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Reflexões sobre como alcançar a posição de CEO de uma empresa vindo de CFO – Por: Alexandre Velilla Garcia é CEO do Cel.lep Idiomas, o executivo, que atuou como CFO da companhia por 5 anos, tem como meta dobrar o tamanho da escola nos próximos 3 anos.

Nessa transição de funcionalidades, possuir habilidades como visão estratégica e administrativa é de fundamental importância para o CEO do atual ambiente de negócios

Dentro de uma organização, a posição de CEO costuma ser a que mais desperta curiosidade e interesse entre os profissionais. Não à toa, o cargo tem como desafio gerir toda uma empresa, tornando os diretores executivos personagens essenciais dentro da organização. Com uma ampla visão sobre empreendedorismo e capacidade para assumir riscos, os CEOs são responsáveis por orientar a companhia e garantir que as metas sejam atingidas dentro dos valores e do propósito da empresa.

Para tanto, entre as principais características desses profissionais, é essencial ser eficiente na comunicação com os demais colaboradores, bem como possuir habilidades de liderança e gestão. Porém, para trilhar esse caminho até o cargo mais alto da empresa, digo por experiência própria, é importante absorver o máximo de aprendizagem de cada função ocupada durante a trajetória corporativa, que em muitas oportunidades é um caminho árduo e até inglório. Com isso, além de ampliar os conhecimentos operacionais, comerciais e administrativos, por exemplo, complementará a visão estratégica e empreendedora, tornando-nos líderes cada vez mais completos e preparados.

Transição entre os cargos

Comandar uma empresa pode acarretar tarefas complexas, como, por exemplo, liderar uma expansão arrojada dos negócios, buscar por um reposicionamento estratégico ou mesmo capitanear todo um processo de reestruturação operacional da empresa. Nesse sentido, é fundamental implementar práticas como: pensamento estratégico, gestão de pessoas, mentalidade inovadora e transformacional, além de adoção de eficientes práticas de controles internos e monitoramento dos negócios.

Pensando nisso, além dos CEOs, essas mesmas habilidades devem fazer parte do know-how e do dia a dia dos CFOs (Chief Financial Officer), líderes das áreas de finanças, e assim, responsáveis por tudo o que se relaciona com a saúde financeira de uma empresa. Isso porque, mesmo não agindo diretamente na gestão de toda a companhia, tal qual o CEO, o CFO atua com foco na máxima eficiência operacional, bem como na proteção da companhia para mitigação de todos e quaisquer riscos, atuando de forma proativa para que nenhum aspecto seja negligenciado dentro da corporação. Diante deste contexto, uma pergunta é quase que automática: o CFO é o sucessor direto do CEO?

De acordo com o recente estudo “O caminho para o topo”, realizado pela Consultoria Internacional Korn Ferry em parceria com a Revista Exame, ao contrário do que o senso comum aponta, o sucessor automático do CEO não é necessariamente o CFO, visto que apenas 9% dos entrevistados saíram dessa posição para assumir o cargo de diretor geral. Além disso, a pesquisa ainda revelou que 82% dos executivos vieram de departamentos comerciais ou de operações.

Apesar disso, posso afirmar que para alcançar a posição máxima em uma companhia, é preciso, sobretudo, estabelecer uma visão estratégica dos negócios, atuando em todo o planejamento organizacional junto às demais áreas da empresa, a fim de construir os caminhos da organização para os próximos anos. Além disso, é imprescindível trabalhar com muito comprometimento, ética, profissionalismo e perseverança, desenvolvendo-se sempre, ampliando assim suas perspectivas de negócio e, portanto, absorvendo o máximo de habilidades em toda a trajetória corporativa.

Apenas para contextualizar, de acordo com o estudo “Sucessfully transitioning to new leadership roles” (Transições de sucesso para cargos de liderança), realizado pela consultoria americana McKinsey, foi constatado que quando uma transição é bem conduzida, o líder provavelmente terá sucesso em sua posição, de modo que nove entre dez equipes cujos gestores passaram por uma sucessão adequada atingiram seus objetivos de performance nos três anos seguintes.

Não obstante, o estudo também revelou que quase metade das trocas de liderança, de 27% a 46%, falham de alguma forma. Para fugir dessa estatística, além dos pontos discorridos acima, gostaria de pontuar algumas outras importantes práticas:

1. Cultivar seu networking: Dentro e fora da empresa, construir uma rede de contatos é essencial para chegar ao cargo de CEO. Isso porque, para exercer essa função, o profissional precisa desenvolver um relacionamento sólido e saudável com diferentes personagens que oferecem sustentabilidade à companhia, sejam eles clientes, parceiros, outros diretores (como, por exemplo, CFO, COO e CMO) e demais stakeholders;

2. Não ter medo de falhar: Lidar com situações desafiadoras faz parte do dia a dia de qualquer cargo de liderança. Ademais, é preciso saber ousar e não ter medo de lidar com decisões de risco. Afinal, tropeços fazem parte de qualquer trajetória corporativa, mas apenas os profissionais de sucesso se diferenciam pela maneira de lidar com seus fracassos do passado.

3. Ser um bom líder: O conceito de liderança passa por um processo de reformulação. Isso significa que, embora a grande maioria dos colaboradores acreditem, o CEO não é o responsável absoluto pela gestão da empresa, muito pelo contrário! Hoje, ele conta com o apoio de tantos outros profissionais para conseguir sucesso em sua administração. Deste modo, assumir uma postura inspiradora e de delegação de autonomia é indispensável, agindo de forma estratégia e promovendo práticas colaborativas em prol do crescimento organizacional.

Por fim, é importante compreender que a trajetória até o cargo de CEO deve ser trilhada com muito esforço. Muito mesmo! Digo isso pensando na minha própria carreira, uma vez que ter ocupado por tantos anos a posição de CFO pôde me proporcionar ganhos inestimáveis, ampliando meus conhecimentos práticos e habilidades profissionais.

Ademais, o que importa não é o cargo que ocupamos dentro da empresa, mas nosso desenvolvimento, inclusive pessoal. É essencial priorizar a construção de uma carreira sólida, que possa proporcionar resultados cada vez mais ricos para a companhia e para nós mesmos, seja no âmbito profissional ou nas demais esferas de nossa vida.

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