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Petrobras vende área do pré-sal para Statoil por US$2,5 bi; espera pagamento até 2018

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de participação da empresa no bloco exploratório BM-S-8, onde está a promissora área do pré-sal de Carcará, mas a companhia terá de esperar o cumprimento de uma série de condicionantes para receber a totalidade dos 2,5 bilhões de dólares acordados, algo que só deverá ocorrer em 2018.

A venda para a petroleira norueguesa Statoil da fatia de 66 por cento no bloco na Bacia de Santos, em um negócio raro no setor que deve ajudar a Petrobras a lidar com o cenário de preços baixos da commodity, marca a primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal.

Mas a conclusão do acordo, e o recebimento dos 2,5 bilhões de dólares, depende de condicionantes como realização de um acordo de unitização, já que a descoberta de Carcará extrapola os limites do contrato, conforme citaram as empresas no acordo.

Antes disso, no entanto, deverá ocorrer uma mudança na lei para que outras empresas que não a Petrobras possam ser operadoras de áreas no pré-sal sob o regime de partilha –algo que está encaminhado no Congresso Nacional. Será preciso ainda aguardar um leilão das áreas a serem unitizadas, licitação que a Statoil considera participar.

“Nós temos aí uma intenção bastante firme do Ministério de Minas e Energia de que a gente faça o processo de licitação…, que é um marco que fez parte dessa negociação, até meados do ano que vem…”, disse a jornalistas a diretora de Exploração & Produção da Petrobras, Solange Guedes, acrescentando que o “segundo marco”, que é o acordo de individualização da produção, está previsto para 2018.

Ao anunciar o acordo nesta sexta-feira, Petrobras informou que a primeira parcela do valor negociado, correspondente a 50 por cento do preço total (1,25 bilhão de dólares), será paga no fechamento da operação –mas não estabeleceu uma data.

Já o valor restante será pago através de parcelas contingentes relacionadas a eventos subsequentes como a unitização, até 2018, conforme explicou Solange.

Por Luciano Costa e Marta Nogueira – Agência Reuters

Funcionário pintando tanque da Petrobras em Brasília.    30/09/2015       REUTERS/Ueslei Marcelino
Funcionário pintando tanque da Petrobras em Brasília. 30/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
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