Para o presidente da Fiesp e do Ciesp, é preciso “facilitar a vida de quem quer trabalhar”
Na abertura, do 11º Congresso da Micro e Pequena Indústria (MPI), o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf, destacou o trabalho das empresas de menor porte no país e apontou a necessidade de maior oferta de crédito e da ampliação do limite de faturamento para a adesão ao Simples.
Skaf ressaltou que o congresso é um evento que traz resultados concretos. E destacou os temas deste ano na iniciativa: inovação, comércio exterior, comunicação e marketing.
“Crédito é fundamental, nós temos que estimular ainda mais essas parcerias com as instituições para levar o crédito para as micro e pequenas empresas”, disse Skaf. “Não adianta nós ficarmos aí curtindo dificuldades e crises, o Brasil passou e está passando por um momento delicado, mas o país é maior que tudo isso. O mundo inteiro acredita é no Brasil, não nos governos”.
Skaf afirmou ainda estar em contato com empresários nacionais e do exterior que estariam esperando apenas a situação do país se estabilizar para voltar a investir.
Skaf entre Afif, à esquerda, e Bogus: “O mundo inteiro acredita é no Brasil, não nos governos”.
Nesse cenário de mais estabilidade, a ideia é ser “radical em relação ao aumento de impostos”. “Os impostos recolhidos são mal aplicados, os serviços públicos são ruins e há muito desperdício”, explicou. “Quando há excesso de impostos, há excesso de desperdício”.
Para o presidente da Fiesp e do Ciesp, é tempo de enquadrar as despesas e as receitas. “Dá sim para reduzir os gastos. A sociedade não pode aceitar mais aumento de impostos”, disse.
Simples ampliado
A ampliação da faixa do Simples também foi destacada. Com a sugestão de aumento dos atuais R$ 3,6 milhões de receita bruta anual para R$ 7,2 milhões para enquadramento no sistema simplificado de pagamento de impostos. “Mas, se for possível aprovar os R$ 4,8 milhões de forma escalonada, é melhor do que ficar nos R$ 3,6 milhões”, disse Skaf. “Depois começaremos uma batalha para chegar aos R$ 7,2 milhões, depois aos R$ 9 milhões e assim por diante”.
Ao encerrar a sua participação na abertura do congresso, Skaf afirmou que é preciso “facilitar a vida de quem quer trabalhar”. “O que não dá é para só dificultar a vida desses guerreiros e guerreiras que só querem trabalhar”.
Participaram ainda da abertura do MPI o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, o diretor titular do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp, Milton Bogus, e o deputado estadual Itamar Borges, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, entre outros nomes.
FONTE:Agência Indusnet Fiesp