Cibersegurança é prioridade para mais de 80% das empresas de médio porte do Brasil

Cibersegurança é prioridade para mais de 80% das empresas de médio porte do Brasil

Segundo o estudo International Business Report (IBR), da Grant Thornton, mais de 80% das companhias brasileiras já investem ou passarão a investir na proteção contra ataques cibernéticos em 2024

De acordo com o International Business Report (IBR), relatório que mede o otimismo sobre o futuro da economia e dos negócios globalmente, a cibersegurança é prioridade para mais de 80% das empresas de médio porte do Brasil. A pesquisa, realizada pela Grant Thornton, uma das maiores empresas de consultoria, auditoria e tributos do mundo, foi respondida por cerca de 300 lideranças brasileiras sobre o investimento na área e 41% afirmam investir, já há muitos anos, na melhoria da capacidade de proteção e reação a ataques cibernéticos.

O estudo também revela que outros 41% começaram os aportes em segurança digital nos últimos três anos, com a intenção de continuar investindo no futuro. Para 10% dos empresários, o tema será tratado como um tópico prioritário a partir de 2024 e 6% vai começar a vê-lo dessa maneira em um futuro próximo. Esse movimento reflete os impactos do aumento no número de ataques cibernéticos que as companhias nacionais vêm sofrendo ano a ano.

O relatório da empresa de segurança Fortinet destaca que o Brasil é o país mais vulnerável a ataques cibernéticos da América Latina. De acordo com a pesquisa publicada em 2023, no primeiro semestre foram 23 bilhões de ataques contra o Brasil, o que representa 36% do total na América Latina. Em comparação com o mesmo período de 2022, o número caiu frente aos 31,5 bilhões, ainda segundo a Fortinet.

Na avaliação do sócio líder de Cybersecurity da Grant Thornton Brasil, Everson Probst, o fato de o país ser alvo constante de tentativas de golpes comprova a importância da economia brasileira no cenário global. Mas o especialista alerta que, para a estrutura de cibersegurança dar certo, os investimentos na área precisam ser realizados e testados corretamente, de acordo com a realidade de cada empresa.

“Grande parte das organizações investem em segurança cibernética por meio de controles preventivos. Mas ainda há muito a ser feito para endereçar os riscos no ambiente digital, que está em constante movimento. Além disso, poucas empresas têm um plano estruturado e treinado de resposta a incidentes cibernéticos alinhado à importância e ao valor dos ativos que buscam proteger. Por isso é essencial treinar o que foi planejado para garantir a agilidade e eficiência das ações. Também é fundamental simular situações potencialmente reais em um ambiente controlado e agir de maneira preventiva. Com a simulação, é possível ajustar processos e direcionar treinamentos específicos para que todos estejam seguros e bem preparados durante a jornada”, afirma o especialista.

Cenário ainda desafiador, mas com muitas oportunidades

O IBR, realizado com 5 mil lideranças empresariais de companhias de médio porte em 28 países, abrange diversos indicadores como receita, investimentos, empregabilidade e perspectivas para os próximos 12 meses. Na questão sobre segurança cibernética, o estudo mostra que 43% dos brasileiros apontaram o tema como fator que ameaça o crescimento das companhias, acima da média da América Latina, 35%, e menor que a média global, que ficou em 50%.

“O cenário comprova a urgência e os impactos negativos de golpes aos negócios. Até por isso, observamos os reflexos desse movimento no IBR, em que 81% dos empresários brasileiros pretendem investir em tecnologia, patamar histórico que não era atingido desde o final do primeiro semestre de 2022. Mas é preciso entender os riscos de cada operação para minimizar as tentativas de ataques e direcionar os investimentos em soluções realmente eficazes”, completa Probst.

A maior relevância dada pelas organizações à cibersegurança também mostra uma evolução da mentalidade corporativa. Com o avanço tecnológico e das diversas frentes pelas quais podem surgir ataques, a segurança não se limita à simples proteção de dados. Ela é hoje um dos pilares do crescimento do negócio, cuja robustez e flexibilidade vêm do preparo para lidar com diferentes situações adversas.

Sobre a Grant Thornton 

A Grant Thornton é uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos. Está presente em mais de 149 países e conta com mais de 68.000 colaboradores. No Brasil, está posicionada nos 16 principais centros de negócios do país, contando com mais de 1.700 pessoas, atendendo empresas nas mais variadas etapas de crescimento, desde startups a companhias abertas. Com uma forma de trabalho customizada, auxilia empresas dinâmicas a atingirem seus potenciais de crescimento de forma sustentável, gerando a melhor proposta de valor para o negócio por meio de recomendações significativas, voltadas para o futuro.

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