IA: 3 perguntas para entender se sua empresa está preparada para isso
A crescente influência da inteligência artificial (IA) nos negócios tem levantado uma série de questões sobre quando e como essa tecnologia deve ser utilizada para impulsionar as empresas. Enquanto a IA oferece eficiência, automação e análise avançada, também exige uma abordagem estratégica cuidadosa para garantir que seus benefícios superem os riscos
Segundo pesquisa da IBM, 41% das empresas brasileiras já implementaram a IA em alguns setores. O estudo também destacou em quais âmbitos as empresas mais incorporam a tecnologia. De acordo com os profissionais de TI das companhias, 44% utilizam para a detecção de segurança/ameaças; 44% para conversação; 30% para marketing e vendas e 30% das operações para automatizar os principais processos e manter o desempenho dos aplicativos.
Uma das principais considerações ao implementar a IA é a relevância para os objetivos do negócio. A IA pode ser usada para otimizar processos, analisar grandes conjuntos de dados, para criação de imagens, pesquisa de informações, para personalizar experiências do cliente e muito mais. No entanto, sem uma compreensão clara de como a tecnologia se alinha às metas da empresa, sem uma orientação clara do time de como utilizá-la (condução das solicitações) e sem o conhecimento dos termos de uso das ferramentas, o investimento em IA pode ser desperdiçado.
Para Daniela Luiz, diretora da Didáctica, empresa especializada em educação corporativa, é vital considerar a natureza da tarefa ou processo em questão. “A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa que pode transformar completamente a forma como as empresas operam. Mas é importante lembrar que a tecnologia deve ser uma aliada estratégica, não uma mera tendência a ser seguida sem consideração adequada”, afirma.
Além disso, a especialista enfatiza a importância de avaliar a capacidade da empresa de lidar com essa novidade. “A implementação da inteligência artificial muitas vezes requer uma criação de políticas de uso e a disponibilização de treinamentos para que os colaboradores utilizem a ferramenta corretamente, atrelado ao mapeamento das tarefas que poderão ser automatizadas”, destaca da diretora da Didáctica.
Outro fator crucial para determinar a utilização da ferramenta é a ética. A IA pode levantar preocupações sobre privacidade, preconceito algorítmico e impacto social. “As empresas devem estar atentas às implicações éticas do uso da IA. Isso não apenas protege a reputação da empresa, mas também contribui para um uso responsável e sustentável da tecnologia. Portanto, é fundamental conhecer as regras de privacidade e segurança da ferramenta, bem como os direitos autorais que envolvem todos os processos de criação da IA”, aconselha Luiz.
Em um mercado cada vez mais competitivo, a tecnologia se apresenta como uma aliada poderosa para as empresas que buscam se destacar. Para quem estuda a possibilidade de implementação da ferramenta em determinada função, a especialista indica começar com projetos específicos. Ao fazer isso, as instituições podem utilizar a IA de maneira eficaz e responsável, colhendo os benefícios que essa tecnologia avançada tem a oferecer. Confira 3 perguntas para descobrir o momento de investir em IA:
– Exatamente qual processo pode se beneficiar da IA?
Antes de implementar qualquer tecnologia ou inovação, é importante os gestores terem muita clareza sobre todos os processos que fazem a empresa girar. Com esta informação fica mais fácil visualizar os gargalos da empresa, os problemas que precisam ser resolvidos ou ainda as áreas que poderiam ganhar em eficiência. “Existem setores em que essa oportunidade fica muito clara, por exemplo, os que lidam com grande volume de dados. Vale para os gestores o exercício de avaliar o impacto que a IA traria para determinado processo e que tipos de benefícios o investimento traria”.
– A equipe está preparada?
Qualquer mudança, por mais simples que pareça, requer planejamento, treinamento e atualizações. Quando falamos em tecnologia está necessidade é ainda maior, pois envolve algo mais complexo. “Não se trata apenas de treinamento técnico. Quando grandes mudanças são feitas é preciso pensar na estratégia de comunicação, para que os colaboradores não se sintam desmotivados ou até ameaçados. Nesse sentido, ter um planejamento de pequeno, médio e longo prazo, que capacite as pessoas as utilizarem os recursos de inteligência artificial e as requalifiquem para evidenciar suas competências humanas em suas funções, é essencial”.
– O que eu perco se não investir em IA?
Para alguns setores, estar atento às novas tecnologias e implementar mudanças não é uma escolha. Afinal, deixar de acompanhar tendências pode significar tornar-se menos competitivo. “Implementar novas tecnologias pode ser uma exigência de mercado, mas preparar-se para elas é uma postura dos gestores. Buscar informações, conhecer outras iniciativas e traçar uma estratégia detalhada, envolvendo as áreas técnicas, estruturais e recursos humanos, fará toda diferente para o sucesso nos resultados!”
Sobre a Didáctica
Fundada em 2010, a Didáctica é uma empresa de educação corporativa que tem como objetivo criar experiências de aprendizado adequadas para cada público, sejam elas de maneira física ou digital. É possível, por meio da Didáctica, ofertar de forma ágil conteúdos essenciais para a formação de times e colaboradores, customizados de acordo com as necessidades de cada organização.
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