O professor Geraldo Sardinha, um dos maiores especialistas em finanças empresariais do Brasil, afirmou que, “em ambiente de crise, de instabilidade, as empresas precisam ter muito controle dos custos fixos e variáveis”. Ele fez a declaração em palestra, nesta quarta-feira, 8 de abril de 2015, no Salão de Reuniões da Associação Comercial de Santos (ACS), na Rua XV de Novembro, 137 – 2.º andar, no Centro Histórico.

A exposição, sobre “Desafios Financeiros em Tempos de Crise”, fez parte do 1.º Diálogo com Empresários da Baixada Santista, realizado pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a Associação Comercial de Santos.

A apresentação contou com a presença do presidente da Associação Comercial de Santos, Roberto Clemente Santini, do titular do Conselho Fiscal da ACS, Pedro Veras, e do diretor executivo da ACS, Marcio Calves.

Dezenas de empresários e diretores de empresas da Baixada Santista assistiram à palestra do professor Sardinha, no período da manhã. À tarde, ele falou para gerentes e executivos de organizações empresariais da região.

Antes da palestra, os convidados foram recebidos com um welcome coffee no Salão de Mármore, no térreo do prédio da Associação Comercial de Santos.

O diálogo é um evento destinado à troca de experiências entre os integrantes do Parceiros para a Excelência (Paex) – programa de gestão de médias empresas – na Baixada Santista com os demais empresários da região, para debater assuntos relevantes para o desempenho das organizações.

O programa de atividades da Fundação Dom Cabral, que tem como foco propor soluções educacionais para o desenvolvimento organizacional, terá continuidade em maio, com a abordagem do tema Governança Corporativa, pela professora Elismar Álves da Silva Campos.

A Dom Cabral é associada da Associação Comercial de Santos por intermédio da Effectio Consultoria em Gestão de Empresas e Sustentabilidade, representante da fundação na Baixada Santista.

O professor Sardinha, que é membro do Conselho de Administração de grupos empresariais em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, advertiu que, quando surgem crises, “as regras do jogo também mudam, com novas regras tributárias e cambiais, entre outras”. Por isso, “as empresas precisam ter muito controle dos custos fixos e variáveis”.

Sardinha afirmou que, para as empresas se manterem sólidas no mercado, precisam responder adequadamente a perguntas essenciais: se o negócio é viável, se é atrativo, quando é hora de entrar ou sair e quanto vale, ou seja, avaliar a geração de riqueza, para saber se é interessante continuar na atividade.

O especialista expôs uma série de conceitos, relacionados a receitas e despesas, capital investido e outros, para mostrar a importância que se deve dar a cada item, para garantir a permanência das empresas.

Ele alertou que as empresas precisam ter uma preocupação constante: o balanço financeiro, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e o fluxo de caixa.

“Hoje há ansiedade, preocupação das empresas em vista do ambiente econômico”, disse Sardinha. “Trata-se de um momento especial, eu diria de indefinição. Não sabemos a profundidade da crise que estamos vivendo e quanto tempo vai perdurar. É uma fase difícil, porque as empresas precisam continuar a funcionar e não sabem o que fazer em termos de investimentos”.