5 mulheres, 5 diferentes histórias de empreendedorismo
A cada ano, o cenário dentro do empreendedorismo vem mudando. As mulheres têm tomado cada vez mais espaço, investindo em novos negócios e se tornando donas de seus empreendimentos.
De 2019 para 2020 – um ano difícil por conta da pandemia –, as mulheres conseguiram se sobressair.
Segundo uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, o público feminino cresceu 41% entre as pessoas que abriram um novo negócio.
Já entre os homens, este índice ficou apenas em 22%.
“As mulheres sentem cada vez mais segurança de empreender porque não existe mais o que elas não consigam fazer. Da mecânica de automóveis à física quântica, elas podem tudo!”, diz Melitha Novoa Prado, advogada especializada em Franchising e Varejo.
Melitha é um bom exemplo de empreendedorismo. Há 33 anos, recém-casada e formada em Direito, ela começou a trabalhar sozinha, num pequeno escritório.
“Eu fazia absolutamente tudo. Depois, contratei uma estagiária, as coisas foram melhorando e a equipe, crescendo”, lembra.
Pela própria experiência, Melitha Novoa Prado entende bem dos desafios que as mulheres passam ao empreender.
“Ainda existe discriminação e o peso da vida pessoal e da maternidade conciliado com a carreira empreendedora.
O fato de não termos salário fixo e os benefícios de um emprego no regime CLT muitas vezes nos fazem querer desistir, mas a tal ‘veia empreendedora’ grita tão alto que continuamos”, pondera.
Para as mulheres empreendedoras, a especialista dá um conselho.
“Buscar suporte em quem já atua pode ser interessante. Começar sozinha é mais difícil e os negócios independentes têm menor chance de sucesso.
Então, optar por uma franquia, ao menos para aquelas que não têm qualquer experiência, pode ser importante porque a lei de franquias exige a transferência de know-how, ou seja, o franqueador obrigatoriamente deve ensinar o franqueado a operar o negócio e esse passo já o faz sair na frente de muitos outros que estão começando.
Se seu medo é não ter suporte, a franquia pode ser uma boa opção”, orienta.
Para finalizar, Melitha acredita que a inteligência emocional, o detalhismo, a maior tolerância, a persistência e a generosidade fazem da mulher a grande transformação numa corporação.
“O olhar mais profundo dos detalhes, a visão periférica dos fatos e a análise mais sensível das pessoas trazem aos empreendimentos liderados por mulheres o grande diferencial.
Além disso, o atendimento personalizado e acolhedor que uma mulher faz com toda naturalidade é outro diferencial.
A forma de agir, o uso adequado das palavras, a escuta carinhosa e a delicadeza gestual aproximam os clientes. Vale a pena investir nas profissionais”, finaliza.
Conheça história de mais quatro empreendedoras.
Todas elas optaram por franquias como forma de ter negócios próprios:
Eliane Elis Griebeler, da Dr. Shape em Santa Rosa (RS): jovem empreendedora, mas com grande experiência e foco em atender bem especialmente outras mulheres
Em Santa Rosa (RS), Eliane Elis Griebeler, de 29 anos, é franqueada de uma loja Dr. Shape que completará seis anos em maio.
Formada em Administração de Empresas, ela conta que a vontade de empreender sempre existiu.
No modelo de franquias, viu a oportunidade de investir em um negócio que tivesse mais chances de dar certo: o de suplementos alimentares e artigos esportivos.
“Eu e meu noivo fizemos pesquisas para decidir em qual ramo investir e optamos pela Dr. Shape porque acreditamos que é um mercado que está sempre em expansão no Brasil, porque as pessoas tendem a buscar cada vez mais pela melhora na qualidade de vida”, afirma Eliane.
Antes de se tornar franqueada, ela trabalhava no setor administrativo de uma outra empresa.
No último ano da faculdade, adquiriu a Dr. Shape.
Hoje, então, é ela quem fica responsável pela parte comercial da loja e faz os pedidos, além de atuar diariamente ao lado da equipe no atendimento ao público.
Quando inaugurou a loja, com apenas 23 anos, Eliane sentia algumas inseguranças, até porque empreender é um ato bastante corajoso.
Mas o tempo, a vivência de mercado e o suporte da franqueadora trouxeram a bagagem que ela precisava para estabelecer o nome da Dr. Shape não apenas na cidade, mas em toda a região.
“O atendimento personalizado foi fundamental para que a loja conquistasse um público fiel, que faz compras recorrentes conosco. Somos especialistas no que fazemos e temos orgulho em atender nossos clientes em todas as suas necessidades”, revela.
Ela lembra que, passada a fase mais crítica da pandemia, os números de vendas e lucro vêm crescendo numa constante.
A loja se destaca ainda por vender, além da suplementação, os produtos a granel.
“Na loja, meu público é formado principalmente por mulheres e eu acho que nós mulheres podemos conquistar o mundo e já estamos conquistando.
Já não temos tantas dificuldades como era antigamente e nós podemos dominar totalmente o mundo dos negócios, principalmente no ramo da suplementação, da alimentação saudável e da qualidade de vida.
Os homens estão se cuidando mais, mas o público feminino é meu maior alvo e, para mim, isso dá super certo.
Quero atendê-las cada vez mais e melhor!”, finaliza.
Cláudia Bovo, da Maria Gasolina Express: a primeira franqueada da marca já é multifranqueada
Cláudia Bovo, 52 anos, foi a primeira franqueada da Maria Gasolina Express, inaugurando uma loja em um condomínio em Paulínia, no interior de São Paulo.
“Ser a primeira franqueada de uma marca não é uma decisão fácil. No começo, eu tive muito medo, fiquei insegura.
Mas eu já conhecia lojas próprias da rede e vi de perto que o negócio era legal.
Quando apareceu a primeira oportunidade, eu resolvi aceitar e deu muito certo”, lembra.
Em janeiro de 2023, quando a primeira loja em Paulínia completou dois anos, Cláudia decidiu repassá-la para novos investidores da rede e estrategicamente concentrar sua expansão em Campinas, onde já tem duas lojas e abrirá mais duas.
Durante esses dois anos em que a primeira franquia dela foi inaugurada, outras situações também mudaram.
Cláudia ganhou a companhia do irmão dela, Fabio Bovo, e agora eles são sócios no negócio.
Hoje, ela fica responsável por tudo que é feito remotamente, como o agendamento de pagamentos, a contabilidade, a escolha de novos produtos e toda a parte burocrática.
É ela também quem fica no escritório para receber as mercadorias e organizar o estoque, enquanto Fábio visita as lojas pessoalmente.
“A Maria Gasolina é uma empresa que, assim como os comércios tradicionais, precisa de uma boa administração e de dedicação na administração.
Mas um modelo como o dela tem suas vantagens, como o fato de não precisar de funcionários e, ainda assim, o atendimento ser 24 horas.
O nosso negócio está funcionando o tempo todo, podemos efetuar uma venda a qualquer hora do dia”, afirma Cláudia.
A franqueada é formada em Administração pela PUC e sempre esteve no mundo dos negócios, mas em uma área bem diferente.
Ela mantinha uma corretora de seguros, mas decidiu mudar de ramo e chegou a prestar serviços de administração durante dois anos em outra empresa e também começou a fazer e vender massas caseiras.
“Foi em 2020 que conheci a Maria Gasolina e me tornei franqueada, logo que a marca estava dando início à expansão. Estou muito satisfeita porque sempre me vi como empreendedora, no meu próprio negócio, e a lucratividade da franquia me permite reinvestir e ampliar a possibilidade de ganhos, me tornando uma multifranqueada”, finaliza.
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