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Como a Nestlé usa a inovação aberta e tendências para se manter competitiva

Maior empresa de alimentos e bebidas do mundo lança novos projetos e cria startup própria para manter liderança no mercado e passar pela crise da Covid-19

No século XVIII, o economista britânico Thomas Malthus desenvolveu uma teoria segundo a qual a produção de alimentos (que cresceria em progressão aritmética) não seria capaz de acompanhar o crescimento em progressão geométrica da população mundial, o que resultaria em problemas como fome e miséria. Suas previsões, no entanto, não se concretizaram. A tecnologia ajudou o homem a acompanhar esse crescimento e a lidar, inclusive, com períodos de crise, como guerras e tragédias climáticas.

A Nestlé, maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, acompanhou de perto essa revolução no setor. Hoje, aos quase 100 anos, a companhia está presente em 191 países e tem um portfólio de mais de duas mil marcas. Mas, como se manter à frente de um mercado tão importante por tanto tempo, em nível global? A resposta pode estar na capacidade de inovação. O Whow! conversou com a diretora de Transformação Digital da Nestlé, Carolina Sevciuc, sobre as conquistas e os desafios nesse segmento.

Inovação: um ingrediente fundamental

De acordo com a executiva, a cultura da inovação e o estímulo ao empreendedorismo são fortemente trabalhados dentro da companhia. O time de inovação identifica tendências e orquestra as novas ideias para produtos e serviços na empresa, que é desenvolvida em todas as áreas.

Além desta área, a equipe de Transformação Digital engloba outras quatro subáreas. O objetivo, com a divisão, é proporcionar mais robustez e agilidade às iniciativas. “Com o data lab, ampliamos nossa inteligência de dados; com vendas digitais, enriquecemos nossa atuação crosschannel e com IT, a estratégia digital. E através da Nature’s Heart fortalecemos o propósito da Nestlé”, explica Carolina.

A empresa, que só no Brasil emprega mais de 30 mil colaboradores diretos, também participa ativamente do ecossistema de inovação do país: mais de 300 startups já passaram pela empresa de alguma forma. A companhia também já desenvolveu diversas soluções por meio de inovação aberta com diferentes parceiros, como universidades e empresas de diversos portes. A diretora de Transformação Digital diz que essa maneira de atuar ajuda a encontrar soluções para os problemas da companhia.

“A inovação aberta nos coloca em contato com um mundo quase infinito de possibilidades que não enxergaríamos sozinhos.” relata Carolina Sevciuc, diretora de Transformação Digital da Nestlé

Startup dentro da Nestlé

A Nestlé também tem acelerado diversas startups e scale-ups: só este ano, serão quase 40. O 4º edital de aceleração com a Endeavor, inclusive, está aberto. Na última edição, a multinacional de alimentos e bebidas buscou negócios de tecnologia que ofereçam produtos e serviços com foco no consumidor final nos segmentos de e-commerce, marketplaces, bem-estar, pet, comunicação, games e entretenimento.

No ano passado, a primeira startup da Nestlé começou a funcionar: a Vem de Bolo, uma plataforma que conecta boleiros aos consumidores. “Criamos o marketplace depois que observamos este mercado por mais de um ano, buscando entender quem são os doceiros, quais são as dores do negócio, no que precisam de suporte e como a tecnologia pode ajudá-los com seus problemas. Com ela, também aprofundamos nosso entendimento sobre os consumidores no momento da busca e compra de bolos e doces, principais necessidades não atendidas e o que buscam nesta ocasião de compra”, comenta Carolina.

A startup foi criada com premissas das metodologias ágeis, e segue funcionando assim. Todo o planejamento é feito em sprints de 21 dias, que buscam entender o que está funcionando, o que não está e como melhorar.

Planos em meio à crise

A pandemia do novo coronavírus trouxe desafios para a Nestlé. A executiva conta que a multinacional está se preparando para evoluir com base em novos comportamentos que estão surgindo. “No momento atual estamos focando nossos esforços em vendas digitais, trazendo inclusive colaboradores de outras áreas para reforçar a equipe. Além disso, continuamos com o movimento de inovação além de produtos, pensando em novos modelos de negócios e serviços”, diz.

Segundo ela, o “Empório Nestlé” tem sido um espaço importante para o teste de modelos omnichannel. Até março deste ano, as entregas da loja virtual eram feitas apenas na capital paulista, quando foram expandidas para todo o Estado. No fim de julho, a empresa ampliou o atendimento para toda a região Sudeste e abriu uma dark store na Zona Oeste da cidade de São Paulo e assim ampliar a capacidade de entrega expressa na capital.

Presente em 99% dos lares brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, a empresa assumiu a sua responsabilidade para atuar na crise e reduzir, dentro do possível, os impactos para seus parceiros de menor porte. “A frente de inovação buscou soluções que pudessem apoiar a comunidade, entrando em projetos como o “Apoie um Restaurante” (em parceria com Nespresso e Stella Artois), incorporando os segmentos de cafeteria e confeitaria.

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