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Ex-pedreiro fatura R$ 300 milhões com loja virtual de ar-condicionado

Já adulto, paulista João Riquena Neto se espantou no primeiro contato com aparelho de refrigeração, mas depois se tornou um empresário de sucesso neste segmento do e-commerce

Dono do e-commerce Central Ar, João Riquena Neto, 44 anos, tem uma empresa que faturou R$ 300 milhões no ano passado. Mas o hoje bem-sucedido proprietário de uma loja online de ar-condicionado começou sua trajetória profissional de maneira modesta. Nascido na cidade paulista de Araçatuba, ele chegou a trabalhar como pedreiro e boia-fria.

De origem humilde, com uma família de poucos recursos financeiros, João batalhou por anos nos mais diversos bicos e empregos. Após juntar dinheiro para formar-se como torneiro mecânico, conseguiu uma colocação em uma empresa que vendia sal. Inquieto e com o sonho de crescer, ficou pouco tempo no emprego e partiu em busca de outra oportunidade. O primeiro contato com ar-condicionado, produto no qual se tornou especialista e lhe tornou milionário, aconteceu quase que por acidente: por causa de uma bronquite.

Depois de trabalhar como pedreiro e boia-fria, João Riquena Neto criou um e-commerce que hoje fatura R$ 300 milhões por ano

“Fui trabalhar em uma empresa que fabricava fios para cirurgia e para raquetes de tênis. A matéria prima era tripa de carneiro. Porém, tive uma crise aguda de bronquite e em três meses tive que sair. Fiquei desempregado e estava muito frustrado, até que um amigo me chamou para cortar um pé de manga que ficava nos fundos da empresa em que ele trabalhava. Era uma empresa bem pequena, de ar-condicionado”, conta.

A descoberta do aparelho de refrigeração causou espanto.“Gostaram do meu serviço e me convidaram para trabalhar lá. Já tinha visto pé de manga, mas nunca um ar-condicionado”, relata João, que não esconde a sua inabilidade inicial. “Fui um péssimo técnico no início”, admite o empresário, aos risos.

João Riquena NetoEle quase se afastou do seu caminho de sucesso por causa de um desejo da mãe, que sonhava que o filho arranjasse emprego em um banco. “O Banco Mercantil de São Paulo ligou para uma vizinha – nós não tínhamos telefone e ela pegava os recados -, e me chamou para fazer um teste para trabalhar como contínuo. Eu já estava há uns vinte dias na empresa de ar-condicionado, e disse que não iria, porque queria investir nisso. Minha mãe começou a chorar. Para não deixa-la chateada, fui lá fazer o teste. Fiz sem muito esforço, porque não queria passar, e não passei”.

João continuou mais alguns meses na empresa até que resolveu trabalhar por conta própria. Sem muitos recursos, os anos seguintes foram difíceis, mas ele persistiu.

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