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Atividade industrial paulista cai 1,4% em março

Fiesp e Ciesp divulgam Indicador de Nível de Atividade

A indústria de São Paulo registrou desempenho negativo de 1,4% na passagem de fevereiro para março, na leitura livre de influências sazonais, divulgaram a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) .

Na avaliação do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini, apesar de negativo, o resultado de março incorporado ao desempenho do primeiro trimestre do ano sinaliza um pessimismo menor com relação ao setor. Segundo apurações do Depecon, a atividade industrial paulista melhorou 1,8% nos primeiros três meses de 2015 ante o quarto trimestre de 2014.

“Parou de piorar. Já começamos a ter alguma reação motivada pela alteração da taxa de câmbio, o que é positivo. Ainda olhando para um 2015 difícil, talvez a nossa previsão de 5% de queda da indústria de transformação de São Paulo não se verifique, ou seja atenuada”, afirma Francini.

A melhora da atividade industrial no primeiro trimestre do ano interrompeu uma sequência de dois trimestres consecutivos de queda do desempenho do setor.

Na comparação com o mês do ano anterior, a atividade industrial registrou melhora de 0,8%, na série sem o ajuste sazonal. Mas no acumulado de 12 meses, o INA caiu 5,1%, na leitura sem ajuste sazonal.

Todas as variáveis apuradas pelo indicador apresentaram queda na passagem de fevereiro para março, na série livre de efeitos sazonais. O componente Total de Vendas Reais se destacou com queda de 1,9% na comparação mensal, enquanto as Horas Trabalhadas na Produção recuaram 1,6%. E o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) perdeu 0,1 ponto percentual passando de 78,9% para 78,8% em março.

Setores em março

A indústria automobilística continua entre os destaques negativos do INA. Em março, o segmento apresentou queda de 6,5% da atividade, pressionado pela diminuição de 6,6% no Total de Horas Trabalhadas na Produção.

O setor químico registrou baixa de 3,1% no mês. O resultado do setor foi influenciado principalmente pela retração de 3,2% da variável Horas Trabalhadas na Produção.

A indústria de móveis também registrou queda na atividade em março, de 2,5%, com relação a fevereiro. A variável Total de Vendas Reais exerceu a principal influência negativa com baixa de 5,9%.

Percepção

A percepção geral dos empresários diante do cenário econômico, medida pelo Sensor Fiesp, melhorou 3,2 pontos para 49,2 pontos em abril ante 46,0 pontos em março, na leitura com ajuste sazonal.

O componente Mercado também apresentou alta, de 44,3 pontos em março para 47,5 pontos no mês corrente. Enquanto o item Vendas manteve-se estável a 50,6 pontos em abril contra 49,3 pontos em março.

A variável Estoque melhorou para 46,8 pontos em abril ante 44,3 pontos no mês anterior.  E a percepção quanto ao Emprego também melhorou para 48,7 pontos contra 43,7 pontos em março.

De acordo com o levantamento, a percepção quanto ao componente Investimento ficou estável a 51,3 pontos contra 50,5 pontos em março.

Resultados do Sensor em torno dos 50 pontos indicam percepção de estabilidade do cenário econômico. Abaixo dos 50,0 pontos, o Sensor sinaliza queda da atividade industrial para o mês, acima desse nível, expansão da atividade.

No caso da variável estoque, leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável, ao passo que inferiores a 50,0 pontos indicam sobrestoque.

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp

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