A fé e a transformação pessoal – Por : Omar Souki, PhD Palestrante motivacional Autor de mais de 40 livros. PhD em Comunicação pela Universidade de Ohio, Estados Unidos. Escritor e palestrante, considerado o gênio do otimismo.
Ao começar a dedilhar o teclado do computador eu acredito que conseguirei desenvolver um determinado assunto. Tenho fé! Em especial, se for algo complexo, peço ao Espírito Santo que me ilumine para que o texto flua e consiga, por sua vez, inspirar àqueles que irão saboreá-lo. Eu me ofereço como um instrumento ao Senhor para que ele, por meio da minha fé, me forneça as palavras certas. É assim que funciona. Tudo começa com a minha fé no Criador. “Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’ ele irá. Nada será impossível para vocês” (Mateus 17, 20).
Minhas realizações dependem da força de minha fé e vice-versa. Quanto melhor for o meu desempenho, maior a minha fé. “Alguém poderia dizer: Você tem a fé, e eu tenho as obras, e eu, com as minhas obras, lhe mostrarei a minha fé. […] A fé sem as obras não tem valor. […] De fato, do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé sem as obras é cadáver” (Tiago 2, 18; 26). Existe uma ligação sinérgica entre a fé e as nossas obras. Quanto mais acredito, mais eu me animo a escrever. E quanto mais escrevo, mais fortalecida fica a minha fé. Isso acontece também, e principalmente, com relação às nossas obras de caridade. Quanto mais fé temos em Deus, mais contribuímos para o bem-estar alheio. E, quanto mais ajudamos os outros, mais fortalecida fica a nossa fé.
Obras—ações decisivas rumo a realização de nossos propósitos—são necessárias para tudo nesta vida. Desde que nos levantamos, até o momento de conciliarmos o sono à noite, estamos agindo.
E agimos porque acreditamos que a nossa atividade, seja ela física, mental ou espiritual, irá nos beneficiar e a todos à nossa volta. Para que a nossa ação gere resultados positivos precisamos sustentá-la por uma fé inabalável no Criador e em nós mesmos. Abílio Diniz, o fundador dos supermercados Pão de Açucar, afirmava ser a fé do empresário a seiva que mantem o seu negócio. Não importa qual seja a nossa atividade—empresarial, intelectual ou espiritual—sem fé ela não dará frutos.
Na dimensão espiritual, Jesus nos sugere três procedimentos básicos: a caridade, a oração e o jejum. Obras que devem ser feitas discretamente para serem recompensadas pelo Pai que está nos Céus. Com relação à caridade, ela deve ser tão escondida que a nossa “mão esquerda não saiba o que faz a direita”. Assim também, quando oramos devemos entrar em nosso quarto interior e orar ao Pai em segredo.
E, ao jejuarmos, Jesus nos aconselha a lavar o rosto e a perfumar a cabeça para que os outros não percebam a nossa penitência. Porém, o Pai, que vê o que está escondido nos recompensa por essas obras realizadas em segredo (Mateus 6, 1-6; 16-18).
Enfim, a fé é transformadora. Ela fortalece a nossa vontade de realizar, seja nos negócios, no campo intelectual ou no espiritual. Quando iniciamos nossos projetos—não importa em que área—e gradualmente atingimos nossos propósitos, a nossa fé aumenta e, por sua vez, nos estimula a seguir adiante com uma crescente confiança em Deus e em nossa capacidade de realização
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