o logístico, isso pode ser fator determinante para a sobrevivência das empresas.

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