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Indeed: 52% dos empregadores está otimista quanto à aumento de salário para sua força de trabalho

59% dos trabalhadores estão otimistas com relação ao mercado de trabalho em 2021

A pandemia fez com que 2020 fosse um ano desafiador para a maioria das pessoas. Tanto empregadores quanto trabalhadores se viram em um cenário inédito e precisaram mudar planos e fazer adaptações. De um lado, empregadores lutaram para manter em pé seus negócios e evitar demissões, e do outro, trabalhadores tiveram que lidar com os desafios de trabalhar remotamente e as incertezas de continuarem empregados.

Após um ano tão complicado, o Indeed, principal site de empregos do mundo, encomendou uma pesquisa ao Censuswide com mais de mil funcionários e 250 empregadores para descobrir o que trabalhadores e empregadores esperam para 2021.

Mercado de trabalho em 2021

De acordo com o resultado da pesquisa, 59% dos trabalhadores estão otimistas com relação ao mercado de trabalho em 2021. O número cresce especialmente entre jovens de 16 a 24 anos, 64%, e homens, 62%. Pessoas desempregadas estão mais otimistas sobre oportunidades de carreira (68%) do que aqueles que estão empregados atualmente (43%).

Quando perguntados sobre o que esperam em relação a receber um aumento de salário em 2021, funcionários se mostraram divididos entre otimismo (43%) e pessimismo (44%). Esse equilíbrio também é visto quando comparamos gênero e diferentes faixas etárias.

Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil, destaca que mais da metade dos empregadores, 52%, disse estar otimista quanto ao aumento de salário para sua força de trabalho em 2021. “Muitos empregadores fizeram malabarismos para manter seus funcionários durante a pandemia e nem todos conseguiram evitar as demissões. É interessante, e um alívio para muitos trabalhadores, ver que há um otimismo sobre a recuperação econômica para 2021”, disse.

A maior parte dos empregadores, 77%, também está otimista quanto à produtividade da sua força de trabalho. Com relação ao crescimento dos negócios, os homens estão mais otimistas do que as mulheres para o cenário em 2021: 74,81% x 70,69%. Dos empregadores entrevistados, 31,47% têm o cargo de gerente sênior, 42,62% são diretores e 25,89% são donos do próprio negócio.

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Com muitas pessoas trabalhando remotamente em 2020, muitos acreditam que os limites entre vida pessoal e profissional podem ter sido deixados de lado. Entre os empregadores, 60,56% concorda que a divisão entre vida pessoal e profissional para a maioria dos trabalhadores do país não ficou clara, esse número aumenta entre empregadores de alguns setores específicos, como: 57,29% em TI e Telecomunicações, 64% em Educação, 70,37% em Varejo, Catering e Lazer e 73,91% em Finanças.

Entre os trabalhadores, 57% afirmou que os limites entre vida pessoal e profissional não ficaram claros em 2020. “É importante notar que essa porcentagem aumenta entre pessoas com filhos menores de 18 anos, 60%, e trabalhadores da Educação, 62%. Os dados deixam evidente o desafio que mães, pais, professores e outros trabalhadores da educação enfrentaram em 2020”, afirma Calbucci.

Os entrevistados entre 45 e 54 anos estão menos otimistas sobre esse equilíbrio em 2021 do que outras faixas etárias, 43% contra 60%.

Pandemia

Já com os temas relacionados a pandemia, como novos lockdowns e a disponibilidade da vacina, trabalhadores que moram nas regiões sudeste e sul do Brasil estão pessimistas sobre futuros lockdowns, 54% e 55%, respectivamente, dos entrevistados nessas regiões acreditam que novos lockdowns podem acontecer. Entre os empregadores, de maneira geral, metade dos entrevistados (50,59%) estão pessimistas e acham que novos bloqueios podem ser decretados.

Sobre a disponibilidade da vacina em 2021, 77% dos empregadores disseram estar otimistas. As mulheres estão um pouco mais pessimistas do que os homens (11,21% x 8,15%). Entre os trabalhadores entrevistados, 67% afirmou estar otimista sobre a nova vacina.

Metodologia

A pesquisa foi conduzida pelo Censuswide em nome do Indeed com 14.000 funcionários e 3.500 empregadores nos seguintes países: Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália, México, Brasil, Estados Unidos, Irlanda, Austrália, Índia, Singapura e Canadá. No Brasil, foram entrevistados 1.067 trabalhadores e 251 empregadores. A pesquisa foi realizada em novembro de 2020 por meio de um painel online.

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