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Dia Internacional da Mulher: conheça 11 histórias de empreendedoras

As mulheres são maioria no Brasil e no mundo. Somente no território brasileiro, segundo o último censo do IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-, realizado em 2019, antes da pandemia causada pela Covid-19, a parcela feminina da população era de 52,2%. Com essa representatividade, é natural que as mulheres estejam se destacando no mundo do empreendedorismo.

De acordo com a pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) de 2021, entre aquelas que possuem sociedade, sete em cada dez também possuem sócias mulheres. Além disso, 73% dos empreendimentos liderados por mulheres são majoritariamente femininos. Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, separamos 11 negócios liderados por elas para se inspirar.

 

Deixar de trabalhar para o ex-marido foi um dos grandes motivos que levaram a dentista Larissa Macedo, 39 anos, a empreender. “Mesmo após o divórcio, continuamos ainda três anos atuando juntos. Eu estava subordinada às ordens dele,  desmotivada e sem dinheiro”, relata. No entanto, o ponto decisivo para a mudança foi a saída de sua auxiliar. “Depois de oito anos, ela foi trabalhar na Odontocompany. No primeiro momento fiquei sem chão, pois ela era meu braço direito, mas a felicidade dela me motivou a ir atrás da franquia para conhecer melhor. Vi na marca minha “carta de alforria”. Propus a uma amiga a parceria e ela topou na hora”. Atualmente, Larissa é proprietária de quatro operações da rede, todas adquiridas durante a pandemia. “Graças ao empreendedorismo eu descobri que sou capaz”, finaliza entusiasmada.

 

Natural de Belém do Pará, Amanda Rodrigues Sdroieski, de 35 anos, entrou para a faculdade de sistemas de informação e logo começou a estagiar. Aos 22, buscando crescer profissionalmente, mudou-se para São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e, quatro anos depois, retornou para Curitiba. Foi na pandemia, quando perdeu a avó para a Covid-19, que sentiu que era hora de voltar para sua cidade natal, levando com ela uma unidade da Sofá Novo de Novo , que conheceu ainda em Curitiba, em outubro de 2021.  Ela e o marido adquiriram, juntos,  uma unidade da rede e, até concluir a mudança para o Pará em janeiro deste ano, administraram o negócio à distância. Amanda acredita que se há vontade e sentimento de empreender, é preciso ter coragem e fazer, “nunca tenha medo de avançar por medo de fracassar”, conclui.

 

A paulista Luciana Cuper, de 39 anos, antes de empreender, foi jornalista e atuou em redações por vários anos, até que em 2015 decidiu mudar radicalmente e empreender nas áreas de alimentação e eventos. Mais tarde, como licenciada, em  2021, abriu a primeira unidade do Alfred Delivery em Jundiaí, plataforma de entregas com foco em pequenas e médias cidades. Assim como em suas outras empresas, optou por incentivar a gestão feminina. Luciana afirma que mesmo depois de um ano de operação, lida constantemente com a resistência de homens que desconfiam da sua capacidade de gestão. Hoje, são três mulheres comandando o negócio. “Minha decisão por contratar outras mulheres para cargos estratégicos se dá por conta de valores como a sensibilidade e empatia, que eu acredito que são exercitados melhor por mulheres”, afirma.

 

Na contramão de todos os índices negativos da economia, em razão do coronavírus, as irmãs curitibanas Jane Teresinha Osik (60) e Jussara Osik (58) decidiram empreender e dar início a uma nova etapa em suas vidas. Jane, uma psicóloga aposentada, e Jussara, advogada trabalhista, uniram suas economias e levaram para Curitiba a primeira loja da Biscoitê, uma marca de biscoitos finos para presentear. Elas contam que a escolha pela franquia também se deu por acreditar que a rede combina perfeitamente com o jeito paranaense de ser. “Gostamos de presentear com qualidade e bom gosto, com produtos bonitos e feitos com amor, o que é exatamente o propósito da rede”, complementa Jussara.

 

Natural de João Pessoa (PB), Priscila Leite Herédia, de 35 anos, dedica-se à carreira jurídica, área de formação, no funcionalismo público. No início de 2019 despertou para o empreendedorismo no segmento de franquia. Mais tarde, participou da ABF Franchising Expo, em São Paulo, quando se encantou pela Sestini, uma das principais empresas no segmento de malas, mochilas e acessórios do país. “Eu já conhecia a marca, mas como modelo de negócio foi a primeira vez. O layout da loja me causou um ótimo primeiro impacto, além da qualidade e apresentação dos produtos”, conta. Inaugurada em dezembro de 2019, em Campina Grande (PB), a loja se deparou com as restrições impostas pela pandemia no ano seguinte, mas a empreendedora não desistiu: enfrentou o desafio sem demissões e passou para as vendas online. “Hoje, a loja também vai até o cliente por meio de entregas”, finaliza a franqueada.

Maria Guimarães, de 44 anos, saiu de Salvador, na Bahia, junto com o marido, para se arriscar num empreendimento na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. Em sociedade com uma terceira pessoa, abriram uma loja de colchões, mas, depois de quatro meses, a sociedade foi desfeita. Sem querer retornar para sua cidade natal, ela e o marido começaram a procurar franquias para investir. Foi aí que encontraram a CleanNew. Sem o capital necessário para comprar a franquia, mas com força de vontade, se encontraram com o CEO da rede, que apostou na história do casal e, com um contrato de guardanapo, compraram a primeira unidade em junho de 2018. Sete meses depois adquiriram a segunda operação, desta vez em Fortaleza. Como conselho para outras mulheres que querem empreender, Maria acredita que é preciso ter coragem. “Não pode desanimar, a vida é feita de fases e precisa ser forte para ultrapassar cada uma delas”, finaliza.

 

A ausência de tempo para a família foi o que motivou Juliana Gurjão a ingressar no empreendedorismo. A profissional era representante de uma indústria farmacêutica e tinha que realizar muitas viagens em nome da multinacional até entrar em contato com a Take, startup que oferece uma geladeira de cerveja instalada em condomínios, disponibilizando garrafas geladas durante 24 horas nos sete dias da semana e sem a necessidade de um intermediário para a finalização da compra. “Morei em um condomínio com esse serviço e gostei muito da proposta e comodidade”, diz Juliana, que aos 40 anos administra cinco cervejeiras em complexos residenciais em Natal, no Rio Grande do Norte. “Com todos os desafios, como encontrar o local certo para a instalação e lidar com alguns administradores, o licenciamento ainda é a melhor opção para quem deseja ter flexibilidade na agenda e independência de gestão”, pontua a empreendedora.

 

Inserida no mercado de tecnologia e computação, Eliane Defendi, de 36 anos, optou por empreender na Mais1 Café, rede de cafeterias modernas, quando se tornou mãe pela segunda vez e precisava tomar uma decisão quanto ao futuro de sua família, já que a área em que ela atuava exigia maior disponibilidade de tempo. Com sede de empreender, abriu seu primeiro negócio no ramo de alimentação, mas este não prosperou; persistente, voltou aos estudos para se especializar e se identificou com a proposta da rede devido a sua paixão pela bebida e às memórias que tinha com o seu avô cafeicultor. “Foi por causa do meu avô que conheci todo o processo manual de um pequeno agricultor, desde a colheita até a torrefação. No fundo, sabia que era um sinal para empreender”, declara a franqueada.

 

Filhos pequenos e a necessidade de reorganizar a rotina familiar aliados à falta de flexibilidade e pouco perspectiva no emprego fizeram Geórgia Fazano, 49 anos, largar o serviço em uma multinacional para voltar a uma atividade que fez durante a adolescência: dar aulas de inglês. “Comecei a trabalhar aos 17 anos como professora, fiquei por seis anos até me formar em economia”, conta. Em 2015, a empresária optou por dar aulas em casa, uma atividade que durou três anos, até  conhecer o método da franquia Park Education e decidir que era hora de dar mais um passo no empreendedorismo. Chefe de família e franqueada da rede de ensino bilíngue, ela aconselha outras mulheres. “Conheça o ramo de atuação, seja perseverante e não desista”.

 

Adriana Costa, 45, era gerente de logística e Camila Freitas, 42, era professora. Como estavam sem uma atividade remunerada nos últimos anos, as vizinhas decidiram unir forças para embarcar no empreendedorismo. No início de 2021 entraram em contato com a Minha Quitandinha, rede de minimercado autônomo. “Estávamos há um ano pesquisando no que empreender e nos deparando com tentativas frustradas. Encontramos nesse modelo de negócio inovador e acessível uma oportunidade de exercer os nossos propósitos de servir e fazer a diferença na vida das pessoas”, diz Camila. Atualmente, as empreendedoras administram duas lojas: uma em Porto Alegre e outra em Alvorada, no Rio Grande do Sul.

 

Gilna Oliveira, 43, decidiu investir no licenciamento da Quero 2 Pay por conta da flexibilidade na jornada de trabalho. “São muitos os desafios da mulher empreendedora. Antes dela ser profissional, ela também é mãe, esposa e dona de casa. É preciso força e um cotidiano equilibrado para conquistar nossos sonhos e concluir nossos projetos. Encontrei essa possibilidade sendo representante das máquinas de cartão da fintech’’, diz a licenciada que atua na região de Franca, no interior de São Paulo.

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