“Antes da internet o envio de mensagens acontecia via Correios, hoje a comunicação acontece de maneira fácil e ágil via e-mail, do mesmo modo as criptomoedas são uma solução que desponta como substitutivo ao dinheiro físico, uma alternativa que tende a ser mais prática e segura em comparação a atual bancarização, sinônimo de burocracia”, com esta analogia o mentor financeiro Hermann Greb defende que são inúmeros os exemplos de mercados e países que já aderiram o bitcoin como moeda oficial , inclusive, bancos tradicionais estão reduzindo o número de agências e incentivando o relacionamento financeiro digital.
“Uma transação que gera curiosidade e que veio para ficar”, assim Hermann define o mercado das criptomoedas. Essas moedas virtuais surgiram em 2008 e foram criadas por pessoas ligadas ao mercado financeiro. Esse dinheiro não existe fisicamente – está presente apenas no ambiente virtual. Atualmente, existem cerca de três mil criptomoedas diferentes, cada uma com um propósito, porém todas com o objetivo de melhorar a eficiência na troca de ativos financeiros, e democratizar a distribuição e produção de dinheiro no mundo. A primeira criptomoeda e a mais conhecida é a Bitcoin. Surgida na crise econômica mundial 2008, ela tem a emissão de Bitcoins totalmente descentralizada e usa uma arquitetura de rede distribuída conhecida como Peer-to-Peer ou P2P. Nesse sistema, não há um servidor central, todos os computadores são receptores e servidores ao mesmo tempo.
Cada país tem uma legislação diferente em relação às criptomoedas. No Japão, por exemplo, a criptomoeda já é aceita como forma legal de pagamento, assim como em El Salvador. No Brasil, as criptomoedas são classificadas como bens – como um carro ou uma casa, por exemplo, mas não como moeda corrente. Por isso, há cobrança de imposto em cima do valor informado na declaração anual do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Quando foi criado, o algoritmo estabeleceu que a produção de Bitcoins seria de um total de 21 milhões. Hoje, a previsão é que esse número deve ser alcançado em 2041, mas até o começo de 2018 cerca de 80% do volume total já havida sido minerado.
Hermann alerta que é necessário compreender a diferença entre NFT e o Bitcoin: “minerar Bitcoins” (jargão da área), e trocar essas moedas digitais com o restante da rede porque o bitcoingerado aqui ou na China é indistinguível um do outro e tem rigorosamente o mesmo valor. NFTs, por outro lado, também podem ser definidos ou gerados por qualquer um, mas isso não significa que um NFT atrelado a este texto vá ter valor de mercado suficiente para ser trocado por outro, ou por uma quantia. Os tokens não-fungíveis (NFTs) são criptoativos colecionáveis exclusivos que já existem desde 2012, quando o conceito de moedas coloridas de bitcoin surgiu pela primeira vez. Essas moedas eram simples satoshis, ou seja, pequenas frações de uma bitcoin coloridas com informações distintas que poderiam conectá-las aos ativos do mundo real.
A moeda virtual não rende juros ou dividendos, diferentemente de aplicações em renda fixa ou ações, salienta Hermann Greb: “neste sentido, 1 btc sempre será 1 btc, independentemente de quanto tempo você o guarde. Pensando por este lado, a bitcoin possui mais características em comum com o ouro, por exemplo, do que com ações”. Ambos são escassos. Conhecido há muito mais tempo, o ouro é reconhecido como uma boa reserva de valor; já a bitcoin, ainda que mais novo, deverá cumprir esse papel, sendo chamado por alguns de “ouro digital”. É impossível prever o retorno que a bitcoin dará porque é volátil: é um investimento de médio a longo prazo. Como na Bolsa de Valores, essa modalidade de investimento também envolve trabalho ativo. “Ou seja, você precisa estar atento ao mercado para comprar e vender na hora certa, a fim de buscar os maiores lucros”, conclui Hermann Greb trader que começou sua carreira há 20 anos, e hoje é um dos mentores mais destacados da área.