A inteligência artificial não é ameaça, é aliada do gestor de projetos- Por: João Sandri é engenheiro de soluções da Nortrez

A inteligência artificial não é ameaça, é aliada do gestor de projetos- Por: João Sandri é engenheiro de soluções da Nortrez

É curioso como muitas revoluções tecnológicas começam de forma silenciosa, quase imperceptível. Elas surgem como ferramentas auxiliares, ganham espaço no dia a dia das equipes e, de repente, já estão no centro das decisões estratégicas. É exatamente esse o caminho que a Inteligência Artificial (IA) vem trilhando no universo do gerenciamento de projetos. A integração de IA (Inteligência Artificial) nesses processos foi uma das temáticas que ganhou destaque durante o CBGPL 2025, realizado em Fortaleza, o que faz sentido, já que estima-se que até 2030, 80% das atividades de gestão deverão ser realizadas por inteligência artificial. Essa previsão não é um chute otimista nem uma visão futurista exagerada. Trata-se de uma mudança de paradigma que já está em curso e que exige um reposicionamento urgente por parte dos profissionais da área.

A IA não é apenas uma ferramenta sofisticada. Quando bem implementada, ela se torna uma parceira estratégica na condução de projetos. Sua maior força está na capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real, algo que ultrapassa qualquer limite humano. Isso permite antever riscos, identificar padrões e, principalmente, tomar decisões com base em evidências concretas. Com os processos operacionais automatizados pela IA, sobra mais tempo e energia para o que realmente importa: pensar estrategicamente, liderar equipes com inteligência emocional e garantir o alinhamento entre o projeto e os objetivos do negócio.

Outra contribuição decisiva da IA está na alocação inteligente de recursos. Com base em dados atualizados sobre a carga de trabalho e a disponibilidade das pessoas, a tecnologia é capaz de indicar a distribuição mais eficiente das tarefas. O resultado é menos gargalos, mais produtividade e equipes trabalhando de forma mais equilibrada. Entretanto, a implementação da IA não é isenta de desafios. A resistência à mudança e a falta de capacitação são barreiras que precisamos superar. É fundamental que as organizações invistam em treinamentos e na criação de uma cultura de aprendizado contínuo, onde as equipes se sintam confortáveis para explorar e utilizar as novas tecnologias. A capacitação não deve ser vista como um custo, mas como um investimento no futuro da gestão de projetos.

Portanto, capacitar, neste contexto é uma necessidade urgente. A IA não substituirá os profissionais da gestão de projetos, mas certamente transformará a forma como eles atuam. E só estará preparado para esse novo cenário quem compreender que o conhecimento técnico, por si só, não basta. Cabe aos profissionais de gestão entenderem que, neste novo capítulo, quem souber caminhar lado a lado com a IA sairá na frente, não apenas como executor de tarefas, mas como protagonista de um novo jeito de fazer projetos acontecerem.

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