A TV por assinatura perdeu 827.909 assinantes em 2020. Os dados, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que o declínio da base, que vem acontecendo desde 2015, continuou no ano passado.
O País iniciou janeiro de 2020 com 15.684.362 assinantes de televisão paga. Ao final do ano, em dezembro, o total de assinantes do serviço já era de 14.856.453 assinantes. Essa é a marca mais baixa da base desde agosto de 2012, quando a TV paga registrava 14.809.151 assinantes. A situação do segmento há nove anos, no entanto, era bem diferente da atual.
Na época, a TV por assinatura vivia um período próspero, com crescimento mensal que animava as operadoras e as programadoras de TV. O período positivo se estendeu por alguns anos, chegando ao ápice em novembro de 2014, quando a base de TV por assinatura do Brasil superou a marca de 19, 842 milhões de assinantes. Na época, projeções indicavam que, dentro de um intervalo de cinco anos, o País poderia estar parte dos 25 milhões de assinantes.
A estimativa, no entanto, acabou não se cumprindo. Ao contrário, desde dezembro de 2014 a base de clientes de TV por assinatura começou a recuar no País, em um movimento praticamente contínuo.
Em relação à participação no mercado, o panorama das grandes empresas do setor não sofreu alterações em 2020. A Claro, que engloba a Net além da operação homônima, segue como a líder de mercado, tendo 47,1% da base de assinantes de TV paga no Brasil (o que, numericamente, representa 6,99 milhões de assinaturas). A vice-liderança de mercado continua sendo ocupada pela Sky/DirecTV, que possui 30,4% de toda a base de assinantes do País (em números, a operadora tem 4,52 milhões de clientes).
A terceira posição no ranking das empresas de TV paga é ocupada pela Oi que, em dezembro do ano passado, detinha 11,4% do segmento, o equivalente a 1,69 milhão de clientes. A última entre as grandes operadoras a aparecer no ranking é a Vivo, que terminou o ano de 2020 com 1,25 milhão de assinantes e 8,4% do mercado. As outras pequenas operadoras, juntas, concentram 2,7% da base de assinantes do País, de acordo com a Anatel.
* Inicialmente, o texto trazia, erroneamente, a informação de que o setor havia perdido mais de 550 mil assinantes em 2020. Na verdade, o recuo da base superou a marca de 827 mil assinaturas no ano passado. As informações já foram corrigidas na reportagem.