Há alguns dias, fiz uma publicação no Linkedin contando sobre uma dificuldade tecnológica que tive no Outlook e como a resolvi em cinco minutos através do suporte da Microsoft. E não é que o post acabou sendo polêmico! Teve gente falando que eu não havia feito nada fora do normal e criticando minha atitude de dividir esse tipo de informação. Mas nada disso mudou o que eu penso: eu, como uma profissional da geração X, me senti realizada em resolver o problema com o conhecimento básico que tenho de tecnologia, sem precisar chamar alguém de TI. É claro que também teve muita gente oferecendo ajuda e sugerindo outros meios de auxílio, o que sempre me deixa grata, contente com essa rede de apoio. Eu inclusive recebi indicações neste post de pessoas da própria Microsoft que poderiam me ajudar e fiz um contato com elas.
Pouco tempo depois dessa situação, para minha surpresa, duas pessoas da própria Microsoft entraram em contato comigo pelo Linkedin. Um desses funcionários, um rapaz que vive em Dublin, se prontificou a atender o problema e marcou uma reunião online comigo. Para ser sincera, minha descrença só aumentou: meu negócio é pequeno, com poucos funcionários no escritório físico e não seria uma conta muito interessante para uma empresa multinacional gigante da área de tecnologia. O que ele poderia querer comigo? De todo modo, no dia marcado me preparei para a reunião pelo Skype for Business. Logo de cara percebo que o colaborador da Microsoft, ao entrar em contato comigo, não estava vendendo nada. O que ele e a equipe de três pessoas desejava era saber sobre as minhas dificuldades com a plataforma e como eu a utilizava, pronta para apresentar soluções e me pôr em contato com o representante da empresa na minha cidade.
Achei a atitude da Microsoft incrível. Afinal, como profissionais desse calibre tem disponibilidade para conversar por mais de uma hora com uma cliente que não vai gerar muito lucro? E ainda teve a mobilização de pessoas de outros países para que o bate-papo pudesse acontecer. Eu, que já trabalhei em multinacionais, sei como é necessário pensar no custo/hora do profissional. E havia uma coisa diferente na reunião, é fácil reconhecer profissionais alinhados com um propósito, são detalhes que a gente sente só no modo de atendimento e no olhar de alguém. Pessoas assim vendem a empresa não só porque querem fechar mais um contrato, mas porque acreditam no que oferecem. Para eles aquela reunião com uma empreendedora não foi só mais um contato profissional, e sim o crédito no trabalho de um futuro cliente de pequeno porte, talvez só por saber que se trata de alguém que gera conteúdo que pode interferir na vida de muitas pessoas.
Em uma parte da reunião, comentando sobre esse mesmo assunto, eles me contaram sobre um evento que a Microsoft faz todos os anos com alguns casos de sucesso e como a empresa ajuda a humanidade. Um dos serviços inovadores foi para o auxílio na prevenção de crises de diabete em pessoas que possuem a doença e outros casos muitos legais. O mais interessante de tudo isso é ver como os millennials (geração Y) estão preocupados em achar um propósito na carreira profissional. Lembro de um artigo que li, sobre a pesquisa Millennial Survey, que falava sobre como gerações mais novas se preocupam mais com o retorno feito para a sociedade que com o lucro gerado. E este contato com estes profissionais mostra essa característica com clareza. Foi fácil ver o alinhamento das pessoas que falaram comigo com a missão da Microsoft. Elas não vão trabalhar todo dia para simplesmente cumprirem a meta e ganharem o salário do mês, provavelmente levantam da cama todos os dias para fazer deste mundo um lugar melhor. Sabem que direta ou indiretamente estão impactando vidas.
E se eu já era admiradora da Microsoft e do Bill Gates, um dos maiores filantropos do mundo, hoje sou uma mega fã e provavelmente vou indicar sempre que puder as soluções da Microsoft para quem conheço. A ocasião me inspirou a lembrar que é isso o que importa: de alguma forma impactar e influenciar de modo positivo as pessoas com o meu trabalho.
Tais Targa – Top Voice LinkedIn , Psicóloga, Coach, Mestre em Educação, Job Hunter, Especialista em Recolocação e Carreira. Reconhecida como uma das 15 brasileiras que mais influenciaram o LinkedIn em 2016 – LinkedIn Top Voices. Vlogueira, viciada em redes sociais e empreendedora. Diretora da empresa TTarga Carreira e Recolocação e colaboradora de conteúdo na RIC TV – Record PR.
