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Os Es da Gestão

 

Todos que navegam pelo mundo dos negócios sabem que estamos diante de um dos momentos mais complexas para se administrar do mundo. Por isso mesmo que, com grande frequência, percebemos nas fisionomias e nas atitudes dos líderes e gestores que esta complexidade só aumenta o medo e o estresse. Este não só é um fato, mas também boa parte do desafio.

Um ditado popular relata que se quisermos enxergar a floresta como um todo, precisamos sair do meio das árvores. Tal atitude poderá oferecer uma visão global do empreendimento. Ora, se estamos no meio de uma selva densa só teremos possibilidade de ver árvores, ao mesmo tempo que impossibilita de observar toda a beleza e complexidade da floresta.

É neste entremeio que se faz necessário desenvolver ou aprimorar tanto uma visão de dentro e de fora da floresta, ou seja, a micro e a macro gestão, quanto uma visão de fora para dentro. Mas não para por aqui. Ram Charan, a voz mais influente do mundo dos negócios, acrescenta que também se faz necessário desenvolver a habilidade de olhar o negócio do futuro para trás.

 

Para ajudá-lo com este desafio, compartilho aqui quatro alicerces ou pilares que você, enquanto líder ou gestor, não poderá ignorar: Estratégia, Execução, Excelência e Espiritualidade. Aliás, esses pilares se aplicam tanto à organização, quanto ao ser. Para as pessoas eles correspondem à parte mental (nossas estratégias para lidar com a vida), ao corpo (nossa parte física e financeira), aos relacionamentos (nossa busca pela excelência pessoal e serviço contínuo para o bem comum) e, finalmente, a espiritualidade (nossa eterna busca por significado).

 

A Estratégia é o caminho, a Execução é a disciplina, a Excelência é a paixão e a Espiritualidade é a descoberta do amor como o significado da vida e dos negócios. Em um mundo de incertezas pessoais, empresariais, políticas e naturais, palavras como disciplina, paixão e foco, podem fazer uma grande diferença. Mas, seriam vazias se não viessem apoiadas nestes pilares para facilitar a identificação e realização de planos bem-amarrados.

 

  1. Estratégia

No âmago da Estratégia está o Propósito da organização e é resgatando-o que se inicia um desempenho diferenciado graças à conexão que ele provoca pela orientação de que distintas áreas trabalhem em torno de um porquê único. Neste contexto, a Estratégia não somente servirá para combater os concorrentes, mas, acima de tudo, satisfazer uma necessidade não atendida, decidindo por fazer algo excepcional ou excepcionalmente bem.

 

  1. Execução

Ninguém desenha uma estratégia para não ser executada. Porém, somente 10% das organizações que planejam suas estratégias conseguem coloca-las em prática. É por isso que a Execução representa a atividade mais importante de um líder. Contudo, infelizmente, o que acontece com frequência no bojo das organizações é muita conversa, na maioria das vezes, bastante intelectualizada, e pouca ação. Fala-se demais e age-se de menos.

 

  1. Excelência

Imagino que seja um fato consumado a ideia de que a Excelência remete a algo excepcional, que se torna uma exceção e que excede às expectativas dos envolvidos. Contudo, gostaria de compartilhar um incremento nessa concepção, ao convidá-lo a considerar que buscar a Excelência é também apresentar para os outros – equipes, clientes, parceiros, um pedacinho do céu, considerando-a como excelso ou elevar o outro ao céu. Mostrar ao outro aquilo que é sublime.

 

  1. Espiritualidade

Ao estudar este tema, me deparei com uma definição muito feliz do Dr. Path Adams, que expressa, de forma muito inspirada, o significado de Espiritualidade: ela é “o AMOR em Ação!”. Precisamos, de uma vez por todas, reconhecer que a alma da organização são as Pessoas que a ela pertencem. Claro! Quem faz o coração da empresa bater? Pessoas, eis a resposta! Existe segredo nisso? É novidade? Não e não! É, caro leitor, a organização com alma é aquela que se reconhece como sendo uma entidade viva.

O domínio dos temas Estratégia, Execução, Excelência e Espiritualidade não deriva de uma aptidão natural, mas pode ser adquirido pelo esforço e motivação contínuos, no entendimento desses atributos que, sem dúvida, representam os grandes pilares do management moderno.

 

Talvez, o maior desafio de conectar estes temas, esteja no fato de que muitos gestores simplesmente não conseguem se dedicar plenamente aos seus planos, ou seja, excessiva parte do tempo está sendo aplicada às árvores e não à floresta em si, afinal, fazer o que é familiar é sempre mais fácil. Fazer algo novo não é!

 

Enfim, à medida que for se familiarizando com cada E da Gestão, você se pegará refletindo sobre o desenvolvimento de sua organização, equipe ou profissão, que também o ajudará a entender e a construir um processo que o auxilie a gerar a transformação necessária à sua realidade.

 

* Dobson Ferreira Borges é CEO da Simeon Estratégia e Desenvolvimento. Formado em Administração de Empresas, Especialista em Gestão Estratégia de Marketing, Mestre em Gestão de Empresas e está se doutorando em Ciências Empresariais. É autor dos livros ‘A Espiritualidade das Organizações: a espiritualidade das pessoas e seu impacto nas organizações’, do ‘A Alma do negócio: integrando gestão e espiritualidade’ e do recém lançado ‘Os Es da Gestão: Estratégia, Execução, Excelência e Espiritualidade’. É um conceituado professor de Estratégia nos cursos de MBA e de pós-graduação de importantes instituições brasileiras. É palestrante nas áreas de Estratégia, Liderança e Espiritualidade nas Organizações, sendo requisitado no Brasil e Exterior. (www.simeon.com.br)

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