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Conhecimento sobre marcas aumenta autoestima do brasileiro

“The IPG New Realities”, pesquisa global do IPG compara hábitos de compra no País de 2011 a 2019

Oaprendizado sobre os produtos é uma de alegria e recompensa para o brasileiro. A pesquisa “The IPG New Realities”, do Interpublic, aponta que os consumidores do Brasil são os que mais consideram gratificante encontrar informações sobre marcas. O estudo também foi realizado na China, nos EUA, na África do Sul, na Inglaterra e na Índia. No País, 77% dos respondentes afirmam que a autoestima melhora quando sabem mais sobre uma marca. Em 2015, esse índice era de 66% e, em 2011, de 46%.

Além disso, 76% dos entrevistados brasileiros declaram que o aumento da informação é proporcional ao crescimento da satisfação com as marcas. O consumidor nacional apresenta as pontuações mais altas do mundo. Em 2017, foram 71%; em 2015, 65% e em 2013, 57%.

Dentre as faixas etárias, os mais velhos dão mais valor às informações: 81% dos respondentes de 53 a 70 anos afirmam que o aumento da informação impulsionou a satisfação com as marcas. 72% na faixa de 35 a 42 anos e 74% entre 18 e 34 anos.

Mais confiança

A maioria (85%) dos entrevistados em 2019 afirmam que sempre procuram fontes confiáveis de informação. Em 2011, eram 51%. O segundo maior índice é na Índia, com 77%. Aqui, novamente, o brasileiro apresenta as pontuações mais altas do mundo.

Mais da metade (58%) dos brasileiros apontam a recomendação pessoal de marcas como fator mais importante do que há alguns anos atrás. Na América Latina, 22% dos entrevistados confiam menos na mídia e mais em “pessoas na vida real”. Uma minoria confia em websites (6%), TV/Rádio (5%) e print (4%).

O estudo observou que, com a crescente preocupação em relação a veracidade das mensagens nas redes sociais, há uma queda significativa na confiança nas recomendações de compra anunciadas nesse meio: 52% dos entrevistados em 2017 afirmam que fizeram uma compra com base na recomendação de alguém cujo conteúdo seguia nas redes. Em 2019, o índice caiu para 41%.

Mais exigência quanto à reputação

Os consumidores ainda contam com nomes de marcas e reputação para transmitir a confiança necessária. Para 67% dos respondentes em 2019, atualmente, os nomes e a reputação da marca são mais importantes do que nunca. Em 2017, foram 66% e 34% em 2013.

Para 80% dos clientes, a experiência oferecida por uma empresa é tão importante quanto os produtos e serviços, enquanto 67% dos clientes dizem que o padrão para boas experiências é mais alto do que nunca (em grande parte impulsionado por novas tecnologias – IA, computação em nuvem, assistentes ativados por voz, realidade virtual, chatbots). Metade deles (51%) dizem que a maioria das empresas fica aquém das expectativas de uma ótima experiência.

Outro ponto que pode-se observar é que as compras baseadas em crenças são comuns em todo o mundo. 69% dos entrevistados em 2018 afirmam que compram motivados por crenças e mudança ano a ano. Em 2017, foram 56%.

As pessoas têm mais fé em marcas versus governo, para progredir em questões sociais. Para 46% dos entrevistados marcas têm ideias melhores que o governo e para 53% as marcas conseguem fazer mais do que o governo para resolver problemas sociais.

44% dos consumidores da “próxima geração” dizem que a responsabilidade social demonstrada fortalece a confiança em uma empresa. E não é só com jovens compradores. 67% do público de 35 a 54 anos afirma que importa com o que uma marca representa.

Há 10 anos, o Interpublic Group vem conduzindo a pesquisa global “The IPG New Realities”, para analisar o comportamento de compra e hábitos dos consumidores diante de todas as novas fontes de informações de produtos disponíveis.

A pesquisa investiga, entre outras coisas, até que ponto o consumidor atual valoriza as informações do produto; se eles acham a informação satisfatória; se estão compartilhando essas aprendizagens com seus amigos e familiares; quais canais de mídia são mais valiosos para eles quando se trata de conhecimento sobre produtos; o que eles pensam sobre o papel dos influenciadores hoje; e se têm problemas de falta de confiança com as marcas.

Com a pesquisa no Brasil iniciada em 2011, foram feitas ondas de dados destacando as tendências ao longo deste período e o contraste do consumidor brasileiro com o de outros países. Terry Peigh, vice-presidente sênior e managing director do IPG, esteve na WMcCann nos dias 5 e 6 de fevereiro para apresentar o estudo. E o que ficou claro é a demanda do consumidor por mais:

“Novas forças, desafios e crenças estão impactando o mundo do marketing. Hoje existe a necessidade de apoiar o cliente a longo prazo, gerar experiências e ter um diálogo bidirecional. Mas talvez conquistar a confiança do consumidor seja o item mais crítico de ser rastreado e melhorado”, disse Peigh.

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