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Mulheres lideram ranking de negócios por necessidade, mas saem melhor frente às crises

Se já não bastasse estarem à frente de negócios próprios, as mulheres, durante 2020, tiveram cargas extras para gerenciar, como casa, filhos e relacionamentos. Segundo uma pesquisa do Sebrae, empreendimentos femininos ficaram mais tempo com as portas fechadas, o que não as impediram de serem mais ágeis na hora de implementar inovações, como uso de redes sociais, deliverys e adaptações em produtos e serviços. Hoje já são cerca de 10 milhões de empreendedoras segundo a entidade, o que corresponde a 34% dos empresários do País, e revela que a força feminina tem muito potencial para salvar o mercado.

A pandemia, inclusive, revelou ser uma oportunidade para muitos negócios novos, como é o caso da Priscila Cabral, que investiu na rede de publicidade em sacos de pão, PremiaPão. “Sai do emprego na área de RH e não queria mais a rotina de chegar tarde em casa e só ver minha bebê à noite. Pesquisei por microfranquias, escutei que era loucura, que as coisas estavam incertas demais, mas as vendas estão indo bem, graças às negociações que faço com os clientes que, mesmo com recursos reduzidos, entendem que a publicidade é importante”, conta.

Outro ramo que se deu muito bem em 2020 foi o moveleiro, que veio bem a casar com o sonho do próprio negócio da fonoaudióloga Sueli Alves Miglorini. Aos 38 anos, Sueli decidiu se mudar para Itapema (SC), onde abriu uma unidade da Anjos Colchões & Sofás. “Fui em busca de detalhes sobre o modelo de negócio e, após conhecer melhor a proposta, me senti segura para empreender e me tornar uma franqueada da rede, sobretudo com as iniciativas de vendas online que passaram a ocorrer durante a pandemia”, declara.

Embora considerado essencial, o setor alimentício também precisou inovar, com iniciativas de delivery, por exemplo. É o caso da Osana Scalzer, uma pedagoga de 43 anos que transformou o desejo de empreender em uma realidade deliciosa. Apaixonada por chocolates, tornou-se a primeira franqueada da rede Chocolateria Brasileira no estado de Rondônia. “Há algum tempo eu buscava algo para empreender e como nossa região é muito carente deste tipo de produto premium, eu tinha a certeza de que a marca seria um enorme sucesso por aqui. Pesquisei vi que a rede estava concedendo ofertas para novos franqueados durante o período pandêmico e foi então que vi que era o momento certo de investir”, relata

Osana não foi a única a apostar em doces e chocolates. Francisca Fortunato, de 52 anos, investiu na rede Bendito, especializada em cookies, brownies e cafés. A inauguração da loja coincidiu com o fechamento de comércios em meados de março do ano passado e se o começo não foi nada fácil, trouxe, em contrapartida, um aprendizado: se aproximou ainda mais de seu negócio e passou a ter contato pessoalmente com os clientes da vizinhança. “Com planejamento e persistência, podemos superar todos os obstáculos, que estão fora de nosso alcance. Arregacei as mangas, busquei forças e continuo, até hoje, com muito mais conhecimento e propriedade sobre o meu negócio, principalmente em liderar equipe, tomar decisões e perceber o que ainda precisa ser corrigido e o que está correto”, finaliza.

E o começo da pandemia assustou todo o mundo, como a Cleonice Silva, que viu sua rotina mudar completamente na quarentena, do isolamento à abertura do novo negócio, a Sofá Novo de Novo . “No início, como dona de casa, foi um impacto muito grande e me vi trancada com meu marido e meu filho todos os dias, 24 horas. Vivemos todas as fases: o medo, a insegurança, o desespero de ver a nossa renda sendo diminuída; mas a pandemia também mudou minha maneira de ver as coisas. Comecei a ter mais foco e passei a estudar como poderia empreender e acrescentar na renda de casa”, conta. A nova empresária encontrou na rede a chance de começar seu próprio negócio. “Já vinha pesquisando há algum tempo por algo inovador e esta oportunidade de poder levar o cuidado para dentro das casas das pessoas me satisfaz bastante”, complementa.

Fonte: Markable

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