Além das relações fraternais: uma ideia que uniu pai e filho no mundo dos negócios

Além das relações fraternais: uma ideia que uniu pai e filho no mundo dos negócios

Administradores de empresa, João Lopes e João Paulo Oliveira contam sua trajetória no mercado e como resolveram administrar um cemitério

Empreender nunca foi fácil – e nunca será. A capacidade de inovar, ser resiliente e entender as necessidades do público e de si mesmo é uma jornada que envolve força de vontade e determinação.

Paranaense de Itaguajé, filho de agricultor de uma família de oito irmãos, João Lopes sempre se esforçou para trabalhar e adquirir melhores experiências dentro do mercado de trabalho. Isso o levou a persuadir o seu sonho, quando se mudou para São Paulo, no início dos anos 70. Determinado a empreender – Lopes passou por diversos modelos de negócios que prosperaram graças à sua visão empreendedora. De dono de vendas de linhas telefônicas, até transportadoras, ele viu a oportunidade de entrar em um novo, e quase desconhecido, segmento. Em 1999, adquiriu um terreno de 90 mil metros quadrados, em Suzano.

“Diversos caminhos que percorri no mundo dos negócios prosperaram e me fizeram entender qual tipo de empreendimento fosse o melhor para a minha família, e qual seria o melhor serviço que eu pudesse oferecer à população de Suzano” conta Lopes, que iniciou as operações do Cemitério Colina dos Ipês em 2002.

A inauguração do Cemitério foi possível após observar as dificuldades enfrentadas ao dar adeus a um ente querido, desde a hora da morte até as burocracias que precisam ser enfrentadas, principalmente dentro das camadas mais populares da região da grande São Paulo. Também há a oferta de planos funerários – conhecidos como “death care”, que possibilitam que qualquer indivíduo se resguarde com segurança e tranquilidade durante o período enlutado.

“A ideia foi construir um negócio que pudesse oferecer mais conforto e dignidade diante de um dos momentos mais delicados na vida de qualquer pessoa: o luto. Foi com essa proposta que, o terreno comprado se tornou o Cemitério Colina dos Ipês”. Afirma João Paulo, que é formado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, e após diversas experiências profissionais, passou a fazer parte do Grupo Colina dos Ipês a convite do seu pai. “Entender como funciona o mercado foi crucial para a minha vida profissional se encontrar com a do meu pai”, “Acredito que as experiências que passei sem ele, em outros estados e países, foram necessárias para compreender hierarquias e visualizar o que há na demanda do público”, completa.

“Para muitas pessoas, ter um cemitério parece algo de outro mundo. No entanto, chega a ser um negócio muito mais delicado do que qualquer outro empreendimento. Afinal, é preciso lidar com a única certeza que temos na vida, que é a morte. Além disso, temos que saber como conduzir todo o funeral e conversar sobre os trâmites legais com a família que está sensibilizada”, explica Lopes.

Apesar de se tratar de um assunto que é considerado ainda um tabu pela sociedade, pai e filho sentem-se satisfeitos em trazer mais leveza a um momento que traz muita dor.

“Nós sabemos que não estamos vendendo um produto ou serviço para a família, estamos entregando algo importante, uma despedida digna de alguém muito querido que se foi”, finaliza João Paulo.

Sobre o Cemitério Colina dos Ipês
Fundado em 2002, o Cemitério Colina dos Ipês busca por meio de seu atendimento de alto padrão proporcionar dignidade e respeito no momento mais difícil que uma família pode passar. Após 2004, a administração criou a funerária junto de planos funerários, o “death care”, tornando possível a prestação de serviços de qualidade com preços acessíveis em longo prazo. Para mais informações, acesse: https://colinadosipes.com.br/.

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