Medidas tomadas pelo governo vão ajudar a aumentar o número de trabalhos temporários durante o Natal
A queda dos juros e da inflação, a melhora no mercado de trabalho e o crescimento dos níveis de confiança devem levar o Brasil a um dos melhores períodos natalinos dos últimos anos. Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostram que, pela primeira vez desde 2013, o número de vagas temporárias de fim de ano vai crescer. Serão 73,8 mil contratações. Desse total, 30% devem ser efetivados.
Esse aumento no número de contratações também é influenciado pela intenção de consumo das famílias, que deve continuar em alta, de acordo com a CNC. Divulgado no final de outubro, o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,4% entre setembro e outubro, para 77,9 pontos. Com mais pessoas consumindo, cresce a expectativa dos comerciantes com as vendas e a necessidade de contratar funcionários.
Outra medida que tem dado mais segurança para o comércio admitir empregados é a mudança na legislação dos temporários. Antes, esse tipo de contrato tinha validade de três meses. Agora, ele pode ser de 180 dias. Passado esse prazo, se as condições que levaram à contratação temporária permanecerem, ele pode ser prorrogado por mais 90 dias.
A taxa de absorção dos temporários após o Natal deste ano também deve ser mais alta do que dos dois últimos anos. “Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo no início de 2018, bem como dos impactos positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista, a taxa de absorção dos trabalhadores temporários deverá crescer. Nos últimos dois anos, esse percentual não passou dos 15%”, avalia Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
Direitos
Todos os trabalhadores admitidos temporariamente neste fim de ano terão praticamente os mesmos direitos do funcionário efetivo. Segundo a legislação trabalhista, eles terão salário equivalente ao da categoria, hora extra, repouso semanal remunerado, adicional por trabalho noturno, seguro acidente de trabalho, férias e 13º salário proporcionais, além de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e contribuição previdenciária.
Fonte: Confederação Nacional do Comércio (CNC)