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Estados Unidos reabrem embaixada em Havana e reforçam apoio a fim de embargo

Os Estados Unidos levantaram sua bandeira pela primeira vez, desde 1961, na embaixada norte-americana em Havana (Cuba), nesta sexta-feira (14), marcando oficialmente a reabertura de seu escritório diplomático no país caribenho e a restauração das relações entre ambos. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse algumas frases em espanhol em seu pronunciamento e reforçou que os EUA precisam se dedicar à derrubada do embargo econômico imposto à ilha nas últimas décadas, decisão que depende do Congresso norte-americano.

 

“Sabemos que o caminho para a normalização das relações é longo, mas temos que começar neste instante. Não há nada a temer. São muitos os benefícios de que gozaremos quando nossos cidadãos se conhecerem melhor e se visitarem com mais frequência, trocando ideias e aprendendo uns com os outros”, disse Kerry, em espanhol.

 

Mais tarde, Kerry citou o embargo econômico a qual Cuba é submetida desde outubro de 1960. “O embargo continua e só pode ser derrubado pelo Congresso, um passo que nós apoiamos fortemente”, disse, sendo aplaudido pelos presentes.

 

“O presidente Obama fez esforços para derrubar algumas restrições, mas queremos ir mais longe. A meta dessas mudanças é ajudar Cuba a se conectar com o mundo. Assim como fazemos nossa parte, esperamos que Cuba fizesse o mesmo.”

 

Em sua fala, Kerry lembrou as principais tensões que marcaram a relação dos países, como a invasão da Baía dos Porcos em 1961 e a crise dos mísseis no ano seguinte, no auge do conflito entre EUA e URSS na Guerra Fria, tendo Havana como epicentro. “Foram 13 dias em que estivemos perto da gerra nuclear. Eu era estudante. Não tínhamos certeza do futuro, não sabíamos o que veríamos quando acordássemos no dia seguinte.”

 

Ele ainda citou a normalização das relações com o Vietnã e o fim do bloco soviético nesse período em que a relação entre EUA e Cuba continuaram estremecidas. Kerry finalizou agradecendo aos esforços do papa Francisco na normalização das relações e falou em trocar o passado de “ódio”, de “tragédias, palavras fortes retaliações, sacrifício, tristeza e desconfiança”, por “algo mais produtivo”. “Estamos muito confiantes.”

 

Logo depois do discurso de Kerry, a bandeira americana foi hasteada. A cerimônia teve a participação de três fuzileiros navais americanos que haviam baixado a bandeira em 1961 e, nesta sexta-feira, entregaram uma nova bandeira para ser hasteada do lado de fora da embaixada, localizada na orla de Havana. “Quando eles saíram em 1961, a tensão estava alta, ninguém se sentia seguro. Eles fizeram seus trabalhos e saíram para retirar as bandeiras, mas fizeram uma promessa de retornar a Havana e levantá-la de novo. Não imaginavam o quanto esse dia estava distante”, comentou Kerry. (Com agências internacionais)

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