A importância do Ti no core business – Por: Bruno Cordoni ,especialista em varejo, consultor, curador de soluções em tecnologia. É Head of Engagement & Business Development na Onebeat

A importância do Ti no core business – Por: Bruno Cordoni ,especialista em varejo, consultor, curador de soluções em tecnologia. É Head of Engagement & Business Development na Onebeat

TI não é mais Back, é CORE!

Durante um bom tempo a área de Tecnologia da Informação (TI) no varejo foi tratada como área operacional e estruturante. Muito daquilo que era feito por meio de planilhas foi atualizado com a implantação dos ERPs, integrando as diversas áreas da empresa, como os setores contábil, financeiro, RH, compras, vendas, estoques entre outros. Isso facilitou muito o trabalho e deu maior confiabilidade aos dados, uma vez que automatizou, estruturou e agilizou muitos processos de transferências de informações, reduziu o chamado “erro humano” pela inserção manual de dados e facilitou o acesso às informações atualizadas de praticamente toda a empresa.

Até então, o papel da tecnologia era automatizar processos, mas ela não atuava diretamente no core business do negócio. Com o advento da pandemia global, empresas tiveram que correr para se adaptarem à nova realidade, que incluía a busca por melhorias em produtividade para manter a competitividade e o crescimento do e-commerce, que demandou como nunca antes visto a evolução de soluções de suporte. Big Databusiness intelligencemachine learning, algoritmos de aprendizagem, inteligência artificial, entre outras, já não são mais termos do futuro ou tendências apresentadas na NRF, já são realidade em empresas de todo porte. Num piscar de olhos a TI deixou de ser uma área operacional de BackOffice e se firmou como super estratégico para as organizações. Isso tem demandado profissionais com melhor formação e capacidade de entender em profundidade o negócio da empresa, de se interrelacionar com outras áreas e de propor soluções inovadoras.

Hoje, empresas do varejo que não avançarem para o uso estratégico da tecnologia da informação nos seus negócios, correm sérios riscos de perder participação no mercado até o ponto crítico de inviabilizar a sustentação do empreendimento. A entrada em operação, para muito breve, das redes 5G, por exemplo, prometer ser um novo boom tecnológico, que vai possibilitar a utilização de uma série imensa de novas e poderosas tecnologias, viabilizando o uso de forma muito intensa de sensores (IoT) e de captação de dados em tempo real, além de turbinar as possibilidades de uso de computação na nuvem. Para se ter uma ideia, a tecnologia 5G possibilitará um fluxo de informações 100 vezes maior do que a tecnologia 4G, em uso atualmente.

Esse incrível progresso no fluxo de informações, cada vez mais rápido, possibilitará idêntico avanço das aplicações inteligentes, fundamentais para transformar uma infinidade de dados dispersos em conhecimento e insights para alavancagem dos negócios. Se o e-commerce, o omnichannel e o on-always já foram suficientes para elevar o patamar da TI dentro da estrutura das empresas de varejo, novas tecnologias que podem propiciar ao cliente uma experiência imersiva, como realidade virtual, Metaverso, ações de venda em tempo real por meio de vídeos interativos, precificação dinâmica, reconhecimento facial, abastecimento automatizado dos PDVs de acordo com as tendências locais de demanda, entre outras tantas possibilidades, seguramente ampliarão cada vez mais a importância estratégica da TI.

Empresas que hoje já se encontram em defasagem tecnológica devem ficar atentas às mudanças que se anunciam no horizonte, e que continuarão sendo dinamizadas com o avanço cada vez mais acelerado da tecnologia. É fundamental que as equipes de TI também preparem a empresa para que seja facilitada a conexão da sua estrutura tecnológica com uma série de soluções inteligentes que chegarão, cada vez em maior número, para otimizar e desenvolver os negócios, além de proporcionar novas experiências ao consumidor. Quem se descuidar ou deixar isso para depois, pode ter de amargar expressivas perdas de mercado e terá obrigatoriamente de arcar, além dos custos da atualização tecnológica, com pesados investimentos em marketing para tentar recuperar o terreno que foi perdido. A luta para enquadrar sua organização à nova ordem tecnológica e atender a demandas que surgiram repentinamente exige que o setor de TI assuma uma posição prioritária, como a  locomotiva da prosperidade.

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