A importância das lideranças nos programas de compliance junto a alta direção empresarial “TONE AT THE TOP” – Por : Erasmo Caetano, CEO – CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM GESTÃO EMPRESARIAL

A importância das lideranças nos programas de compliance junto a alta direção empresarial “TONE AT THE TOP” – Por : Erasmo Caetano, CEO – CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM GESTÃO EMPRESARIAL

  • Fortalecer a integridade corporativa

Sabemos que o engajamento das lideranças das Organizações, na Gestão das práticas de Compliance, é um pilar fundamental para que o programa de integridade seja bem sucedido.

Em alguns momentos, encontramos pessoas querendo separar suas ações diárias das decisões cobradas junto às suas equipes. Ou seja: “não precisa fazer tudo o que digo e sim faça o que você imagina que eu vá fazer”. Claro que não podemos aceitar em hipótese alguma essa afirmativa.

Se formos observar bem o conceito “tone at the top” vemos como é importante que o Programa de Compliance para que dê certo, precisa ter outro exemplo. As decisões que vem de cima devem ser ditas pela maior liderança das Organizações, a fim que tenha credibilidade, confiança nos atos e fatos da Administração Central, alcançando toda a Instituição.

As principais lideranças, subordinadas à alta direção, devem assumir suas responsabilidades não só em transmitir os valores, missão e visão (a identidade organizacional das empresas) por meio de palavras, mas demonstrar efetivamente a integridade em suas ações e comportamentos, direcionamentos e comunicados, estabelecendo assim, um padrão a ser seguido por todos os colaboradores e parceiros de todos os níveis que participam da Instituição. Ou seja, consolidando uma verdadeira cultura de Compliance na organização.

Por outro lado, a integridade corporativa é um compromisso contínuo que começa no topo das Organizações. Dito isso, é crucial que os Gestores de Compliance, os Compliance Office, apoiados pelos seus escritórios jurídicos, consigam engajar verdadeiramente os princípios fundamentais junto a alta direção.

  • Como devemos fazer isso?

Entendemos que o primeiro passo, seja fazer com que os colaboradores, parceiros diretos e indiretos, e sobretudo suas principais lideranças, vençam aquela ideia inicial de que o Programa de Compliance cumpre apenas um papel meramente burocrático e custa caro.

Muito pelo contrário, ter um Programa de Compliance bem estruturado é um excelente e produtivo investimento, um grande diferencial competitivo para as empresas que pode alavancar os negócios, aumentar a rentabilidade e lucratividade, principalmente sua margem EBITDA, motivar as lideranças e todas as equipes, fortalecendo a imagem institucional, enfim, todos imbuídos do mesmo propósito e foco empresarial.

 Citamos outras ações importantes: 

  • As lideranças devem ser convidadas para a implantação, criação das diretrizes e políticas internas. Será muito importante que todos opinem, coloquem suas sugestões e ao final haja um consenso.
  • Programar treinamentos e capacitações para todas as lideranças envolvidas. Posteriormente, toda a Organização precisa ser treinada em 100%.
  • A comunicação precisa ser direta, objetiva, fluente, tanto entre as lideranças como entre todos os profissionais que terão acesso ao Programa de Compliance.
  • Atuar com Governança Corporativa com o Compliance e ESG.

A utilização da governança corporativa, através da Gestão de Compliance, GRC, Integridade e ESG fazem parte do conjunto de práticas, princípios, normas prioritárias para o controle da gestão empresarial, com organização, eficiência, determinação, lealdade com os interesses dos acionistas, gestores, colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros, órgãos reguladores, integrando toda a cadeia produtiva e a sociedade em geral.

Seguindo esse cenário, é o caminho para que às práticas sustentáveis universais, através do modelo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com interface às práticas do ESG mundial sejam alcançadas: ambiente, governança e social.

Praticar os 03 (três) pilares fundamentais da Gestão de Compliance: prevenir detectar e responder.

Nesse sentido, a governança corporativa promove a integridade, transparência, a conduta ética, a moral, a prestação de contas e uma administração da gestão de riscos nas organizações.

  • Medir e monitorar os Indicadores.

Através de um Painel de Indicadores, Gestão à Vista, “BI”, Canvas, Power BI, outros, o Gestor de Compliance terá em suas mãos, todas as informações necessárias de que precisa para a tomada de decisão.

Acompanhar, monitorar, medir os resultados através de métricas e indicadores, a Organização agradece. Ou seja: “quem não mede, não gerencia”.

Adicionalmente, é fundamental que os profissionais que ocupam os cargos de lideranças principalmente, e os mais altos da empresa, assumam o papel de serem o porta-voz do Programa de Compliance.

 Afinal, não adianta investir em Códigos de Ética e Conduta, com políticas e diretrizes internas, manuais, canais de denúncia, se os colaboradores não enxergarem que seus líderes estão verdadeiramente comprometidos com a integridade da Organização.

 Por fim, a Gestão de Compliance é união, integração, bem-estar para as Organizações, para as pessoas e toda sociedade. Um importante e significativo investimento para toda vida.

Erasmo Caetano, CEO – CONSULTORIA ESPECIALIZADA EM GESTÃO EMPRESARIAL.

Executivo com 29 anos de atuação no Segmento da Saúde (pública e privada), com Especialização em MBA de finanças e MBA de Adm. Hospitalar Serviços e Sistemas de Saúde, Contador, Economista, é Consultor Especializado em Compliance, larga experiência na Gestão de Custos, Orçamento, Planejamento Estratégico (PE), Elaboração de Projetos de Viabilidade Econômica (público e privado), Reorganização Societária de Organizações de Saúde, Implantação de Modelo de Gestão Empresarial, Avaliação Due Dilligence, Valuation, Implantação Programas de Compliance nas Instituições de Saúde, Prestação de Contas de Governo (federal, estadual e municipal), Prof. de Pós-Graduação/MBA, CEO e CFO internacional, Diretor Executivo de Hospitais nacionais, Consultor Financeiro independente, é membro da Associação Voluntários da Saúde (AVS) no GT Jurídico e Compliance, membro do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXS)2,  experiência em Instituição Internacional com o Chase Manhattan Bank, dentre outras qualificações.

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