Em três anos, quantidade de usuários de cartões de crédito emitidos por fintechs e bancos digitais aumentou 310%
Em três anos, a quantidade de usuários de cartões de crédito emitidos por fintechs e bancos digitais aumentou 310%. A conclusão está no “Perfil de utilização de cartões de crédito no Brasil“, parte do Relatório de Economia Bancária de 2022, que o Banco Central divulgará integralmente no dia 6/6.
No período analisado, esses emissores aumentaram em 27,6 milhões de indivíduos suas bases de usuários, passando de 8,9 milhões para 36,5 milhões.
O BC juntou os emissores de cartões por grupos (no G1 estão os bancos públicos e os três maiores privados; no G2, os demais bancos e as financeiras; no G3, os bancos exclusivamente digitais e fintechs; no G4, as cooperativas).
O gráfico abaixo mostra que o crescimento do mercado de cartões de crédito foi impulsionado principalmente pela atuação das instituições do G3.
O G3 também foi o grupo que apresentou o maior crescimento no saldo devedor de seus clientes (292,3%) enquanto o mercado como um todo cresceu 79,1% no período analisado. Em contrapartida, o G1 foi o segmento que apresentou menor crescimento no período (55,4%), mas continua sendo o grupo em que se concentra a maior fatia do saldo devedor – 60% – independentemente do número de vínculos. Ou seja: o mercado ainda é dominado pelos grandes conglomerados bancários.
O BC alerta, ainda, que o acesso a um maior número de cartões com emissores diferentes tende a aumentar o saldo médio em modalidades sujeitas à cobrança de juros, como o crédito rotativo, “cujas taxas de juros são elevadas”. Por enquanto, o endividamento oneroso no cartão é significativamente maior no segmento G2, de bancos privados pequenos e médios e financeiras.
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