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Os pilares e as bases culturais da Transformação Digital Por: Carlos Eduardo Correa Schotka , Digital Labs Manager de Transformação Digital da regional de Belo Horizonte da Engineering

Muito tem se falado sobre Transformação Digital nas empresas, mas poucos são os cases sólidos cujo valor agregado da palavra “digital” pode ser entoado como um mantra, no qual toda a empresa deve falar para que se sinta dentro do mercado moderno emergente.

Empresas que tentam se aventurar neste assunto se deparam normalmente com um grande desafio inicial, que é a Transformação Cultural. Antes de falar de tecnologia, vamos tratar daquilo que se refere praticamente a itens comportamentais de uma empresa.

Uma cultura digital tem, por sua essência, práticas no modelo ágil, que visa agregar valor ao cliente final de maneira constante, o que significa eliminar a fronteira entre departamentos. Quando todos olham para este ponto convergente, ou seja, o cliente, as organizações começam a mudar sua cultura para o âmbito digital. O cliente, então, se torna o responsável pelas alterações de modelos de negócio, seja por novas exigências ou adesão às novas tecnologias.

Sendo assim, o paradigma digital abstrai o antigo conceito de TI, cujo cliente não tinha certeza do escopo que desejava, e passa a lidar com um público que não só sabe quais são seus problemas, como também participa passiva ou ativamente da solução. Logo, a cultura digital deve ter clara que a empresa passa a operar como um “customer centricity”, deixando de ser uma estrutura de departamentos, cada qual com sua responsabilidade, e passa a ser um time multidisciplinar, cuja responsabilidade é gerar valor agregado para o cliente.

Com o foco definido no cliente, o primeiro passo para a transformação cultural com o objetivo de atingir o patamar digital é reorganizar a empresa de forma a atender o cliente em todas suas necessidades. No intuito de acolher o cliente, a empresa deve ter times autônomos com diversas competências que consigam visualizar a necessidade do início ao fim para agregar valor.

Fatores simples como ouvir o lado do cliente e viver sua necessidade, seja por sessões de Design Thinking ou por meio de imersão em seu cotidiano, podem ser importantes quando estamos falando de inovação e percepção de necessidade. Todos esses passos farão o time entender, identificar ou gerar novos insights junto ao cliente.

Ao transformar o cliente em centro, o time deve se orientar nesse sentido, e esse é um dos pontos cruciais para mudança de mindset cultural. Não estamos falando em mudar apenas a forma que a equipe atual atende o cliente, mas sim de agregar diversas competências de negócio dentro do time que atende a este cliente, envolvendo, por exemplo, as áreas técnicas de Recursos Humanos, Marketing, Financeiro, Compras etc.

Com isso, cada área estará envolvida no atendimento às necessidades do projeto, ou seja, a demanda será uma prioridade que independe das rotinas particulares de cada departamento. O desafio de gerar uma autonomia deste nível para o atendimento de um único cliente específico pode gerar acúmulo de papéis na empresa, mas isso é superado frente ao valor agregado proporcionado ao cliente alvo desta equipe.

Tendo em vista a tendência para times autônomos multidisciplinares com foco no cliente, as empresas tradicionais podem fazer a transição do modelo padrão, baseado em departamentos, para um modelo bimodal. A orientação é que, durante um período determinado, parte da empresa passe a atuar neste modelo até que, gradativamente, sejam adaptadas às demais áreas.

Não podemos achar que toda empresa começa do zero, como um startup. Toda organização tem seu modelo e o exerce há muito tempo, por isso a quebra de paradigma é necessária para que seja viável o posicionamento ágil que a cultura digital exige, o que também permitirá evoluir para os próximos níveis da Transformação Digital: Tecnológica e Estratégica. Mas esses são assuntos para outra discussão.

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