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Otimismo e preparação – por Ômar Souki

Uma crítica que já escutei é que o otimismo pode ser perigoso: “A pessoa excessivamente otimista pode se lançar aos desafios sem a devida preparação e correr riscos desnecessários”; “é preciso ser mais cauteloso e realista”.

De fato, ir para um exame sem estar preparado e—mesmo assim—almejar um bom resultado é insensatez e não otimismo exagerado. Para ser bem sucedido nos testes da vida—além de otimismo—é necessário preparação. A falta de dedicação e seriedade não deve ser confundida com otimismo exagerado.

Luis Rojos Marcos, médico espanhol que pesquisa a relação entre otimismo e saúde, autor do livro A força do otimismo (Editora A Esfera dos Livros—Portugal), afirma: “O otimismo saudável não implica um falso sentido de invulnerabilidade, nem um estado aloucado de euforia. Pelo contrário, é uma forma de sentir e pensar que nos ajuda a utilizar judiciosamente as nossas próprias habilidades e os recursos do meio ambiente e a lutar contra as adversidades sem nos desmoralizarmos”.

Otimista é a pessoa que tem a motivação para preparar-se—mesmo frente a situações em que tem poucas chances de sucesso. Justamente por ser otimista a pessoa adquire a disposição necessária para se empenhar e investir em seu fortalecimento e crescimento frente aos embates do cotidiano.

Às vezes, ouço as pessoas tacharem de otimista alguém que se arvora a executar tarefas para as quais não tem a mínima capacitação. Isso seria o mesmo que chamar de otimista a uma pessoa que pula de pára-quedas, mesmo sabendo que o equipamento não foi montado apropriadamente nem teve a devida manutenção.

Insensatez é uma coisa, otimismo é outra. Não é sensato correr riscos desnecessários e o otimista sabe disso. Arrisca, sim, arrisca muito, sim—mas quando está preparado.

Em uma campanha para a prefeitura de uma cidade do interior de Minas Gerais, um dos candidatos contava com apenas quatro por cento de intenção de voto a quarenta dias das eleições. Mas decidiu investir tudo contra o candidato favorito. Parecia não ter a mínima possibilidade de vencer as eleições. Para os analistas políticos, esse candidato era exageradamente otimista. Mas, seu otimismo, em vez de atrapalhar, ajudou. Ele possuía uma fenomenal motivação para ir à luta e dedicar-se de corpo e alma a uma campanha exaustiva que incluiu a visita pessoal à grande parte do eleitorado.

Como o candidato favorito achava que já tinha ganhado, não investiu tanto nas estratégias de contato corpo a corpo que exigiam enorme entrega pessoal. O favorito, confiando nas pesquisas políticas, adotou uma postura, não otimista, mas insensata. Não investiu devidamente na comunicação direta com o eleitorado e não compareceu aos debates. Enfim, não se preparou como devia. Alguns o tacharam de exageradamente otimista, mas não foi o caso, foi descuidado.

Resultado das eleições: aquele que, realmente, era otimista e se preparou com descomunal afinco e disciplina pessoal, saiu dos míseros quatro por cento do início da campanha para uma vitória expressiva em 99% das urnas.

Ser otimista é jamais desistir frente às adversidades. Quando caímos nos levantamos porque acreditamos que, com um pouco mais de dedicação e disciplina pessoal, iremos conseguir melhores resultados.

Martin Seligman, médico norte-americano dedicado à pesquisa do otimismo, observou que a forma com que explicamos as coisas que nos acontecem determina como nos sentimos com relação a elas. Os pessimistas tendem a generalizar os fracassos dizendo: “Eu sou assim mesmo, estou sempre falhando”. Já os otimistas dizem: “Sim, não consegui desta vez, mas vou continuar tentando, vou me preparar mais e sei que, dá próxima vez, conseguirei”.

O otimismo é um fator fundamental para a disciplina e a dedicação necessárias para o sucesso em qualquer atividade. Se a pessoa já parte para o seu dia de trabalho com uma atitude derrotista ela não consegue arregimentar as forças pessoais necessárias para enfrentar os desafios. Aquele que levanta, todos os dias, com forte expectativa positiva, esse sim, vai, seguramente transformar desafios em incríveis oportunidades de vitória!

Omar Souki 02

*Ômar Souki

Escritor, conferencista, professor e consultor.

O Gênio do Otimismo

Otimista, vibrante, atualizado e autor de 13 livros, Ômar Souki prima pelo seu interesse, dedicação e foco na melhoria contínua das pessoas e das empresas.

É um dos conferencistas mais requisitados da atualidade. Foi homenageado com a Comenda Mérito em Administração e suas idéias sobre a importância do otimismo foram destaque na Revista Seleções de maio de 2003.

Percorre o Brasil e o exterior ministrando palestras de alto impacto em importantes eventos empresariais. Foi conferencista convidado do CONAD-Congresso Nacional de Administração, da Super Minas- Feira da Associação Mineira de Supermercados, do COPANAD- Congresso Pan-americano de Administração e do FIA-Fórum Internacional de Administração, entre outros.

Souki dedica-se a injetar doses maciças de otimismo nas equipes de organizações de prestígio no Brasil e no exterior como Xerox, Mitsubishi Electric, General Electric, SEW, Rede Accor, Conselho Federal de Administração, Associação Empresarial do Algarve, Centro de Apoio a Criação de Empregos de Portugal, Unimed, Banco do Brasil, Bradesco, Unibanco, Telemig, Cemig, Localiza, RM Sistemas, entre outras.

Ph.D. em comunicação pela Universidade de Ohio, EUA, Souki foi professor na Universidade do Estado de Nova York por dois anos e professor visitante nas Universidades do Texas e de Denver, EUA, e na Universidade de Aston, Inglaterra. é professor de marketing na Universidade Federal de Minas Gerais onde pesquisa os fatores do sucesso empresarial.

Autor reconhecido internacionalmente, publicou vários best sellers, entre eles, Gênio & Gestão, Paixão por Marketing, Emoção é Poder e A Solução Otimista.

Depois de ler seus livros ou assistir suas palestras, você jamais será a mesma pessoa!

http://www.simeon.com.br/souki/

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