Ser “cigarra” ou ser “formiga”? A qualidade de vida e a sociedade do esgotamento
Em tempos de pós pandemia e de uma revolução nas formas de trabalho, é possível o equilíbrio entre a dedicação à carreira e o desfrute da vida?
Antes uma tendência não tão comum nas empresas, hoje a síndrome de burnout é cada vez mais presente. São novas formas de se trabalhar, contando ainda com o medo de uma possível falta de recursos no futuro. Isso faz com que as pessoas se dediquem ao trabalho de forma cada vez mais intensa, o que, muitas vezes, leva ao esgotamento. Esse equilíbrio entre a dedicação extrema ao trabalho e a possibilidade de estar presente na vida e aproveitar os bons momentos é possível, segundo a Formare Tech, empresa especializada em soluções tecnológicas para área de Recursos Humanos Estratégico. A empresa sugere avaliações que possam mostrar ao funcionário e às organizações o sentido e as necessidades de cada um para obter o equilíbrio.
Segundo pesquisa feita pela LHH, do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% das pessoas ouvidas dizem ter sofrido da Síndrome de Burnout ao longo de 2021 (fonte: CNN). No Brasil, o número de licenças médicas por esgotamento psico-emocional-mental cresceu de tal modo que, em janeiro de 2022, foi oficializada como condição de saúde mental relacionada ao trabalho e inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da OMS (Fonte: Estadão).
A analogia, trazida há muito tempo por Esopo, na fábula “A Cigarra e a Formiga”, e, mais recentemente, tratada pelo filósofo Byung-Chul em A Sociedade do Esgotamento e pelo historiador Yuval Noah-Harari em Sapiens a Brief History of Humankind – o Dilema do sucesso na carreira e o desempenho – são confrontadas com a necessidade de equilíbrio entre vida e carreira, ao que o movimento do anti trabalho e do lying flat fazem contradição (lying flat, em tradução livre, “ficar deitado”; o termo tem como ideia básica fazer o mínimo necessário para a sobrevivência). A pergunta que perdura há séculos é: “Isso é possível, desejável ou viável, em seu propósito no longo prazo?”
Pesquisas conduzidas pela Formare Tech, com a participação de mais de seis mil profissionais, reforçam esta tendência. Segundo os estudos realizados, o dilema está presente entre entrevistados tanto de atividades operacionais, quanto de cargos executivos. “Algo raro e inusitado aflige a todos, indiferente da geração, posição, função ou complexidade das atribuições: todos parecem vítimas e algozes, tiranos de si mesmos. Desse modo, os adeptos do lying-flat e anti trabalho parecem ter adquirido a condição do questionamento, em razão de uma base de segurança conferida por aqueles outros reféns ou protagonistas de uma busca constante de um desempenho ainda maior, como por exemplo, as gerações das últimas décadas. Contudo, eles próprios, entre a cruz e a espada, sem ainda uma resposta sobre o momento certo, continuam a instituir a Sociedade do Esgotamento, que lhes traz segurança e inquietude, enquanto as novas gerações celebram a inquietude com insegurança, indiferente das posições tomadas”, detalha Marcos A. Ferreira, Sócio-instituidor da Formare Tech.
Buscando encontrar esse equilíbrio, o profissional explica que, por meio dos processos descritos a seguir, pode-se compreender, para então buscar o melhor caminho para o dilema do qual tratamos aqui. São três importantes aspectos a serem verificados para melhor aconselhar tanto os tomadores de decisão, executivos e profissionais de recursos humanos, quanto os demais indivíduos envolvidos no processo.
O primeiro deles é: qual a visão de futuro deste trabalhador? Qual seu propósito pessoal e o da organização? Estão claros para ambos? Em segundo lugar, quanto do alinhamento assegura a realização dos objetivos de ambos e assim o sacrifício de busca do equilíbrio entre trabalho e vida alcança um sentido, havendo tempo para celebrar e para subsidiar o propósito? Em terceiro lugar, o quanto são capazes de organizar as estratégias que viabilizem seus objetivos (coping), para finalmente, verificar a disposição e determinação (grit) para um equilíbrio que permita viver intensamente a celebração da vida, seja lying-flat, seja na rotina do trabalho?
Desta forma, busca-se orientar/guiar empresas e profissionais para o equilíbrio entre trabalho e descanso, caminhando para que encontrem formas de gerar resultados mantendo sua qualidade de vida.
Sobre a Formare Tech
Atuando há mais de 15 anos, a Formare Tech é uma empresa localizada em São Paulo-SP, especializada em soluções tecnológicas para a área de Recursos Humanos Estratégico. É desenvolvedora do método IAPP para avaliação de prontidão e potencial. A empresa tem como sócio-instituidor Marcos A. A. Ferreira; PhD – Doutor e Mestre pela FEA-USP – Indicado ao Prêmio de Melhor Tese de Doutorado da USP. Processo sucessório em organizações brasileiras: um estudo com uso de ground theory (usp.br).
Site: http://www.formaretech.com.br/
Linkedin: (32) Formare Tech: visão geral | LinkedIn
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