Maior inimiga dos supermercados, ruptura é maior às segundas-feiras, revela pesquisa inédita

Maior inimiga dos supermercados, ruptura é maior às segundas-feiras, revela pesquisa inédita

Levantamento feito pela Mob2Con mostra ainda que consumidores têm mais facilidade para encontrar produtos nas gôndolas aos sábados

Quem nunca foi comprar algo no supermercado e acabou frustrado por não encontrar o produto desejado. O nome dado a esse problema é ruptura operacional, que é quando um item está presente no estoque da loja, mas não está disponível para o consumidor na gôndola. Bastante prejudicial e problemático para as redes varejistas, esse fenômeno ocorre com mais frequência às segundas-feiras, segundo uma pesquisa inédita divulgada pela Mob2Con, principal plataforma de inteligência de dados para a eficiência operacional do varejo.

De acordo com o estudo, que levou em consideração informações coletadas nos últimos 12 meses, a ruptura operacional ocorre com maior frequência no primeiro dia útil da semana (21,10%). Em seguida, aparecem a terça-feira (17,79%), o domingo (16,35%) e a quarta-feira (16%). Já, quinta-feira, sexta-feira e sábado apresentam os menores índices com, respectivamente, 15,70%, 12,74% e 10,25%.

De acordo com Carlos Wayand, CEO da Mob2Con, os números atrelados às segundas-feiras se justificam pelo maior fluxo de clientes no final de semana somado à queda no número de funcionários durante o sábado e domingo. “Enquanto os clientes aproveitam o final de semana para ir ao supermercado realizar as compras, o abastecimento das gôndolas acaba comprometido devido às folgas dos funcionários, principalmente aos domingos. Assim, o maior impacto na ruptura acaba ficando para a segunda-feira, pois é impossível recuperar a loja logo pela manhã, já que este é um processo que normalmente toma o dia todo”, explica o empreendedor. “Já no sábado, é o inverso. Normalmente, as prateleiras estão abastecidas para que os consumidores não fiquem frustrados ao longo do final de semana”, acrescenta.

Pesadelo dos lojistas

Ainda segundo o CEO, a ruptura operacional simboliza um perigo significativo para os varejistas, tendo em vista que pode acarretar em consequências extremamente negativas para a empresa. Além da perda do faturamento e lucratividade por não ter realizado a venda, o estabelecimento pode ter a sua imagem prejudicada e ainda corre o risco de perder o cliente, que irá buscar o produto faltante em uma outra loja.

“Hoje saber gerenciar eficientemente o estoque é um item capaz de aumentar a satisfação do cliente e evitar prejuízos para a marca, tanto na questão financeira quanto no fator reputacional. Manter as gôndolas abastecidas é fundamental para que o cliente se sinta satisfeito”, avalia Wayand.

Atualmente, existem três tipos diferentes de rupturas: comercial, logística e administrativa. As duas primeiras são provocadas por uma falha no processo de compra (comercial) e uma falha no processo de abastecimento do Centro de Distribuição para a loja (logística). Já a administrativa decorre do estoque virtual ou da quebra operacional, na qual o estoque não foi regularizado.

Diante dessas especificações, o fundador da Mob2Con dá detalhes sobre os métodos mais eficazes para impedir que a ruptura operacional afete o relacionamento da rede varejista com os consumidores. “Hoje os supermercados já contam com tecnologias que conseguem monitorar o estoque em tempo real. Utilizar essas métricas é importante para assegurar que a reposição dos produtos seja imediata, principalmente aos finais de semana, quando a mão de obra é menor e o trabalho de abastecimento precisa ser ainda mais assertivo”, completa.

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